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Deputado trabalhou pela aprovação do reajuste de 7,72% para aposentados e pelo fim do fator previdenciário

Deputado trabalhou pela aprovação do reajuste de 7,72% para aposentados e pelo fim do fator previdenciárioA aprovação do índice de reajuste de 7,72% para os aposentados que ganham acima do mínimo e do fim fator previdenciário no Plenário Câmara dos Deputados, na terça (4/5), teve o apoio do deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT-MG), que votou a favor do reajuste maior, contra a manutenção do fator previdenciário e defendeu seu posicionamento na Tribuna antes da votação. “Não me peçam para votar contra os aposentados! É um desatino alguém pensar que a mudança do aumento de 6,14% para 7,72% possa quebrar o país. A proposta que leva em conta 80% do PIB tem de ser votada e nós vamos apoiá-la.

Não me peçam para votar a favor do fator previdenciário! Vamos votar contra ele sim!”, avisou em seu pronunciamento o parlamentar.

O deputado Dr. Mário Heringer ressaltou ainda que sua posição sobre as duas matérias foi em defesa dos interesses legítimos dos aposentados e da bandeira do seu partido, o PDT. O texto básico do reajuste dos aposentados chegou a ser aprovado com aumento de 7%, valor proposto pelo líder do governo na casa, Cândido Vaccarezza. Na reavaliação dos destaques, contudo, o índice foi elevado para 7,7%. O presidente Lula já admitia pagar 7%, embora em dezembro tenha proposto 6,14% por meio de Medida Provisória. Após aprovação na Câmara, o texto segue para votação do Senado. Caso aprovada sem alterações pela casa, irá para sanção do presidente. “A decisão final é do presidente Lula, que até pode vetar o reajuste de 7,7%, mas acredito que vai colocar na balança todos os prós e contras e concluir que este índice é justo”, acredita o parlamentar.

O reajuste de 6,14% custaria R$ 6,7 bilhões à União. Um aumento de 7% teria um impacto adicional de R$ 1,1 bilhão, enquanto um aumento de 7,7% geraria mais R$ 600 milhões em despesas para o governo além desses R$ 1,1 bilhão. Os dados são do próprio governo.

Fator previdenciário

O Plenário da Câmara Federal também aprovou, por 323 votos a 80 e 2 abstenções, a emenda do líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC), à Medida Provisória 475/09 que acaba com o fator previdenciário a partir de 1º de janeiro de 2011. Este índice é aplicado nas aposentadorias do regime do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Atualmente, a aposentadoria por tempo de contribuição pode ser requerida após 35 anos de contribuição para homens, ou 30 para mulheres. O valor da aposentadoria resulta do cálculo das médias dos maiores salários de contribuição a partir de julho de 1994 – entram no cálculo apenas os 8 maiores em cada 10 salários de contribuição. O valor da média obtida por essa conta deve ser multiplicado, então, pelo fator previdenciário — calculado com base na alíquota de contribuição, na idade do trabalhador, no tempo de contribuição e na expectativa de vida.

A expressão salário de contribuição não é um equivalente perfeito de salário, porque os segurados com um salário maior que o teto da Previdência terão um salário de contribuição limitado a esse último valor.

Deputado e aliado político se unem em defesa de obra no CESEC de Santa Luzia

Deputado se une a companheiro de partido em defesa de obra no CESEC DO PalmitalSomando forças ao companheiro Osman Miranda, o deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT-MG) participou de audiência na segunda-feira (3/5) com secretária de estado de Educação de Minas Gerais, Vanessa Guimarães, na qual os dois políticos acompanhados pelo diretor do CESEC-Palmital, professor João Pereira e da professora de inglês da escola, Osana Otoni, reivindicaram a reconstrução do muro do CESEC – Centro Estadual de Educação Continuada do Palmital, uma das regiões mais populosas e carentes de Santa Luzia, na Grande-BH. A Secretaria de Educação ficou de conseguir os recursos para a e execução da obra complementar na unidade escolar.

