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O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados,

Que os juros no Brasil são absurdos é um consenso. Não há, em qualquer camada social, quem não sofra os efeitos danosos dessa política perniciosa de juros altos. E o pior é que a decisão de mantê-los na estratosfera está nas mãos de meia dúzias de burocratas do Banco Central que compõem o famigerado COPOM – Comitê de Política Monetária, o Politburo da nossa economia. São eles que decidem à nossa revelia, o que é bom para a nossa economia.

Todos os meses, durante pelo menos uns 3 ou 4 dias esse Comitê consegue o prodígio de superar o Big Brother da Globo no monopólio da opinião pública. O País paralisa, na expectativa da sua decisão de baixar ou não a outra famigerada Taxa SELIC. Imagino a empáfia desses senhores quando se reúnem. Devem se sentir os condestáveis da República, porque sabem que o nosso destino está atrelado às decisões que tomam. Decisões nem sempre correspondentes aos anseios do setor produtivo, o principal prejudicado pelas altas taxas de juros.

Há, no entanto, Sr. Presidente, um lado bom em tudo isso, porque enquanto perdurar esse absurdo os jornalistas e analistas econômicos não perderão os seus empregos. Pelo contrário, novas vagas devem ser criadas, pois os que estão de plantão são insuficientes para cobrir tamanha catarse gerada quando o douto COPOM se reúne.

A expectativa, Sras. e Srs. Deputados, é sempre a de que o bom senso possa predominar entre os membros daquele Comitê e que as taxas de juros baixem pelo menos de maneira racional. A frustração é, no entanto, a tônica. Por medo, nunca houve uma redução considerável das taxas de juros. Ontem houve uma redução de apenas 0,75%, o que obviamente manterá a nossa economia na UTI. E ainda encontramos quem comemore um medíocre crescimento de 2,5% da economia.

E o pior de tudo, Sr. Presidente, é que o nosso destino econômico está nas mãos de dignatários nomeados por uma circular do Banco Central. É um absurdo que os excessivos poderes do COPOM tenham sido delegados por uma circular. O meu partido, o PDT, ingressou no STF com uma ADIN, pedindo a suspensão desta circular, pois é inconcebível que o nosso crescimento econômico se mantenha nas mãos de meia dúzias de burocratas conservadores e medrosos. Com o agravante de que são ilegítimos, porque a nossa economia não pode ficar à mercê de suas decisões. Que se crie um organismo técnico específico, por lei, e que ele seja composto por diversos segmentos da sociedade produtiva e não apenas por insensíveis burocratas que se acham os sábios da República e se esquecem que nossa história é riquíssima em exemplos de equívocos cometidos pela insensibilidade de seus iguais. Sentem-se os donos da verdade, mas a verdade não lhes pertencem.

Só não podemos nos esquecer que os danos causados à sociedade são indeléveis. Muito já sofremos e já nos angustiamos pelas repercussões desses erros.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Adiado debate sobre PEC do número de vereadores

Foi adiada para a próxima quarta-feira (22) a audiência pública com presidentes de partidos políticos para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, que estabelece nova composição e novos limites de gastos para as câmaras municipais. O objetivo da PEC é corrigir distorções no número de vereadores.
Presidentes ausentes
Como hoje nenhum presidente de partido compareceu à reunião – apenas os deputados Neucimar Fraga (ES) e Geraldo Thadeu (MG), representantes respectivamente do PL e PPS, o presidente da comissão especial que analisa a matéria, deputado Mário Heringer (PDT-MG), e o relator Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), decidiram realizar uma única reunião com os dirigentes de 16 partidos.
A intenção inicial era realizar duas reuniões. Na próxima quarta-feira, dia 22 de março próximo, serão ouvidos os presidentes do PT, PFL, PSB, PSC, PP, Psol, PL, PPS, PMDB, PTB, PDT, PCdoB, PSDB, Prona, PV e PMR.

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados,

Os tempos contemporâneos são, sabidamente, da informática. Mesmo em países considerados em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, o acesso aos computadores já se constitui uma realidade generalizada. Nossos jovens, além da educação formal que recebem nas escolas, são, desde cedo, ensinados a lidar com computadores. Acessam homepages, e-mails, programas de busca, chats, comunidades virtuais, jogos em rede, blogs, fotologs etc. Quanto mais desenvolvidos formos como nação, tanto maior será o acesso de nossa população ao computador e seus serviços, evidentemente.

