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O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados,

A organização e a realidade política brasileiras reservam às Câmaras Municipais um papel da mais alta relevância. A sua proximidade com a população, o seu fácil acesso a todos os cidadãos como primeiro degrau rumo à carreira política torna a Câmara dos Vereadores uma escola de cidadania, ao mesmo tempo em que se constitui a formadora e realizadora de vocações para a renovação dos quadros das carreiras políticas em suas mais diversas atuações, no Executivo e no Legislativo.

Não se pode olvidar que o Município é o local, por excelência, do despertar da vocação para a carreira pública, a primeira escola onde se ouve aquele clamor elementar do fazer em prol dos outros, que constitui a melhor definição da política.

Quase todos os grandes homens que ocuparam os maiores cargos da República tiveram sua iniciação como Vereador. E muitos outros exerceram muito eficazmente vários mandatos na própria Câmara.

Alguns Vereadores que passaram pelas Câmaras de várias cidades do País marcaram nossa história de maneira indelével. Muitos por sua atuação política progressista. Outros pelo exercício de um papel peculiar. É o caso, por exemplo de apenas 2 dos mais notáveis personagens de nossa cultura: primeiro o Barão de Itararé, pseudônimo do jornalista Aparício Torelly, Vereador eleito pelo Partido Comunista e cassado em 1947. Um de seus principais lemas de campanha era: “Mais água e mais leite. Mas menos água no leite”. Em seu mandato, defendeu o que considerava as 4 liberdades fundamentais: a de pensamento, a de culto, a de não ter medo da polícia secreta e a de não morrer de fome.

Outro famoso Vereador foi Ary Barroso. Um homem apaixonado pela vida e pela boêmia, além de rigorosamente fiel às suas posições e aos interesses do povo e do Brasil. Mineiro de Ubá, Ary Barroso, carioca por amor e adoção, enalteceu a Bahia em seus sambas e compôs Aquarela do Brasil, obra das mais marcantes na nossa riquíssima cultura. Compositor, pianista, radialista, jornalista e locutor esportivo, também foi o Vereador da UDN (União Democrática Nacional) que conseguiu o apoio decisivo da bancada majoritária de 18 Vereadores do PCB (Partido Comunista Brasileiro) para a construção do Estádio do Maracanã. Em algumas situações, quando Vereador, Ary estava à frente de sua época, como quando propôs a coleta seletiva de lixo, em 1949. Ou quando tentou criar um órgão de defesa civil, o que só aconteceu 2 décadas depois, após os temporais de 1966 e 1967.

As Câmaras Municipais têm um papel constitucional essencial e decisivo no governo dos Municípios, o qual perpassa pelas suas atribuições de legislar, fiscalizar e controlar o Executivo. Sua função de legislar vai além de simplesmente estabelecer leis como normas reguladoras, proibitivas ou autorizativas, mas deve ser entendida como instrumento de governo. Os Vereadores têm prerrogativas de emendar, aprovar projetos e programas orçamentários, além do planejamento do Município, por meio dos planos diretores, com efeitos de curto e longo prazo sobre a vida das populações. Portanto, eles podem ser o motor decisivo do desenvolvimento e do bem-estar das comunidades onde atuam. Os Vereadores são eleitos para importante participação no Governo Municipal, mediante a formulação de políticas públicas, papel que não podem jamais deixar de exercer.

No arranjo constitucional vigente do equilíbrio entre os Poderes, a Câmara Municipal partilha com a Prefeitura a prerrogativa de deliberar sobre todos os aspectos da administração, gerais ou particulares. Alguns fatores devem ser lembrados e destacados para que a Câmara se sobressaia no desempenho de suas funções constitucionais:

1. A Câmara Municipal atuante e fortalecida contribui igualmente para o fortalecimento da indispensável visão popular da separação dos Poderes. Se o povo não conseguir distinguir os Poderes Executivo e Legislativo no nível municipal, não será capaz de diferençar as funções específicas de ambos e irá demandar dos 2 a satisfação de suas necessidades urgentes;