O prédio do CESEC-Palmital passou por uma reforma geral, custeado pelo Estado, que ficou pronta no final de 2009, mas ficou faltando a reconstrução do muro que encontra-se bastante danificado. “Eu e o Osman Miranda nos unimos em torno desta causa a pedido do diretor João Pereira, que com muita garra desenvolve um excelente trabalho no CESEC. Atualmente, a escola atende 900 alunos na modalidade semi-presencial. Todos são trabalhadores, que assim estão tendo a chance de complementar o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio. A secretária Vanessa Guimarães ficou sensibilizada e estamos confiantes que dará encaminhamento ao processo para liberação de recursos para a obra”, prevê o deputado federal Dr. Mário Heringer.

Na avaliação do diretor do CESEC-Palmital, professor João Pereira, a reunião com a secretária Vanessa Guimarães foi bem produtiva. “Estamos confiantes de que a parceria com o Osman Miranda e o deputado Dr.Mário Heringer trará benefícios para a nossa escola e que teremos um retorno positivo da Secretaria de Educação para o atendimento à nossa demanda.”

FICHA LIMPA: Deputado apóia mudança no projeto para minimizar risco de perseguição política

FICHA LIMPA: Deputado apóia mudança no projeto para minimizar risco de perseguição políticaDeputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) decidiram na terça-feira (20/04) incluir no Projeto Ficha Limpa a possibilidade de políticos condenados em 2ª instância em decisão colegiada registrarem suas candidaturas, o que é proibido no texto original. O deputado federal Dr. Mário Heringer avalia como sensata a proposta da CCJ. “Esta mudança visa prevenir qualquer risco de perseguição político no Brasil, um país onde infelizmente ainda há coronelismo nos municípios do interior.” O deputado Dr. Mário Heringer diz que, pela nova proposta, os registros de candidatura só poderão ocorrer nos casos em que o candidato apresentar recurso da

condenação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) obtendo efeito suspensivo ao recurso junto Tribunal. O efeito suspensivo, na prática, suspende a condenação.

No texto original de iniciativa popular do Projeto Ficha Limpa, protocolado no ano passado, consta que o candidato perca o direito de concorrer à eleição na condenação em primeira instância. O parecer do deputado Indio da Costa (DEM-RJ), relator do grupo de trabalho constituído pela Presidência da Câmara para analisar o tema, mudou a regra, prevendo que a inelegibilidade só estaria configurada com a condenação colegiada. “A prerrogativa que será incluída no texto do Ficha Limpa já faz parte da legislação processual. O objetivo é torná-la explícita na Lei de Inelegebilidades”, explicou o Dr. Mário Heringer.

Na reunião da CCJ de terça-feira, também fico acertado o adiamento para a próxima quarta-feira (28/4, a votação das 28 emendas apresentadas em Plenário ao parecer do relator do Projeto Ficha Limpa.

Moradores pedem emancipação de distrito em Governador Valadares

Moradores pedem emancipação de distrito em Governador ValadaresOs moradores de Chonin de Cima, pertencente ao município de Governador Valadares no Vale do Rio Doce, realizaram na sexta-feira (14) manifestação em defesa da emancipação política do distrito que, entre outras autoridades, contou com a presença do coordenador da bancada mineira no Congresso Nacional deputado federal Dr.  Mário Heringer. Além do apelo popular, o movimento emancipalista conta com apoio de lideranças comunitárias, religiosas e políticas. A luta da comunidade de Chonin de Cima é fundamentada na PEC 52 (Proposta de Emenda à Constituição), que dá autonomia aos Estados para legislarem sobre a criação de novos municípios no Brasil.

Segundo o deputado Dr.  Mário Heringer, a PEC 52 pode ser votada a qualquer momento no Congresso Nacional e na prática devolverá aos deputados estaduais o poder de legislar sobre a criação das cidades. “A autonomia no tocante às emancipações foi retirada dos Estados por meio da Emenda Constitucional número 15, de 1996. A PEC 52 além de rever esta questão, fortalece o princípio do Pacto Federativo”, explicou à comunidade de Chonin de Cima.

O líder comunitário do distrito, Fábio Persi, aproveitou a manifestação para parabenizar os moradores da localidade quanto à mobilização em defesa da emancipação. Ele lembrou que continua até o dia 5 maio a campanha para completar o número de 2 mil eleitores aptos a votar nas eleições em Chonin de Cima. “Temos 1973 eleitores em situação regular, quando chegarmos a 2 mil poderemos iniciar um nova etapa na luta que é pedir à Justiça Eleitoral a realização de um plebiscito sobre a emancipação do nosso distrito”, lembrou.