Se, por um lado, a ampliação do acesso ao computador é positiva para a Nação, porque é indicativa de desenvolvimento e inclusão na chamada aldeia global, por outro, essa ampliação se dissociada de regulação e controle do Estado e da própria sociedade, tende a produzir um devastador efeito reverso sobre os potenciais positivos da informática. Refiro-me claramente ao uso do computador para ações ilícitas, tais como estelionato, difamação, pedofilia e tráfico ilegal de armas, drogas, órgãos, crianças, animais, pedras preciosas etc., entre outras ilegalidades potencializadas pela tecnologia.

Como é de conhecimento geral, a legislação brasileira ainda engatinha na tipificação dos chamados crimes cibernéticos. A falta de consenso jurídico sobre as particularidades dos crimes cometidos com uso do computador ou por meio dele é, possivelmente, o maior de seus entraves.

A lentidão normativa, contudo, não pode continuar a ser escusa para igual lentidão no desenvolvimento e no aprimoramento das forças policiais dedicadas à repressão dos chamados crimes cibernéticos, tecnológicos ou eletrônicos. Se o ritmo do Congresso Nacional, o ritmo da democracia, é sabidamente lento – seja para o debate da maneira que a sociedade brasileira julga mais adequada para tratar os crimes praticados com uso do computador ou por meio dele, seja para qualquer outra questão polêmica de grande interesse nacional -, nossas instituições policiais, em particular a Polícia Federal, não podem ser auto-indulgentes, a ponto de não se instrumentalizarem para a repressão de um sem-número de crimes e outras ilegalidades que encontram refúgio no mau uso da tecnologia cibernética.

É surpreendente, Sr. Presidente, que nos tempos atuais – precisamente quando a informática se configura como realidade das mais irrevogáveis e o mundo assiste perplexo ao rápido desenvolvimento do uso ilícito do computador – o Brasil não possua uma divisão especializada em crimes cibernéticos em sua Polícia Federal e apenas umas poucas Polícias Civis no País possuam um setor especialmente dedicado à repressão desse tipo de crime. Nesse particular, a DERCIF – Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Informático e Fraudes, da Polícia Civil de meu Estado, Minas Gerais, por seu pioneirismo na repressão ao crime informático no País, merece especiais registro e reconhecimento.

Com exceção de algumas Polícias Civis, como por exemplo as de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Distrito Federal, inexiste na estrutura do Estado brasileiro órgão ou setor formalmente incumbido de conter os abusos praticados com a ajuda do computador.

Lamentavelmente, quando a Polícia Federal reprime o crime cibernético, seja combatendo a pedofilia, seja zelando pela incolumidade das instituições e pessoas de vida pública do Brasil, ela o faz, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares – pasmem -, por força da boa vontade individual de alguns poucos delegados e agentes.
Por inadmissível que seja, o Departamento de Polícia Federal brasileiro não possui em sua estrutura organizacional cargos específicos para cumprimento das atribuições e responsabilidades correspondentes à repressão ao crime cibernético!

O Estado, como é sabido, não pode apoiar-se unicamente na boa vontade individual para o cumprimento de suas funções, sob pena de padecer ante privilégios, desvios, desânimos e outras inconveniências de pronto eliminadas pela submissão ao ordenamento burocrático.

Considerando a impropriedade da inexistência de um setor especializado no combate ao crime cibernético em nossa Polícia Federal, apresentei, no dia 10 de março do presente ano, indicação ao Exmo. Ministro de Estado da Justiça, sugerindo a ampliação da estrutura organizacional do Departamento de Polícia Federal, por meio da criação da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos, subordinada à Coordenação-Geral de Polícia Fazendária – CGPFAZ/DIREX, local onde atualmente os trabalhos de repressão ao crime cibernético vêm se processando informalmente. Sugerimos, igualmente, a criação de Superintendências Regionais de Repressão a Crimes Cibernéticos nas principais Capitais brasileiras, de modo a permitir mais ampla e célere repressão a essa modalidade de crime.