2. A Câmara não faz parte da Prefeitura. A demanda por atenção assistencialista e clientelista diminuirá sensivelmente quando a população for capaz de discernir a área de atuação das Câmaras de Vereadores e entender seu papel de legisladora e fiscalizadora dos atos do Prefeito;

3. O claro entendimento do papel do Vereador como agente político, que atua na busca do interesse coletivo, tem o papel didático de evitar o surgimento de “presidencialismo” no nível municipal, versão agravada da prevalência do Executivo nas esferas estadual e federal, em que este Poder veio a prealecer-se de quase todas as atribuições dos outros Poderes.

O fortalecimento das Câmaras Municipais, desejo de toda a população brasileira esclarecida e ativa, depende de algumas medidas e reformas. A principal delas é a restauração da liberdade de organização do governo local ou pelo menos a devolução das atribuições administrativas da Câmara, equilibradas pelo poder de veto do Prefeito. O cientista político Joffre Neto sugere ainda outras, as 3 primeiras dependentes de emenda à Constituição, as quais passo a mencionar para reflexão e mesmo para que algum Parlamentar possa implementar em seu Município:

1. Restauração do sistema majoritário para eleição de Vereadores, conforme o porte do Município;
2. Orçamento imperativo;
3. Proibição de os Vereadores assumirem cargos na Prefeitura;
4. Restauração do “requerimento popular” de medidas administrativas encaminhado diretamente à Câmara, inserido obrigatoriamente nas discussões do orçamento;
5. Detalhamento obrigatório das rubricas orçamentárias municipais referentes a obras e outras despesas acima de determinado porte;
6. Prestação de contas à Câmara, feitas pessoalmente pelo Prefeito, da execução orçamentária e dos negócios municipais, inseridas nas sessões rotineiras (e não nas audiências especiais, de escasso comparecimento), obrigatória e periodicamente;
7. Prestações de contas à Câmara de todos os departamentos ou Secretarias Municipais, feitas periódica e pessoalmente por seus titulares;
8. Repasse automático da dotação orçamentária da Câmara. O repasse atual é autorizado mensalmente pelo Prefeito e muitas vezes usado para pressionar a casa legislativa;
9. Instituição de Comissões Permanentes de Fiscalização nas Câmaras, renovadas periodicamente e com as prerrogativas das Comissões Especiais de Inquérito, o que contornaria a dificuldade de instalação destas;
10. Atribuição aos Vereadores da fiscalização de cada um dos departamentos e órgãos do Governo Municipal, em caráter obrigatório, individual e por eleição interna;
11. Oferta, com certificação do comparecimento, de cursos públicos de administração municipal básica para candidatos a Vereador e a Prefeito, sem caráter obrigatório, naturalmente, mas que serviriam de diferencial na escolha dos candidatos;
12. Publicação das votações da Câmara;
13. Publicação na rede municipal de computadores de todos os atos da Câmara e da Prefeitura Municipal.
São medidas propositivas como essas que irão enriquecer ainda mais o debate sobre o papel dos edis e das Câmaras Municipais.

Como se vê, Sr. Presidente, a maior necessidade do Brasil é o fortalecimento do Poder Legislativo, sua transparência, sua penetração junto a todos os segmentos da população, sua revitalização, a melhoria de sua avaliação e conceito popular. Seu esvaziamento, sugerido por medidas que visam meramente à diminuição do número de Vereadores, contribuirá para quê? Ou para quem? Certamente não para o povo ou para a consolidação de nossa incipiente democracia.

