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Rodovia que liga Manhuaçu ao Rio e Espírito Santo é recuperada


Em janeiro deste ano, o deputado Mário Heringer solicitou ao Ministério dos Transportes atenção especial para a rodovia que liga Manhuaçu – BR 262/MG-RJ com a BR-116/BA-RJ. A estrada estava em condições precárias, cheia de buracos e de difícil acesso. Após longa espera, o Ministério enviou um ofício ao deputado informando que, em fevereiro deste ano, a estrada foi restaurada. As obras de recuperação atenderam às necessidades dos municípios da zona da mata mineira que utilizam a rodovia federal, incluindo os das áreas do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Confira abaixo a resposta do Ministério dos Transportes ao pedido do deputado Mário Heringer:

Assunto: Recuperação de trecho da BR-262
Ofício nº 056 GM/MT, de 17/1/2007
Processo: 50600.000496/2007-13

Senhor Chefe da Assessoria Parlamentar,

Refiro-me ao ofício nº 402/2007/MH, de 8/01/2007, por meio do qual o Deputado Federal Mário Heringer solicitou providências para recuperação de trecho da BR-262, em Manhuaçu, que se encontrava em estado precário, em razão das intensas chuvas na região, situação verificada nos demais municípios da zona da mata mineira e áreas limítrofes aos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Sobre o assunto, cabe informar que o mencionado segmento de rodovia foi objeto de ações desenvolvidas durante o mês de fevereiro do corrente ano, com eliminação dos buracos existentes e conseqüente retorno às condições de normalidade, situação que continua sendo preservada por meio dos contratos de manutenção (conservação e recuperação) firmados com a Construtora Centro Leste Engenharia Ltda., com vigência até meados de 2008, compreendendo o trecho da divisa com o Espírito Santo até o entroncamento com a BR-381 (João Monlevade).

Atenciosamente,

MAURO BARBOSA DA SILVA
Diretor-Geral


O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, começo meu pronunciamento saudando os trabalhadores rurais que participam da Marcha das Margaridas e aproveito a oportunidade para saudar também o Wilson, da FETAEMG, um lutador em Minas Gerais pelas causas dos trabalhadores rurais.
O que me traz à tribuna, Sr. Presidente, é uma preocupação imediata e maior. Estamos vivendo no Brasil, neste momento, mais um prenúncio de problema na área de saúde, a exemplo do que ocorre hoje em Alagoas e na Paraíba.
A saúde precisa ser tratada de maneira mais verdadeira em nosso País. Concordo com o Presidente Lula quando S.Exa. diz que saneamento é saúde. Concordo que alimento na barriga melhora a saúde. Concordo com tudo isso. Mas temos que separar o que é saúde e o que é medicina, e precisamos fazer isso de maneira clara e sem subterfúgios.
Esta Casa precisa discutir esses temas com profundidade. Por isso, propomos a realização de uma Comissão Geral para tratar dos assuntos relacionados a saúde e medicina, ocasião em que discutiremos, sim, a Emenda Constitucional nº 29 e as ações que a legislação preconiza, bem como as obrigações de cada Estado e as punições para quem não as cumprir.
Por certo, a Emenda Constitucional nº 29 resolve parte dos problemas do setor. Mas devemos discutir também a tabela do SUS, porque não há condições para uma medicina de qualidade com a tabela que temos. É impossível alguém imaginar que com R$2,50 se possa pagar uma consulta médica para tratar alguém da família. É impossível alguém acreditar que as Santas Casas possam viver com essas tabelas e prestar serviço de qualidade e com dignidade à sociedade.
Há uma crise anunciada, Sras. e Srs. Deputados. Em 2005, partindo de uma reclamação da Santa Casa de Juiz de Fora, eu, pessoalmente, realizei pesquisa para avaliar o atendimento de alta complexidade naquela região. Cento e trinta e seis cidades participaram, por meio de seus Secretários Municipais de Saúde, da referida pesquisa, e já se confirmava em 2005 que estávamos próximos do caos.
Um jornalista, em programa televisivo exibido hoje pela manhã, afirmou que o problema é de gestão. Concordo. Há problema de gestão, sim. O nosso Ministro também afirmou que o problema é de gestão. Mas não é só isso. Existe muito mais. Existe uma luta pela perspectiva de futuro da medicina neste País que demanda abordagem diferente.
Hoje, no Brasil, os médicos não querem mais se especializar em clínica geral. Especialidade clínica não remunera adequadamente o trabalho do médico. Corre-se para a medicina dos equipamentos, dos aparelhos, dos catéteres. Aumenta-se assim a busca por uma medicina mais sofisticada e por um salário melhor.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Alagoas e Paraíba estão começando um processo que gerará nos próximos anos o grande apagão da saúde. Espero que possamos, a partir desses exemplos, corrigir os erros para que não tenhamos problemas no futuro.
Muito obrigado, Sr. Presidente.