É dispensável dizer, Sr. Presidente, que um país com as dimensões territoriais e com o potencial de desenvolvimento econômico, cultural e social do Brasil não pode mais dispensar um setor, em sua Polícia Federal, que responda pela repressão aos crimes cibernéticos. Essa ausência, além de não condizer com nossas pretensões de desenvolvimento, é verdadeiramente desonrosa para nossa imagem internacional. Se pretendemos, de fato, combater problemas gravíssimos que nos assolam, tais como a prostituição infantil, os atentados ao patrimônio e as inúmeras modalidades de tráfico ilegal, não podemos prescindir de fazê-lo com profissionalismo, objetividade, celeridade e impessoalidade. Essas qualidades são obtidas unicamente por meio do bom uso da estruturação burocrática do Estado de Direito.

Ressalto que a divisão especial, cuja criação indicamos, pode ocorrer de imediato, uma vez que o Departamento de Polícia Federal já dispõe de pessoal devidamente capacitado e experimentado no combate ao crime cibernético – mais precisamente, agentes e delegados -, bem como de um Serviço de Perícias em Informática – SEPINF/DLAB/INC devidamente implantado.
Muito obrigado.

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados,

Existem alguns entraves ao nosso crescimento que dependem de soluções consensuais, mas por escusos interesses de um Estado perdulário e insensato essas soluções nunca são passíveis de discussões suficientemente consistentes para que possam ser adotadas. Há sempre um clima de pretensa boa vontade, mas que nunca chega a consolidar-se.

Há um período do ano em que a classe média vê materializada em sua frente toda a iniqüidade adotada pelo Estado no seu processo de arrecadação de impostos. Esse fenômeno se processa nos meses de março e abril, quando todos os cidadãos que ganham pouco mais de 10 mil reais por ano são obrigados a prestar contas ao fisco, tão bem representado pelo leão, com toda sua carga de perigo e voracidade. A adoção da figura do leão como ícone da Receita Federal é um maquiavelismo inigualável. Quem o criou pretendia obviamente consolidar a política intimidatória que norteia todos os mecanismos de arrecadação. Por outro lado, as semelhanças entre o leão e o fisco vão muito além do fato de que ambos se impõem pela intimidação, pela força e pelo medo.

Assim como o leão, o Estado brasileiro também é insaciável. Sua capacidade de achacar o cidadão para suprir a sua incompetência beira a insanidade. Pródigo em “fazer caridade com o chapéu alheio”, o Estado brasileiro, materializado por quem detém o poder, é extremamente criativo na hora de buscar recursos para alimentar essa sua irresponsabilidade.

São poucos os países em todo o mundo, Sras. e Srs. Deputados, que impõem à sociedade uma carga tributária tão abusiva. Já se tornou chavão a premissa de que o Brasil arrecada como um país de primeiro mundo e presta serviços de quinta. Essa é a verdade absoluta. A classe média é indiscutivelmente a mais penalizada nesse insidioso processo, porque paga duas vezes pelos mesmos benefícios. Quando é obrigada a arcar com os custos de planos de saúde e de escolas particulares para seus filhos, a classe média é duplamente onerada porque o Estado falido, mas perdulário, já arrecada exatamente para prestar esse tipo de serviço. Ressalte-se ainda que essa parcela da sociedade deve se dar por satisfeita em ter acesso pago a necessidade tão elementares. A segurança pública, outro exemplo, que é monopólio do Estado, encontra-se totalmente fragilizada e à mercê de uma escalada de violência cada dia mais insuportável.

A sobrecarga em cima da classe média, Sr. Presidente, é um casuísmo do Estado. Como se trata de assalariados, com o recolhimento direto da fonte, a sonegação é quase nula. Não há sequer a necessidade de aparelhar a máquina estatal para obter resultados satisfatórios. Tal processo pode ser cômodo, mas é extremamente iníquo, pois arrecada de uma parcela da população, enquanto outra se utiliza de meios próprios da legislação para dissimular ostensivamente.