A PEC 333/04, que teremos o privilégio de examinar, à luz dessas considerações, certamente propõe um caminho melhor, o da proporcionalidade, que irá de 7 a 55 Vereadores, em 5 faixas de população. É preciso que, no ímpeto de corrigir distorções, necessidade imperiosa de tempos em tempos em uma democracia, não incorramos em erro mais grave, o de enfraquecer uma instituição séria e indispensável à democracia. Ao invés de restringir, devemos ampliar as possibilidades de participação política, de despertamento de vocações públicas e lutar para que cada vez mais jovens vocacionados ingressem na atividade grandiosa por excelência: a de contribuir para o bem comum.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Deputados analisam PEC que reduz verba para Câmaras Municipais

Programa Câmara Hoje

Veja o aqui o vídeo do programa

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Resumo: Está na pauta da Convocação Extraordinária a Proposta de Emenda Constitucional que modifica o número de vereadores nos municípios, tentando aplicar um mecanismo de proporcionalidade. A PEC propõe ainda uma redução de repasses de verbas para as Câmaras Municipais, através de limites máximos de despesas aplicados de acordo com a população dos municípios. Uma comissão especial foi criada para estudar o assunto.

Fonte: TV Câmara

Mário Heringer apresenta emendas ao texto do PEC 333/04

De acordo com as normas regimentais, o parlamentar membro da Comissão Especial tem um prazo de 10 sessões para apresentar emendas ao texto da PEC 333/04, que trata da composição das Câmaras de Vereadores no Brasil.

Por se tratar de emenda ao texto da Constituição Federal, é necessário o apoiamento de 171 parlamentares assinando a proposta.

O deputado Mário Heringer, Presidente da Frente Parlamentar dos Vereadores, preocupado com as graves distorções ocorridas pela intromissão do TSE no processo eleitoral, ao fixar novas regras nas eleições passadas, causando a exclusão de muitos vereadores eleitos legitimamente pelo povo, apresentou 4 emendas. Leia abaixo a proposta do parlamentar mineiro.

 

Componentes da Comissão

Veja abaixo como ficou constituída a Comissão Especial da PEC333/04 (atualizado em 09/02/2006):

Comissão especial destinada a proferir parecer à proposta de emenda à constituição nº 333-a, de 2004, do Sr. Pompeo de Mattos, que “modifica a redação do Art. 29-A e acrescenta Art. 29-B à Constituição Federal para dispor sobre o limite de despesas e a composição das Câmaras de Vereadores e dá outras providências.” (Câmaras de Vereadores)

Proposição: PEC 0333/04

Presidente…………………………: Mário Heringer
1º Vice-Presidente……………..: Mauro Benevides
2º Vice-Presidente……………..: Maria do Carmo Lara
3º Vice-Presidente……………..: Neucimar Fraga
Relator………………………………: Luiz Eduardo Greenhalgh

Partido Titulares Suplentes
PT Antônio Carlos Biffi
João Grandão
Luiz Eduardo Greenhalgh
Maria Do Carmo Lara
Reginaldo Lopes
Rubens Otoni
Ana Guerra
Anselmo
Durval Orlato
Eduardo Valverde
PMDB Darcísio Perondi
Gilberto Nascimento
Marcelino Fraga
Mauro Benevides
Pedro Chaves
Átila Lins
Marcelo Barbieri
Bloco PFL, PRONA Carlos Batata
Fernando de Fabinho
Gervásio Silva
Ivan Ranzolin
José Carlos Machado
PSDB Átila Lira
Carlos Alberto Leréia
Gonzaga Mota
Antônio Punnunzio
Yeda Crusius
PP Dilceu Sperafico
Leodegar Tiscoski
Lino Rossi
Feu Rosa
Prof. Irapuan Teixeira
Reginaldo Germano
PTB Edna Macedo
Fernando Gonçalves
Marcus Vicente
Jackson Barreto
Jefferson Campos
PL Almenida de Jesus
Inaldo Leitão
Neucimar Fraga
Jaime Martins
Milton Monti
Oliveira Filho
PPS Cezar Silvestri Geraldo Resende
PSB Jorge Gomes Júlio Delgado
PDT Mário Heringer Rodolfo Pereira
PC do B Daniel Almeida 1 vaga(s)
PV Leonardo Mattos Jovino Cândido

Mais de 200 suplentes lotam Câmara de Governador Valadares-MG

A reunião da Frente dos Vereadores em Governador Valadares-MG, levou mais de 200 suplentes do leste mineiro até a Câmara Municipal da cidade, no dia 3 de fevereiro último.