Mário Heringer pede aprovação da PEC dos Vereadores

O deputado Mário Heringer (PDT/MG) defendeu a união dos parlamentares em torno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 333/04, que aumenta o número de vereadores nas câmaras municipais, a fim de que a matéria seja colocada em votação ainda nesta semana. Heringer explicou que a urgência é devia à aproximação das eleições ano que vem.

Se a PEC não for aprovada antes de setembro, segundo ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá alegar sua extemporaneidade e, dessa forma as alterações não poderão ser aplicadas nas eleições de 2008. “Isso já aconteceu em 2004 e acontecerá em 2008 se não agirmos com firmeza e inteligência”, alertou. A PEC estabelece novos limites para a quantidade de vereadores e para gastos nas câmaras municipais, muda a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, em abril de 2004, reduziu em mais de oito mil o total de vereadores no País. “A intenção era muito boa: reduzir o custo das câmaras. Mas a distribuição que fez do número de vereadores em determinadas cidades inviabilizou completamente o processo legislativo”, observou. “Imaginem uma cidade grande com diversos pleitos, muitas dificuldades, enormes problemas e com número mínimo de vereadores. Um vereador vai estar numa comissão temática, discutindo e depois na comissão econômica, dando sua opinião. Isso fica quase que exclusivamente na mão de poucos grupos, que passam a dominar o processo legislativo na Casa”.

A relação à redução do número de vereadores pelo TSE, de acordo com o parlamentar, foi a criação da Frente Parlamentar dos Vereadores, que conseguiu aprovar a PEC na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Mas, ressaltou, há um ano e meio a PEC espera entrar na Ordem do Dia do Plenário.

Falando da importância do vereador, Heringer ressaltou que esse político é um interlocutor direto das pessoas que não têm acesso à mídia e ao prefeito. “É ao vereador que as pessoas recorrem e se lançam na madrugada quando, no desespero e por causa da inoperância do nosso Estado, precisam de ajuda para irem a um médico”, assinalou, acrescentando que o Poder Legislativo municipal tem sido o mais cobrado e tem cumprido o seu papel. Planalto
O deputado disse ainda que integrantes do seu partido foram recebidos pelo presidente Lula. Na ocasião, afirmou, o PDT cobrou do presidente a regulamentação da Emenda 29, principalmente no tocante às tabelas do Sistema Único de Saúde (SUS) que, a seu ver, precisam ser revistas. “Do jeito que a saúde, os médicos e os hospitais estão sendo tratados, está inviabilizando a saúde no Brasil”, protestou.

Publicado em: Jornal da Câmara, em agosto de 2007.

Deputado apóia evento de café em Manhumirim

O deputado Mário Heringer, membro da Frente Parlamentar Agronegócio Café, apóia a realização do Curso de Classificação e Degustação de Cafés, promovido pelo Centro Vocacional Tecnológico de Manhumirim, pelo Ministério da Agricultura e o Instituto Social, Tecnológico e Econômico do Café – IMC.


O curso tem vagas limitadas e será direcionado aos agrônomos, técnicos agrícolas e profissionais na área de alimentos. Confira abaixo, o convite do evento.

Mário Heringer discursa no plenário da Câmara dos Deputados


Em discurso no Plenário, o deputado Mário Heringer falou sobre quatro temas que afligem a população brasileira. Primeiramente chamou a atenção sobre a questão da composição das agências reguladoras. De acordo com o deputado, elas foram criadas com o objetivo de regular os serviços no Brasil e desafogar os ministérios, mas em relação à Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, isso não tem acontecido.