Por tudo isso é que não há praticamente nenhum interesse em corrigir a defasagem de quase 50% da tabela do imposto de renda. Pelo contrário, o leão não tem nenhum motivo para rugir. Nunca se viu ou se tem notícia do sorriso do leão, mas se isso fosse possível, provavelmente o Leão da Receita estaria hoje com um escancarado sorriso estampado pelos constantes recordes de arrecadação, obtidos às custas de uma classe média que perde a cada dia o seu poder aquisitivo.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Suplentes e Lideranças de 37 cidades participam de reunião em Januária

A reunião do presidente da Comissão Especial e da Frente dos vereadores, deputado Mário Heringer (PDT-MG), com os suplentes de vereador do norte de Minas, no sábado, dia 4, em Januária, contou com a presença de representantes e lideranças políticas de mais 37 cidades da região.

Dep. Mário Heringer ladeado pelo dep. federal
Cleuber Carneiro e pelo dep. estadual
Arlen Santiago.

Lideranças do norte de Minas
participaram em peso da reunião da
Frente dos Vereadores.

Mais uma vez o deputado pôde ver a esperança com o trabalho da Frente estampada no rosto dos suplentes mineiros, que tiveram o sonho de assumir um mandato legitimamente conquistado nas urnas, cassado pelo TSE. Eles ouviram, questionaram, tiraram dúvidas e emitiram opiniões sobre diversos pontos das ações que envolvem a aprovação da PEC 333/04.

o deputado Mário Heringer, no entanto, aproveitou o encontro para reafirmar a sua luta em defesa do restabelecimento da proporcionalidade. Ele também pediu aos suplentes do norte de Minas que continuem firmes e unidos na luta pelo seus mandatos.

O líder do movimento dos vereadores reiterou ainda a necessidade de se continuar trabalhando no Congresso Nacional para que mais deputados e senadores adiram à causa. Estiveram presentes em Januária além de Mário Heringer, o deputado federal Cleuber Carneiro, o estadual, Arlen Santiago, e representantes dos deputados Carlos Pimenta e Maria do Carmo Lara.

“O professor Ademir e sua equipe, que foram os anfitriões desse encontro, estão de parabéns pelo maravilhoso trabalho que estão fazendo na região e por essa belíssima recepção”, declarou o deputado Mário Heringer.

Frente mobiliza suplentes e ganha apoio no interior de Minas Gerais

A caminhada da Frente dos Vereadores pelo interior do estado de Minas Gerais tem mobilizado um grande número de suplentes e recebido apoio de diversos segmentos da sociedade. Em Juiz de Fora, na última segunda-feira, dia 20, vários suplentes e lideranças políticas da zona da mata, participaram de uma reunião com o deputado Mário Heringer (PDT-MG).

Como presidente da Comissão Especial da PEC e líder do movimento dos vereadores, ele traçou um panorama do trabalho que vem sendo feito no Congresso Nacional para reestabelecer a proporcionalidade. No mesmo dia, o deputado esteve em São João Del Rey, terra do saudoso presidente Tancredo Neves. Lá, o deputado Mário Heringer conversou com suplentes do campos das vertentes.

Logo após o carnaval, a Frente dos vereadores põe o pé novamente na estrada. No dia 4 de março, o deputado Mário Heringer estará em Januária, no norte de Minas, conversando com as lideranças da região. Chame seus colegas e participe da reunião.

Audiência Pública: Deputados defendem aprovação da PEC dos Vereadores

A audiência pública sobre PEC dos vereadores, realizada nesta quarta-feira, dia 22 de março, “que regulamenta o limite de despesas e a composição das câmaras municipais” contou com a presença do presidente da Associação Brasileira das Câmaras Municipais (Abracam), Rogério Rodrigues da Silva; o presidente da União dos Vereadores do Brasil (UVB), Joabs Ribeiro; e o presidente do Movimento de Defesa dos Vereadores (Modeve), João Batista de Araújo Rodrigues. Ao abrir os trabalhos da reunião, o presidente da Frente Parlamentar dos Vereadores e também da Comissão Especial, deputado Mário Heringer (PDT-MG), avaliou que há na Câmara um quadro favorável à aprovação da PEC. Para ele, a mídia hoje não divulga mais uma imagem tão negativa sobre a proposta.

Os deputados que integram a comissão especial se mostraram solidários aos vereadores que perderam seus mandatos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Os parlamentares também defendem a aprovação urgente de uma PEC que reverta a decisão do tribunal, mas acreditam, porém, que o Senado pode rejeitar a proposta e sugeriram ao relator da PEC na Câmara, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) que negocie com o Senado antes de dar seu parecer.