O Tribunal Superior Eleitoral já autorizou a realização do plebiscito para emancipação do distrito de Extrema, no Estado de Rondônia. No Ceará mais de 45 pedidos estão em tramitação na Assembléia Legislativa. Em Minas Gerais existem pelo menos 94 distritos interessados no processo de emancipação.

De acordo com o líder comunitário, os moradores de Chonin de Cima acreditam que o distrito se tornando cidade, a qualidade de vida da população irá melhorar porque a saúde, a educação, e os investimentos nos demais setores serão destinados diretamente à localidade e poderão ser fiscalizados mais de perto. O movimento emancipalista de Chonin  de Cima também incentiva os moradores do distrito a ligar para o disque grátis da Câmara dos Deputados (0800-619 619) para pedir a aprovação da PEC 52, bem como enviar mensagens para todos os deputados federais.

Dr. Mário Heringer pede votação do projeto Ficha Limpa dentro do prazo estabelecido

Dr. Mário Heringer pede votação do projeto Ficha Limpa dentro do prazo estabelecidoO coordenador da bancada mineira no Congresso Nacional, deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT-MG), defende a apreciação e votação do Projeto de Lei Ficha Limpa (PL518/09) dentro dos prazos estabelecidos. Para o parlamentar será condenável qualquer tipo de mecanismo ou argumento para adiar novamente a votação do projeto, cuja  o tempo conclusão para análise pela CCJ – Comissão de Constituição e de Justiça e de Cidadania foi estendido até o dia 29 de abril e o limite para votação em plenário acordado para a primeira semana de maio.

De acordo com o Dr. Mário Heringer a apreciação e votação desta preposição de iniciativa popular é uma questão imediata, mas considera necessária uma avaliação criteriosa pela CCJ sobre a exclusão de candidatos nas eleições em função de condenações em primeira instância.  “A população esclarecida sabe de que neste imenso território brasileiro é temerário transferir mais poder ao Juiz de primeiro grau.  O coronelismo ainda é realidade em muitas cidades do interior. Há municípios brasileiros que vivem sob o controle de famílias, grupos, segmentos ou pessoas influentes. Temos que eliminar o risco de influências nos Judiciários locais.”

No modo de entender do deputado, apesar dos entraves, é possível sim que o Ficha Limpa tenha eficácia. “O plausível para assegurar que a lei funcione bem seria garantirmos agilidade aos processos, dando amplo direito de defesa (encurtando o devido processo legal, evitando assim a procrastinação jurídica) e presunção de inocência sempre”, sugere.

O presidente da Câmara, Michel Temer pediu esta semana aos integrantes da Comissão de Constituição e de Justiça e de Cidadania rapidez na análise das propostas sobre o Ficha Limpa (PL 518/09 e outros). O presidente da CCJ, deputado Eliseu Padilha assegurou que o grupo está priorizando a análise das propostas sobre o Ficha Limpa para viabilizar os prazos do acordo.

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Leia mais no Blog do Dr. Deputado Mário Heringer segue link abaixo:

http://www.marioheringer.com/blog/?p=115

Deputado participa de seminário para capacitação de vereadores em Minas

abracam042010“Valorização do Poder Legislativo Municipal: a interlocução com a sociedade” – este foi o tema da palestra proferida pelo presidente da Frente dos Vereadores, deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT-MG), no dia 8 abril, no Seminário Capacitando os Vereadores do Brasil. O evento foi promovido pela Associação Brasileira das Câmaras Municipais (ABRACAM), em Belo Horizonte. Em sua palestra, o deputado Dr. Mário Heringer ponderou como fundamental o diálogo aberto entre as Câmaras Municipais e as populações. “Os vereadores estão mais perto do povo e lidam diariamente com os problemas e necessidades das comunidades.

Por isso, também venho incentivando que as Câmaras Municipais de todo o país criem suas próprias ouvidorias a exemplo da já existente na Câmara Federal. Assim haverá melhor interlocução e cooperação entre todas Câmaras Municipais do Brasil com Brasília”, explicou.

Com esta finalidade, o deputado implantou o Projeto como criar uma ouvidoria: passo a passo. Por meio do projeto, são oferecidas às Câmaras Municipais um manual com orientação e suporto técnico para instalarem suas ouvidorias.