Eles se encontraram com o deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), líder do movimento e presidente da Comissão Especial que irá analisar a PEC 333/04, que falou das possibilidades dos suplentes em assumir os mandatos.

O deputado disse ainda que a luta pelo restabelecimento da proporcionalidade nos municípios brasileiros deve ser travada por todos. Ele aproveitou a reunião para explicar aos suplentes como será o trâmite da PEC na comissão especial, que tem de 10 a 40 sessões para emitir um parecer.

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Manhuaçu-MG e Mariana-MG recebem Frente dos Vereadores

Na maratona de visitas e reuniões com os suplentes no interior do Estado, a Frente dos Vereadores esteve no sábado, dia 4, na cidade de Manhuaçu, zona da mata mineira, e em Mariana, cidade histórica e primeira capital de Minas Gerais.

Em Manhuaçu, suplentes de diversos municípios da região participaram do encontro, que aconteceu na Associação Comercial, e contou também com a presença de prefeitos, vice-prefeitos e lideranças locais:

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Na cidade de Mariana, suplentes de vereador tomaram conta do plenário da Câmara Municipal da cidade. Confiantes com a possibildade de assumirem a vaga, caso seja aprovada a PEC 333/04, eles ouviram do deputado Mário Heringer, a estratégia do movimento na comissão especlal, que pretende garantir seus direitos.

Encontro em Divinópolis-MG reúne grande número de lideranças

Suplentes de várias cidades do centro-oeste de Minas estiveram reunidos ontem, em Divinópolis, com lideranças da Frente dos Vereadores. Segundo João Cruz, coordenador do Modeve no estado, a reunião serviu para que os “companheiros tomassem conhecido do trabalho que está sendo feito em Brasília.”

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Segundo ele, os encontros com os suplentes são fundamentais para mantê-los unidos e informados sobre a luta travada no Congresso Nacional. “Reuniões como esta são muito importantes, pois muitos companheiros não têm condições de acompanhar de perto o movimento”.

Nos encontros com os suplentes, o deputado federal Mário Heringer, que lidera a Frente dos Vereadores, diz sempre acreditar que a vitória está perto, mas adverte “que é preciso ter humildade e paciência, pois muitos passos ainda devem ser dados até a matéria chegar ao plenário”.

Em Divinópolis, a reunião da Frente aconteceu na Câmara Municipal da cidade, e contou com a presença entre outros dos deputados federais mineiros, Maria do Carmo Lara (PT), Jaime Martins (PL), Francisco Gonçalves (PTB) e o deputado estadual peemedebista, Ivair Nogueira. Além deles, prefeitos, presidentes de câmaras e vereadores de cidades como Itaúna, Betim, Arcos, Formiga, Pompéu etc também foram ao encontro.

Para o anfitrião e presidente da Câmara de Divinópolis, Edison Souza, os deputados que compõem a Frente dos Vereadores irão resgatar aquilo que foi tirado pelo Supremo. “Em outubro, poucos irão sobreviver, mas aqueles que lutam pelos mandatos dos suplentes, serão reconhecidos nas urnas,” disse o parlamentar.

Opiniões sobre a Frente dos Vereadores

Leia abaixo declarações daqueles que apóiam a Frente dos Vereadores:

vereadores_opiniao_02 Deputado Mário Heringer (PDT-MG)
“O vereador, hoje, além de legislador e fiscalizador é o agente social, o catalizador dos sonhos e o repórter dos menos favorecidos.”

Benedito Domingos (Presidente do PP-DF)
“O Partido Progressista hipoteca total apoio a PEC 333/04, que fará justiça aos vereadores do Brasil, respeitando a vontade do povo.