Outros parlamentares também se manifestaram favoravelmente à luta dos suplentes, tais como o deputado Fernando de Fabinho (PFL-BA),o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), salientando que o TSE interferiu na autonomia municipal, provocando grande transtorno para a estrutura política do País, além de Rubens Otoni (PT-GO) que disse: “é importante encontrar um critério coerente, com base jurídica e viabilidade operacional, para alterar a decisão do TSE.”

Consenso

O relator da comissão, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), disse que a PEC tem o objetivo de “corrigir as distorções” entre as câmaras municipais. Ele pretende conversar com os parlamentares e com os representantes das câmaras municipais para chegar a um consenso sobre três pontos. Em primeiro lugar, Greenhalgh quer avaliar a possibilidade de haver uma regra de transição para que a PEC garanta aos vereadores que perderam o mandato por decisão do Tribunal Superior Eleitoral o direito de voltar ao cargo. A segunda questão sobre a qual o relator busca consenso é o critério para definir o número de vereadores. A PEC estabelece uma tabela com faixas em função da população. A Constituição determina apenas um número mínimo e máximo e dá aos municípios autonomia para definir esse total. O relator deverá definir entre os dois mecanismos. Finalmente, a terceira questão é o critério dos repasses de recursos para as câmaras.

Movimento de vereadores quer ‘devolução’ de mandatos

O presidente do Movimento de Defesa dos Vereadores (Modeve), João Batista de Araújo Rodrigues, disse na audiência pública na Comissão Especial da PEC dos Vereadores (333/04), que já coletou a assinatura de 450 deputados e senadores favoráveis à aprovação de uma emenda constitucional que “corrija as distorções” da decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Em 2003, o TSE cortou 8,5 mil vagas nas câmaras de todo o País. O movimento pelo qual responde Rodrigues representa 8,9 mil suplentes de vereadores que pedem seus mandatos de volta. “Esse é um direito líquido e certo, queremos que nos devolvam nossos mandatos e não vamos desistir”, disse.


Entidade condena distorções em orçamentos de câmaras

O presidente da União dos Vereadores do Brasil (UVB), Joabs Ribeiro, propôs aos deputados que integram a comissão especial da PEC dos Vereadores (333/04) que os repasses dos royalties do petróleo sejam excluídos do orçamento das câmaras municipais. Alguns municípios, segundo Ribeiro, têm uma diferença de renda muito grande e isso se reflete no repasse para as câmaras municipais. Ele defende que os royalties de petróleo sejam destinados exclusivamente para a preservação do meio ambiente e fique de fora das demais despesas orçamentárias da prefeitura.

Disse também que as câmaras municipais de cidades pequenas enfrentam sérios problemas financeiros e as câmaras das cidades de 40 mil habitantes têm orçamento anual médio de R$ 1 milhão, o que, em sua avaliação, é muito pouco. As cidades grandes, explica ele, não passam pelo mesmo problema. Ele pediu que a Câmara dos Deputados tome uma decisão para “acalmar os vereadores”. E avalia que a PEC 333/04 é um bom ponto de partida, porque aumenta os repasses de recursos dos municípios para as câmaras nas cidades de até 100 mil habitantes.

Associação de Câmaras Municipais critica STF e TSE

O presidente da Associação Brasileira das Câmaras Municipais, Rogério Rodrigues da Silva, criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar constitucional a redução do número de vereadores no País. O Supremo avaliou a resolução aprovada em 2003 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cortou 8,5 mil vagas nas câmaras de todo o País. Para Silva, “o Supremo fez um julgamento político e quebrou a segurança jurídica do País”. Ele participa de audiência pública na Comissão Especial da PEC dos Vereadores (333/04). A solução do TSE, segundo Silva, não se justifica, porque o tribunal não poderia, por uma simples resolução, alterar o arcabouço jurídico da Constituição. “Essa resolução também feriu o equilíbrio entre os Poderes”, criticou.