Câmaras são com escolas para os vereadores

O Dr.  Mário Heringer também lembrou, no Seminário da Abracam, que as Câmaras Municipais funcionam com escolas legislativas, onde os políticos aprendem a legislar para que, posteriormente, possam vir a fazê-lo em nível estadual ou federal caso disputem a eleição para deputado estadual ou federal. O parlamentar tem ainda uma cartilha publicada com o título “Quero Ser Vereador” na qual orienta as pessoas que querem iniciar a carreira política.

O deputado parabenizou a Abracam realização do Seminário Capacitando os Vereadores do Brasil e agradeceu ao presidente nacional da entidade, Rogério Rodrigues da Silva, pelo convite para participar do evento. No seminário, o Dr. Mário Heringer reencontrou companheiros de diversos municípios de Minas como: o vereador Olair Donizete Figueiredo, presidente PDT de Botelhos; o vereadores José de Araújo e Clélio Tarcísio Medina de Freitas, o último presidente PDT de Teixeiras; o vereador José Segundo de Faria (Segundinho) presidente da Câmara de Pium-í; os vereadores de Rio Pardo de  Minas Zezão, José Maria F. dos Santos, sendo o último presidente da Câmara e os vereadores do município de Barroso, Alexandre Jr. Teixeira e Alexandre do Europa.

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Desenvolvimento: Dr. Mário consegue apoio para construção da Estrada Parque

Desenvolvimento: Dr. Mário consegue apoio para construção da Estrada ParqueAtendendo à solicitação do deputado federal Dr. Mário Heringer, o secretário de Estado de Governo de Minas Gerais Danilo de Castro determinou ao DER-MG (Departamento de Estrada de Rodagem do Estado de Minas Gerais) todo empenho no sentido de viabilizar a execução das obras da Estrada Parque. A rodovia terá 39,6km abrangendo trecho do Parque Nacional do Caparaó nos municípios mineiros de Manhumirim, Alto Jequitibá, Alto Caparaó, Caparaó e Espera Feliz. As obras contribuirão para a atividade cafeeira e incremento do turismo no Circuito Turístico Pico da Bandeira, que engloba 17 municípios da Zona da Mata.

O deputado Dr. Mário Heringer explica que enviou um ofício, em março deste ano, ao secretário Danilo de Castro pedindo que o DER autorizasse a contratação do projeto para a execução da Estrada Parque.“O Governo de Minas entendeu a importância desta iniciativa e nos respondeu prontamente, também por meio de ofício, que já foi recomendado o empenho do Departamento de Estrada de Rodagem para viabilizar as obras. Isso demonstra o comprometimento do Estado com o desenvolvimento econômico e incremento da atividade turística no Estado, que geram qualidade de vida para a população”, avaliou.

ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA ESTRADA PARQUE

O Parque Nacional do Caparaó fica na divisa dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e é nele que localiza-se o Pico da Bandeira (2.890 m de altitude), o terceiro mais alto do país. O principal acesso ao parque, em Minas, é o Portal Alto Caparaó, no município de mesmo nome, com estrada até o mirante da Tronqueira, origem da trilha pela vertente mineira para se chegar ao Pico da Bandeira. Também é possível entrar pelo Espírito Santo, onde está o Portal Pedra Menina, no município de Dores do Rio Preto.

Segundo o Dr. Mário Heringer, o projeto encaminhado para o DER/MG inclui o trecho da Estrada Parque relativo a Minas Gerais, que após o asfaltamento irá consolidar o Parque Nacional do Caparaó como importante destino turístico. “Infraestrutura é muito importante para atrair turistas. Eles vão em busca da tranqüilidade sim, que ainda existe em muitas cidades nos arredores do parque, mas chegar ao topo do Pico da Bandeira pra ver o nascer do sol com mais conforto e segurança certamente contribuirá para aumentar o fluxo turístico na região”, concluiu.

Medidas de sustentação de preços para a safra de café

Medidas de sustentação de preços para a safra de caféA Comissão de Café da CNA reuniu-se na tarde do dia 30/03/2010, a fim de discutir propostas para medidas de sustentação de preços para a safra de café que se aproxima. A reunião foi realizada na sede da entidade em Brasília, com a participação de dirigentes de Sindicatos, Cooperativas e do Conselho Nacional do Café.