Deputado Fernando Gonçalvez (PTB-RJ)
“Essa é uma luta, Sr. Presidente, da qual participo com muito entusiasmo, por considerá-la pertinente e justa, pois ela atende aos interesses das comunidades do Brasil inteiro, atingidas pelos cortes no quantitativo dos representantes da população desde a decisão do Tribunal Superior Eleitoral.” Leia mais: Pronunciamento completo

Deputado Gonzaga Mota (PSDB-CE)
“Acreditamos que reduzir o número de vereadores significará afastar, ainda mais, o povo de seus representantes, que terão que dedicar-se a um número cada vez maior de eleitores para identificar-lhes os problemas, sendo possível antever todas as dificuldades acarretadas por tal redução. Dessa forma, precisamos corrigir as injustiças e ilegalidades cometidas.” Leia mais: Publicação Vereadores Prejudicados

Deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO)
“O vereador é a ponte entre seus eleitores e todos os outros poderes. Vou trabalhar para que a população seja ouvida, em audiências públicas, por meio de seus representantes nos municípios, e tenha sua opinião considerada, porque só assim a proposta terá legitimidade e importância para o País.”

Senadora Maria do Carmo (PFL-SE)
“182 vereadores foram prejudicados. Foi prejudicada também a democracia do nosso Brasil. Por isso apóio a PEC 333/04, que corrige uma injustiça cometida contra a representatividade popular. Além disso a referida PEC trás uma economia para os cofres públicos de 1 bilhão por ano.”

Senador Eduardo Suplicy (PT-SP)
“Considero que a PEC apresentada pelo dep. Pompeu de Mattos é de bom senso e tem um objetivo justo.”

Senador Jefferson Peres (PDT-AM)
“Fui vereador, em duas legislaturas, nas quais pude aprender, por experiência própria, a importância do vereador no processo político e na vida da comunidade.”

Senador Maguito Vilela (PMDB-GO)
“O papel do vereador é fundamental no processo democrático: É ele o elo principal entre o estado e o cidadão.”

Senador Ramez Tebet (PMDB-MS)
“Uma maior e melhor representatividade municipal começa pela Câmara de Vereadores.”

Senador Cristovam Buarque (PDT-DF)
“Não há democracia de cima para baixo, ou ela se faz de baixo para cima ou a democracia não existe. Por isso, está na ação dos vereadores a base onde o processo democrático se sustêm e a plataforma onde esta ação se transforma em poder a serviço do povo e da construção da Nação. A Frente dos Vereadores do Brasil ao articular esses líderes políticos da base pode se transformar na grande plataforma de onde um novo Brasil seja construído.”

Deputado Pedro Chaves (PMDB-GO)
“Sou favorável a recomposição do número original de vereadores para melhorar a representatividade dos municípios.”

Deputado Álvaro Dias (PDT-RN)
“O parlamento quanto mais participativo e representativo mais democrático, livre e forte. Não tem sentido a redução do número de vereadores, sem nenhuma justificativa e sem haver ao menos diminuição de gastos, poiis o repasse é constitucional e continua o mesmo.”

Deputado João Mendes de Jesus (PSB-RJ)
“Vamos recuperar as cadeiras com o número de vereadores nos municípios para ter uma melhor representatividade no país.”

Deputado Barbosa Neto (PSB-GO)
“Fui vereador e reconheço por isso a importância da aprovação da PEC 333. Não só apóio como tenho trabalhado pela sua aprovação.”

Deputado Salatiel Carvalho (PFL-PE)
“Fui deputado constituinte e sei da importância do legislativo para o fortalecimento da democracia brasileira. Por isso não só apóio a PEC 333/04, como também defendo o vereador que é o principal elo entre a população e o estado.”

Deputado Pedro Canedo (PP-GO)
“Nada será mais justo do que reconhecermos a eleição dos cassados sem tomar posse. Coloco-me ao lado dos meus colegsd parlamentares municipais na luta para assegurar suas cadeiras, legítima e democraticamente eleitos em 2004.”

Deputado Renato Casagrande (PSB-ES)
“A votação da PEC 333/04 é a oportunidade de corrigirmos um equívoco cometido contra quase nove mil lideranças desse país.”

Deputado Wilson Santiago (PMDB-PB)
“Precisamos corrigir uma injustiça política contra a democracia brasileira.”

Deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG)
“Eu apoio a Emenda Constitucional (PEC 333-04) porque ela vem recuperar a injustiça feita com os candidatos a vereadores que já estavam em campanha e foi cortado pelo TSE. Fazendo valer uma decisão no meio do processo eleitoral e não de um ano para o outro. Esta decisão do TSE quis diminuir gastos com o poder legislativo municipal. O que aconteceu foi o contrário, diminuiu a representatividade e não diminuiu os repasses as Câmaras Municipais. Sou a favor de votar a PEC 333-04 o mais rápido possível.”

Deputado Mauro Benevides (PMDB-CE)
“A Frente dos Vereadores, dentro dos objetivos delineados, passa a constituir base de vigoroso passo para corrigir injustiças praticadas contra aqueles que são a base do arcabouço democrático de nosso país. A recomposição numérica das Câmaras Municipais passou a ser exigência imperativa da consciência política nacional.”

Paulinho (Presidente da Força Sindical)
“A Frente tem a “FORÇA”. Os vereadores constituem a base da organização política. A “FORÇA” está com a Frente.”

Deputado Ademir Camilo (PDT-MG)
“O restabelecimento do número de vereadores e a sua adequação aos habitantes em cada cidade do nosso país, além de legítimo, restabelece com justiça o mal ocorrido.”

Deputado Edinho Montemor (PSB-SP)
“Por uma questão de justiça e legitimidade representativa, eu apoio a PEC 333.”

Comissão Especial apresenta roteiro de trabalho

Comissão Especial: prazo para emendas termina dia 17
Na segunda reunião da Comissão Especial que analisa a PEC 333/04, ficou definido o prazo de 10 sessões para apresentação de emendas. Segundo o presidente, deputado Mário Heringer, o prazo acaba no dia 17 de fevereiro. Para apresentar a emenda, os deputados devem coletar 171 assinaturas válidas.
Benevides é eleito primeiro vice-presidente da Comissão
Na mesma sessão, foram eleitos os três vice-presidentes. O deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) será o primeiro vice-presidente, seguido da deputada mineira, Maria do Carmo Lara (PT), que será a segunda e Neucimar Fraga (PL-ES), o terceiro. Os três irão ajudar o presidente Mário Heringer na condução dos trabalhos da Comissão. Eles se comprometeram a colaborar com o andamento da Comissão e a celeridade dos trabalhos.

Relator apresenta roteiro de trabalho da CE
O relator da Comissão Especial, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), apresentou ontem um roteiro de trabalho que pretende seguir já a partir da próxima semana. Sua intenção é promover quatro audiências públicas. A primeira com entidades representativas de vereadores tais como Abrascam – (Associação Brasileira de Câmaras Municipais), UVB – (União Brasileira de Vereadores) e Modeve, que representa os suplentes do Brasil, provavelmente na próxima terça-feira, dia 14, em Brasília.

Outras audiências com entidades que representem os Prefeitos Municipais, como a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e Frente Nacional dos Prefeitos, também devem ser realizadas pela Comissão Especial.

Os deputados pediram ao relator, no entanto, que avaliasse a possibilidade das audiências públicas e reuniões serem realizadas também nos estados ou nas principais regiões. Greenhalgh ficou de estudar a medida, mas antecipou que isso pode atrasar os trabalhos da Comissão já que é ano eleitoral.

O relator disse que vai ouvir os partidos políticos e pretende convidar todos eles, independente do número de parlamentares que tenham no Congresso, para debater as questões que envolvem a PEC dos vereadores. O petista quer chamar ainda os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Entretanto foi questionado por alguns parlamentares sobre a conveniência dessa participação, já que foram eles que inviabilizaram os mandatos dos suplentes. Greenhalgh, porém, justificou que do ponto de vista constituicional e eleitoral esses poderes são fundamentais e devem ser ouvidos. Os deputados sugeriram ainda chamar os Tribunais de Contas e o Ministério público, pois acreditam que eles podem contribuir muito com os trabalhos da Comissão.