Mídia

Silva acredita que o Supremo foi contaminado pela mídia, que apresentou casos de municípios onde havia gastos excessivos nas câmaras municipais. Esses casos, segundo ele, são específicos e não representam a grande maioria das câmaras. “Os erros de poucos carimbaram todas as câmaras como se fossem o lixo da política brasileira”, disse. A esperança dos vereadores, afirmou Silva, voltou-se para a Câmara dos Deputados. Ele pediu que os parlamentares aprovem a PEC para redefinir a o número de vereadores e os gastos das câmaras municipais.

Fonte: AGÊNCIA CÂMARA

Participaram da Audiência: Alexandre Pacheco (GO), Carlos Osmar (GO), Souza (BA), José Luiz (GO), Yuri Holanda (CE), Oury Sales (PB), Angelo Almeida (BA), José Newton (CE), Gabriel (MT),m João Cruz (MG), Rui Magno (BA), Marcão (MG), Dario (GO), Amauri (GO), Caetano (GO).

Ibam defende PEC e diz que redução de repasse não afeta Câmaras Municipais

O coordenador do Ibam – Instituto Brasileiro de Administração Municipal, François E. J. de Bremaeker, é economista e geógrafo e responsável pelo Centro de Estudos Interdisciplinares de Finanças Municipais. Em recente artigo divulgado pela rede mundial de computadores, ele defendeu a PEC 333/04 que tramita no Congresso Nacional.

Segundo o coordenador do Ibam, a PEC irá melhorar a representação política no nível local no País. Entretanto, o economista acredita que no tocante ao controle de gastos, isso não sofrerá grandes alterações, pois atualmente já são raros os casos em que a despesa das câmaras ultrapassa os limites estabelecidos pela legislação.

“No que diz respeito aos gastos efetuados pelas Câmaras Municipais, caso esta PEC venha a ser aprovada, será a quarta vez que se promoverá algum tipo de alteração nos limites de gastos. Aliás, uma discussão que parece inútil, vez que, segundo dados financeiros dos Municípios de 2004, disponíveis na Secretaria do Tesouro Nacional, quando ainda existiam 60.320 Vereadores e se incluem os gastos com os inativos, as despesas globais da função legislativa eram, em média, para o conjunto dos Municípios brasileiros, de 3,23%, portanto, abaixo do menor percentual de gastos admitido atualmente pela Constituição (5% para os Municípios com população superior a 500 mil habitantes) e daquela proposta, que será de 4% para os Municípios com população superior a 3 milhões de habitantes.”

Confirmada 2ª Reunião de Audiência Pública na Comissão Especial da PEC 333

O deputado Mário Heringer, (PDT-MG), Presidente da Comissão especial, destinada a proferir parecer à proposta de emenda à constituição nº 333-a, de 2004, do sr. Pompeo de mattos, que “modifica a redação do art. 29a e acrescenta art. 29b à constituição federal para dispor sobre o limite de despesas e a composição das câmaras de vereadores e dá outras providências” convida para a 2ª reunião ordinária de Audiência Pública.


LOCAL: Plenário 16 do anexo II
DIA: 8 de março
HORÁRIO: 14h30min

Audiência Pública com a presença dos seguintes convidados:
Sr. PAULO ROBERTO ZIULKOSKI, Presidente da Confederação Nacional de Municípios e
Sr. JOÃO PAULO LIMA E SILVA, Presidente da Frente Nacional de Prefeitos.

Frente mobiliza suplentes e ganha apoio no interior de Minas Gerais

A caminhada da Frente dos Vereadores pelo interior do estado de Minas Gerais tem mobilizado um grande número de suplentes e recebido apoio de diversos segmentos da sociedade. Em Juiz de Fora, na última segunda-feira, dia 20, vários suplentes e lideranças políticas da zona da mata, participaram de uma reunião com o deputado Mário Heringer (PDT-MG).

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Como presidente da Comissão Especial da PEC e líder do movimento dos vereadores, ele traçou um panorama do trabalho que vem sendo feito no Congresso Nacional para reestabelecer a proporcionalidade. No mesmo dia, o deputado esteve em São João Del Rey, terra do saudoso presidente Tancredo Neves. Lá, o deputado Mário Heringer conversou com suplentes do campos das vertentes.

Logo após o carnaval, a Frente dos vereadores põe o pé novamente na estrada. No dia 4 de março, o deputado Mário Heringer estará em Januária, no norte de Minas, conversando com as lideranças da região. Chame seus colegas e participe da reunião.

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