O Presidente da Comissão, Sr. Breno Pereira de Mesquita, apresentou proposta de um seguro para estimular a concessão de crédito para operações de estocagem, semelhante a do Deputado Silas Brasileiro apresentada no informativo e divulgada em 23/02/2010, que segue anexo. Em síntese, a idéia é de reduzir o risco dos agentes financeiros nestas operações, a fim de alavancar um volume expressivo de recursos, e reduzir o impacto da entrada da próxima safra no mercado, assim fortalecer os preços recebidos pelos produtores.

Na proposta do representante da CNA, ele estipulou uma meta de 20 milhões de sacas a serem financiadas no programa, acrescentando ainda, um projeto de opções para 5 milhões de sacas. Os presentes aprovaram a idéia, que deverá ser encaminhada ao novo Ministro da Agricultura, que foi empossado, Dr. Wagner Rossi.

O deputado Mário Heringer, integrante da Frente Parlamentar do Café acredita que é oportuno à apresentação de propostas que sirvam para dar sustentação aos cafeicultores no momento em que se inicia a colheita da safra de café.

PROGRAMA DE ESTÍMULO AO CRÉDITO PARA FORMAÇÃO DE ESTOQUES PRIVADOS DE CAFÉ

1)     Considerações Iniciais:

Os preços do café brasileiro têm sofrido ao longo dos últimos anos forte depreciação em relação aos nossos principais concorrentes, com prejuízo para os nossos produtores.

Como motivo principal, está à estrutura do setor exportador nacional, diluído em mais de uma centena de agentes que comercializam os cafés de nossos produtores no mercado externo, em que 70% da demanda se concentra em sete grandes corporações, caracterizando um oligopsônio.

O processo de formação de preços na estrutura atual inicia-se pela venda dos exportadores aos agentes externos, que aplicam descontos (conhecidos como diferenciais) aos nossos cafés em relação aos cafés cotados na Bolsa de Nova York (contrato C). Quando os diferenciais são negociados com altos deságios, como ocorre atualmente, os preços recebidos pelos produtores ficam aviltados.  Para mudar este processo é necessário criar condições para que haja um maior equilíbrio de forças neste mercado, com uma maior participação dos produtores no processo de formação de preços do café.

2)     Situação Atual

Temos hoje uma situação inusitada. O Brasil encontra-se atualmente com baixíssimos estoques nas mãos do setor privado, estima-se no mercado que nosso estoque de passagem será de cerca de 4 milhões de sacas, um dos mais baixos registrados até hoje, entretanto os preços não reagem. A razão disso está na transferência de nossos estoques para os países consumidores. É conhecido no mercado o fato de que o mesmo volume de estoques tem impacto diferente e até oposto, dependendo de estar nas mãos dos produtores ou consumidores.  É o que ocorre atualmente, com a demanda concentrada em um pequeno número de corporações. Com grandes volumes de estoques, as indústrias internacionais colocam altos deságios em nossos cafés, com conseqüências desastrosas nos preços pagos aos produtores.

3)     Instrumento proposto – Seguro contra queda abaixo dos Preços Mínimos vinculado a operações de financiamento de estocagem

A maneira mais eficaz de reequilibrar a relação de forças no mercado e desta forma, criar condições de negociação que valorizem mais nossos cafés, é deixar na origem os estoques. O problema que temos hoje, é que com os produtores descapitalizados, muitos deles não suportam reter o produto recebendo pela saca financiada 70 ou 80% do seu preço, o que os obriga a vender. Por outro lado, o agente financeiro não tem condições de financiar 100% do produto, devido à margem de segurança que eles necessitam operar por força de seus normativos. Além disso, o Funcafé não dispõe de recursos necessários para financiar um volume que viesse deixar os compradores em uma situação não tanto confortável como a atual.

O instrumento proposto é simples, ele consiste na criação de um seguro contra queda nos preços do produto financiado, de forma que os bancos ao fazer a concessão do financiamento teriam a certeza de que em caso de declínio nos preços em níveis abaixo dos preços mínimos, os produtores receberiam um ressarcimento de um valor que seria fixado, de forma que daria segurança ao Banco para emprestar, e ao mesmo tempo, condições financeiras para que produtores e outros agentes da cadeia como indústrias nacionais e exportadores, conseguissem fazer a operação, diminuindo a pressão de oferta que provoca os altos descontos. A fonte de recursos para o seguro seria o Funcafé, que tem na lei que o criou, amparo para esta ação.