O deputado criticou um comentário do Presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Milton Zuanazzi, sobre o tamanho interno das aeronaves. Segundo ele, o presidente da ANAC “colocou-se claramente do lado das empresas e empresários. Ali cabia pelo menos o silêncio”.

Mário Heringer solicitou também ao presidente da Casa, Arlindo Chinaglia, a discussão e votação, ainda nesta semana, da Proposta de Emenda Constitucional 333/04 que trata da redução dos custos das Câmaras Legislativas e do aumento do número de vereadores. O deputado pediu apoio aos parlamentares presentes para a aprovação da proposta.

Aproveitando a oportunidade, ele parabenizou a empresa brasileira USIMINAS, que, semana passada, assinou um acordo onde funcionários, trabalhadores e terceirizados passaram a ter os mesmos direitos de segurança e saúde no trabalho, pondo fim ao tratamento diferenciado que antes existia.

Outra questão abordada pelo deputado foi sua visita ao Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, junto com o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi e as bancadas do PDT na Câmara e no Senado. Segundo ele, foram cobradas a regulamentação da Emenda nº 29, que aumenta os recursos para a área da saúde, além do reajuste na tabela do SUS. O deputado analisou como positiva a visita de cortesia, que durou cerca de 3 horas.

Por fim, o deputado disse que é preciso investir em programas de bem-estar nas pequenas cidades, para proporcionar aos moradores melhores condições de vida, evitando assim, o inchaço nas grandes cidades, invertendo o fluxo migratório no país.

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O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:

Sr. Presidente, muito obrigado. Depois dessa apresentação, só posso chegar aqui um pouco mais à vontade, mais alegre. Devo dizer também que reconheço a importância de V.Exa., nobre Presidente Inocêncio Oliveira, para esta Casa.
Conheci V.Exa. no mandato passado e convivemos na Mesa Diretora. Pode ter certeza, Sr. Presidente, que V.Exa. é um exemplo para nosso trabalho aqui, por ser médico, igualmente a nós, e por lutar pelas boas causas. Estou muito feliz e numa posição muito confortável, neste momento, ao fazer o meu pronunciamento sob vossa Presidência.
Depois do discurso bem organizado e bem articulado do companheiro Deputado Pastor Manoel Ferreira, do Rio de Janeiro, tratando de problema muito atual, a gestão do tráfego aéreo, faço meu pronunciamento até um pouco apreensivo, porque é difícil falar tão bem quanto S.Exa. Entretanto, temos de cumprir com a nossa obrigação e tratar de diversos assuntos.
Não escolhi um assunto único e exclusivo para tratar. Quero falar de vários assuntos. E já que o Deputado Pastor Manoel Ferreira falou sobre o tráfego aéreo, aproveito a oportunidade para falar da composição das agências reguladoras.
As agências foram criadas no Brasil com a melhor das intenções, a fim de regular setores da economia do País. Foram criadas a Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANEEL, a ANATEL e a ANAC. Agora, diante de um problema pontual com a ANAC, vemos a discussão sobre o papel das agências ser trazida à baila novamente. Aproveito para dizer que não é porque a ANAC está na situação em que se encontra que trataremos deste assunto neste momento. Já vínhamos pensando nisso.
Quando foram criadas as agências reguladoras, a intenção foi desafogar os Ministérios das funções normativas, deixando-os traçar políticas. Entretanto, não sei se por falta de ação dos Ministros ou por excesso dos presidentes das agências, a situação se complicou.
As agências precisam e devem ser mantidas. Entretanto, devido a esses mandatos de pessoas indicadas única e exclusivamente por uma ou outra pessoa ou por um ou outro partido, pode ocorrer esse tipo de situação que vemos hoje: a impossibilidade de uma ação rápida quando há necessidade de tomá-la.
Suponho e espero que o Ministro Nelson Jobim consiga, no movimento que faz hoje, trazer um pouco mais de normalidade ao setor de tráfego aéreo. Incomoda-me muito ver o atual presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, num momento de extrema preocupação, por um pequeno comentário feito pelo Ministro da Defesa – o Ministro disse que um homem de 1 metro e 90 centímetros de altura sente-se apertado num avião -, correr para dizer que avião não é apertado. Essa questão nem estava em discussão. O Ministro deu um exemplo de gestão que facilita e defende o empresariado. Aquilo não era para ser discutido naquela hora. O Presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, no meu ponto de vista, colocou-se claramente do lado das empresas e dos empresários. Ali cabia, no mínimo, o silêncio. Não precisava ter dito nada. Mas ele nos fez entender onde está e o que pensa.
O Sr. Mauro Benevides – V.Exa. me permite, Deputado Mário Heringer, uma breve intervenção?
O SR. MÁRIO HERINGER – Perfeitamente.
O Sr. Mauro Benevides – É apenas para dizer-lhe que o tema que V.Exa. agora procura discutir mais profundamente foi objeto, na semana passada, de Comissão Geral neste plenário. Representantes de todas as agências reguladoras ocuparam esta tribuna, expuseram suas idéias, e, naturalmente, a Casa recolheu alguns subsídios que nortearão, se for o caso, uma reformulação estrutural de todas essas agências, a começar pela Agência Nacional da Aviação Civil. Então, V.Exa., ao trazer novamente esse tema ao Grande Expediente da sessão de hoje, certamente, contribui com os debates, sobretudo com as idéias centrais do seu pensamento. Assim, vamos reunir algo que possa efetivamente trazer solução para esse problema, especificamente em relação à aviação civil. É certo que a presença do Ministro Nelson Jobim à frente do Ministério da Defesa já foi um marco. Agora sentimos que, efetivamente, há um homem no manche do avião. Nelson Jobim está firme e decidido e por isso tem merecido até aqui os aplausos indiscrepantes da população brasileira, inclusive desta Casa. Portanto, V.Exa., ao trazer o assunto ao debate, certamente recolherá opiniões abalizadas que lhe permitirão dar continuidade ao desenvolvimento desse tema, que é fundamental para os usuários da malha aérea brasileira.
O SR. MÁRIO HERINGER – Muito obrigado, nobre Deputado Mauro Benevides. V.Exa., como sempre, é um inspirador para as nossas posições nesta Casa. Estamos juntos na luta com relação à redistribuição proporcional do número de Vereadores em nosso País, tema que ainda vou tocar neste discurso. Conto com sua presença em plenário, porque sobre esse assunto gostaria que V.Exa. interviesse também.
Ouço o nobre Deputado Armando Abílio.