PEC corrige distorções no número de vereadores


Está na pauta da autoconvocação do Congresso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que estabelece nova composição e novos limites de gastos para as câmaras municipais, com o objetivo de corrigir distorções no número de vereadores.

A PEC teve sua admissibilidade aprovada no dia 13 de dezembro pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde recebeu parecer favorável do relator, deputado Roberto Magalhães (PFL-PE). De acordo com a PEC, o número de vereadores vai variar entre o mínimo de 7 e o máximo de 55, em 25 diferentes faixas, definidas em razão da quantidade de habitantes. Atualmente, o cálculo do número de vereadores é baseado em resolução aprovada em 2003 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cortou 8,5 mil vagas nas câmaras de todo o País.

Distorções locais
Pompeo de Mattos destaca que a Constituição atribuiu às leis orgânicas dos municípios a definição do seu número de vereadores, respeitando os limites constitucionais, que estabelecem, por exemplo, um mínimo de 9 e um máximo de 21 vereadores nos municípios de até 1 milhão de habitantes. Sem que houvesse uma regra clara, as leis orgânicas de vários municípios feriram o princípio da proporcionalidade, de modo que cidades com pequenas populações passaram a ter o mesmo número de representantes que municípios bem mais populosos. Isso gerou uma série de ações civis públicas questionando o número de vereadores em cidades em todo o Brasil. Por isso, Pompeo de Mattos considera que é preciso alterar a Constituição para que os limites sejam estabelecidos de “maneira irrefutável”.

Faixas de vereadores
São as seguintes as 25 faixas de composição propostas para as Câmaras Municipais:
– 7 vereadores, nos municípios de até 5 mil habitantes;
– 9, entre 5 mil e 15 mil habitantes;
– 11, entre 15 mil e 25 mil habitantes;
– 13, entre 25 mil e 45 mil habitantes;
– 15, entre 45 mil e 70 mil habitantes;
– 17, entre 70 mil e 100 mil habitantes;
– 19, entre 100 mil e 250 mil habitantes;
– 21, entre 250 mil e 500 mil habitantes;
– 23, entre 500 mil e 600 mil habitantes;
– 25, entre 600 mil e 700 mil habitantes;
– 27, entre 700 mil e 800 mil habitantes;
– 29, entre 800 mil e 900 mil habitantes;
– 31, entre 900 mil e 1 milhão de habitantes;
– 33, entre 1 milhão e 1,2 milhão de habitantes;
– 35, entre 1,2 milhão e 1,6 milhão;
– 37, entre 1,6 milhão e 2 milhões de habitantes;
– 39, entre 2 milhões e 3 milhões de habitantes;
– 41, entre 3 milhões e 4 milhões de habitantes;
– 43, entre 4 milhões e 5 milhões de habitantes;
– 45, entre 5 milhões e 6 milhões de habitantes;
– 47, entre 6 milhões e 7 milhões de habitantes;
– 49, entre 7 milhões e 8 milhões de habitantes;
– 51, entre 8 milhões e 9 milhões de habitantes;
– 53, entre 9 milhões e 10 milhões de habitantes;
– 55, acima de 10 milhões de habitantes.

A proposta também limita as despesas das Câmaras de Vereadores. São seis faixas, proporcionais ao tamanho da população. Atualmente, a Constituição enquadra esses gastos em faixas que variam de 5% (municípios maiores) a 8% (municípios menores) da receita total do município, incluídas as transferências constitucionais da União e dos estados.

A PEC estabelece os seguintes percentuais de despesa para os legislativos municipais:
– 7,5% para municípios com população de até 100 mil habitantes;
– 6,5% para municípios com população de mais de 100 mil até 250 mil;
– 5,5% para municípios com população de mais de 250 mil até 500 mil;
– 5% para municípios com população de mais de 500 mil até 1,5 milhão;
– 4,5% para municípios com população de mais de 1,5 milhão até 3 milhões; e
– 4% para municípios com população acima de 3 milhões de habitantes.

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