Exemplificamos, somente para efeito de compreensão, visto que o atual preço de garantia precisa ser corrigido por estar abaixo do custo de produção:

Produtor A – Vai ao Banco e recebe no preço de hoje R$ 261,00 por saca de café financiado pelo prazo de 12 meses.

Após 12 meses podem ocorrer 2 situações distintas:

1ª – Os preços se mantêm acima dos preços mínimos e ele paga o financiamento.
2ª – Os preços declinam em níveis abaixo do preço mínimo, o produtor vende o café e recebe o complemento que foi determinado no seguro.

Supondo que o valor do seguro fosse de até R$40,00 por saca e na situação 2 os preços caíssem para R$240,00, o produtor receberia R$21,00 para complementar o preço mínimo de garantia e pagar o banco.

4)     Custo para o Governo

Se colocarmos como meta o financiamento de 10 milhões de sacas de café em toda a cadeia, e utilizando-se o valor exemplificado acima, seria necessário que o Governo realizasse uma alocação orçamentária no Funcafé de R$400 milhões, valor este que teria uma pequena possibilidade de efetivamente ser utilizado, dado ao fortíssimo impacto que o Programa forneceria ao mercado.

5)     Efeitos no Mercado

Os seguintes efeitos podem ser esperados a partir da adoção deste instrumento:

– Uma maior oferta de crédito por parte dos agentes financeiros para estocagem do grão, inclusive de fontes de exigibilidade obrigatória, já que seria uma operação com baixíssimo nível de risco para os bancos.

– Maior facilidade dos produtores em acessar esta linha de crédito.

– Maior volume de sacas financiadas. Além dos produtores, todos os demais agentes da cadeia café poderiam acessar o instrumento e as linhas de crédito, de forma que a pressão da oferta seria minimizada.

– Maior harmonia na cadeia café, com redução dos conflitos. Diminuiria a disputa pelos recursos entre os diferentes agentes, uma vez que se espera um substancial aumento na oferta de crédito, bem como pelo fato de toda cadeia assumir uma mesma posição diante do mercado.

– Melhora nos preços pagos aos produtores, pela via da redução dos descontos aplicados contra nossos cafés. Significa que diferentemente de outras políticas que procuravam elevar os preços internos por medidas de impacto a todos os demais produtores mundiais e exerciam o chamado efeito “guarda chuva”, o instrumento proposto irá elevar os preços de nossos cafés sem beneficiar os nossos concorrentes.

– Melhoria na renda dos produtores, melhoria na economia dos mais de 1.700 municípios onde a cafeicultura se faz presente, aumento na oferta de empregos, redução da inadimplência nos financiamentos, eliminação da necessidade constante de renegociações de dívidas pela falta de renda.

A proposta que estamos apresentando foi fruto de discussão com diferentes agentes da cadeia café e profissionais do sistema financeiro, e foi elaborada a partir da percepção da necessidade de novas estratégias em razão da insuficiência dos resultados das políticas adotadas no último ano para fazer frente à crise enfrentada pelo setor produtivo.

Esperamos com esta contribuição, oferecer uma eficaz alternativa que possa corrigir o que consideramos ser distorções oriundas de um mercado em que a correlação de forças e de organização entre oferta (produtores) e demanda (indústrias internacionais) é profundamente e perversamente desigual.

Entendemos ainda ser necessária a adoção de outras medidas para a estruturação do setor, que vão desde o reajuste do preço mínimo “que é fundamental”, a continuidade dos programas de opções de venda, o aperfeiçoamento das estatísticas brasileiras, a agilização dos financiamentos de custeio e colheita dos produtores, a erradicação de lavouras improdutivas e o equacionamento do endividamento da cafeicultura, para que possamos no menor espaço de tempo possível, proporcionar melhores condições de remuneração a nossos cafeicultores e trabalhadores que sofrem com a situação atual.

Fev/2010

Aceito que meu WhatsApp seja incluído em uma lista de contatos para recebimentos de avisos sobre o webnário e outros assuntos.