O Sr. Armando Abílio – Deputado Mário Heringer, médico bem-sucedido, traumatologista e ortopedista, também sou médico, mas nossa visão, muitas vezes, é um pouco diferente. Concordo com V.Exa. quando diz que a idéia da criação das agências foi muito feliz, mas o formato, o modelo tem de ser mudado. Há momentos em que a fatalidade traz lições. Foi exatamente o que aconteceu agora: descobriu-se que se deve mudar o formato administrativo das agências e sua composição. Sobre isso, o Deputado Mauro Benevides disse que na semana passada foi realizada uma Comissão Geral nesta Casa, quando tivemos a oportunidade de ver, ler e ouvir algumas sugestões. O Ministro Nelson Jobim tem uma história muito forte neste País, não só na atividade jurisdicional, mas também na legislativa e na executiva. Tenho certeza de que, se Deus quiser, encontraremos soluções para mudar esse modelo, tendo condições de encontrar leis, métodos e regras para melhorar o nosso tráfego aéreo. Parabéns, Deputado Mário Heringer!
O SR. MÁRIO HERINGER – Muito obrigado, nobre Deputado. A intervenção de V.Exa. será incorporada ao meu pronunciamento, porque traz sobriedade e inteligência.
Gostaria de continuar tratando de outros assuntos. Um deles é exatamente uma proposta de emenda à Constituição que está nesta Casa já em condição de ser votada. Trata-se da PEC n.º 333/04, do nobre Deputado Pompeo de Mattos, que propõe a recomposição proporcional das Câmaras Municipais e, com isso, agora sim, possibilitar o que todo o mundo disse que teria de ser feito e não foi: a redução dos custos das Câmaras Municipais.
É verdade, senhores, que, em 2004, extemporaneamente, o Tribunal Superior Eleitoral editou norma para as eleições municipais daquele ano. A intenção era muito boa: reduzir o custo das Câmaras. Mas a distribuição que fez do número de Vereadores em determinadas cidades inviabilizou completamente o processo legislativo, que não é tão simples quanto parece, quando se olha de fora.
Quando, às vezes, a mídia mostra um plenário vazio, pensa-se que não estamos naquele momento fazendo nada. Há diversas Comissões, onde muitos Deputados estão trabalhando, assim como os Vereadores em seus Municípios.
Imaginem uma cidade grande com diversos pleitos, muitas dificuldades, enormes problemas e com um número mínimo de Vereadores. Um Vereador estará numa Comissão Temática discutindo e em outra dando sua opinião. Pequenos grupos vão passar quase que exclusivamente a dominar o processo legislativo na Casa.
Não é a quantidade, mas a qualidade do serviço a ser executado que importa. Se conseguirmos reduzir os custos das Câmaras, não importa quantos Vereadores teremos. O importante é conseguir dar ritmo ao processo legislativo municipal, é tirá-lo das mãos do de alguns Prefeitos – isso muitas vezes ocorre – que, com apenas umas 5 pessoas, conseguem dominar a cidade. E há cidades em que os Vereadores pensam que são funcionários do Prefeito.
Então, precisamos começar a consertar o Poder Legislativo, respeitando-o aqui e lá. É muito comum acharmos que Vereadores são legisladores menores. Não são não, senhores. Nunca fui Vereador, mas aprendi a respeitá-los. O Vereador é um interlocutor direto do povo, das pessoas que não têm acesso à mídia e ao Prefeito. Ele é um repórter, um agente social. E é a ele que as pessoas recorrem de madrugada, quando, no desespero e por causa da inoperância do Estado, precisam de ajuda para conseguir um médico, por causa de uma doença repentina, do parto de um filho. Isso tem que ser reconhecido.
Mazelas à parte, o Poder Legislativo municipal tem sido mais até do que deveria ser. Ele tem sido o mais exigido e tem cumprido o seu papel. Por essa razão, estou solicitando à Presidência desta Casa que considere a possibilidade de inclusão em pauta, para discussão e votação, da Proposta de Emenda à Constituição nº 333/04, esta semana. Por quê? Porque temos pouco tempo para aprová-la no Senado Federal antes do fim do mês de setembro, a fim de que não seja argüida a sua extemporaneidade no Supremo Tribunal Federal, sob a alegação de que elaboramos uma lei que não poderá ser usada em 2008. Isso nos levará, novamente, a uma regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral para viger nas eleições de 2008.
Isso já aconteceu em 2004 e acontecerá em 2008, se não agirmos com firmeza e inteligência, se não fizermos o nosso papel de legisladores. Se tal acontecer, não poderemos vir a esta tribuna dizer que o Tribunal Superior Eleitoral está tomando o nosso espaço. Nós é que estamos deixando o legítimo espaço do Poder Legislativo ser, rapidamente, assumido por outros. Se não o fizermos, alguém o fará. Assim é e sempre será.
Começamos essa luta em 2004, ao vermos andando pelos corredores diversos Vereadores que aqui vieram lutar por essa recomposição. Vimos nesta Casa o Amauri, a Carla, o João Batista como cachorros que caíram da mudança -desculpem-me a terminologia, mas é assim que brinco com eles -, perdidos, sem encontrar o dono, sem apoio nesta Casa.
Felizmente, em 2004, um grupo de Deputados resolveu se organizar formando a Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional dos Municípios Brasileiros. Conseguimos aprovar, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a PEC nº 333/04, do Deputado Pompeo de Mattos.
Foi constituída uma Comissão Especial, a qual presidi junto com o nobre e ex-colega Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, que não está mais nesta Casa, por não ter sido reeleito. Nessa Comissão, rediscutimos vários pontos da proposta, acrescentamos e cortamos disposições, criamos uma proposta alternativa, um substitutivo bastante inteligente, viável, mas ele tem de ser discutido neste plenário.
Há 1 ano e meio, ele espera para entrar na pauta. Está lá. Espera o momento de entrar na Ordem do Dia. Mas nós não podemos continuar esperando, porque temos somente até setembro para dar continuidade ao processo, dentro da lei, para que sua validade não seja questionada em outro momento. Assim como nós discutimos a validade de decisão extemporânea do Tribunal Superior Eleitoral, não queremos e não devemos aceitar que façam o mesmo com a emenda constitucional que aprovaremos.
Sras. e Srs. Deputados, peço ao Presidente Arlindo Chinaglia que coloque a matéria na pauta e a todos os Deputados peço empenho para aprová-la. Não tenho dúvidas de que, se ela for apreciada, todos vão entendê-la e votarão a favor. Agora, se não for aprovada, será decisão da Casa, não porque houve omissão. A ação é o que conta. E é isso que defendemos.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero também noticiar a visita do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, à USIMINAS, em Minas Gerais. Eu sou mineiro, conheço a cidade de Ipatinga, mas não tinha tido oportunidade de conhecer a empresa. Fui convidado para assistir à assinatura de acordo feito entre patrões e empregados da USIMINAS, um belíssimo trabalho do seu presidente, Dr. Rinaldo, e do presidente do sindicato, Sr. Luiz Carlos.
Por meio de acordo único, o primeiro realizado no Brasil, a USIMINAS criou o SESMT Coletivo. O que é isso? Funcionários e trabalhadores terceirizados das empresas que trabalham para a USIMINAS passaram a ter, desde a semana passada, os mesmos direitos de segurança e saúde no trabalho fornecidos e pagos pela empresa maior, ou seja, pela USIMINAS.
Com essa decisão, acabam as 2 ou 3 categorias diferentes de funcionários que ali trabalham: a dos funcionários efetivos da USIMINAS, que recebiam tratamento especial, e a dos funcionários terceirizados, que recebiam tratamento diferenciado. Foi uma decisão rápida, por conta de proposta inteligente tanto da parte do patrão, quanto dos empregados, acatada prontamente pelo Ministro Carlos Lupi, que tem feito excelente gestão no Ministério do Trabalho. Assim, fomos conhecer uma empresa brasileira que dá orgulho.
Quando se fala em usina siderúrgica, imagina-se um monte de poeira, pedra, carvão. Mas quem visita a USIMINAS vê que não é nada disso. A empresa é boa até do ponto de vista estético; é bonita. Do ponto de vista humano é perfeita: é toda arborizada, limpa, há nela um ar de felicidade, de satisfação por parte de seus funcionários. Quando se passa por dentro da empresa só se depara com o verde. Ela tem, inclusive, uma cascata que ameniza o ambiente. E olha que estamos falando da empresa que mais paga impostos em Minas Gerais. E ela consegue ter essa relação com os seus funcionários.
Assim, ao registrar essa visita, queremos dar os parabéns aos patrões e empregados da USIMINAS. Eles nos fazem acreditar que a relação capital/trabalho não precisa ser antagônica, ela pode ser benéfica para ambos os lados.
Por isso vou até pedir ao Sr. Ministro – e insistir um pouco, mesmo sabendo que esse tipo de relação partiu de acordo entre empresários e sindicalistas – que essa prática se torne uma norma para as grandes empresas brasileiras, para que elas cuidem de modo mais humano do ambiente de trabalho e dos trabalhadores, inclusive dos terceirizados. Nessa visita ficou claro que não há dificuldade em se fazer isso.
Sr. Presidente, na semana passada, membros do meu partido, o PDT, estiveram em visita ao Presidente Lula durante umas 2 ou 3 horas. Na oportunidade, cobramos do Sr. Presidente a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, principalmente no tocante às tabelas do SUS, que precisam ser revistas.
A mídia constantemente mostra ocorrências de óbitos, o que, para nós, médicos, dói muito. V.Exas. não sabem o tanto que dói. Do jeito que a saúde, os médicos e os hospitais estão sendo tratados, será inviabilizada a saúde no Brasil, e eu tenho muito medo de que isso aconteça. Tratamos desse assunto com o Presidente Lula na visita que fizemos.
Mas o que me levou a falar com o Presidente foram as pequenas cidades. Diuturnamente tomamos conhecimento de programas para cuidar das grandes cidades, das grandes favelas, das grandes mazelas do País. Recentemente, em visita a Minas Gerais, o Presidente Lula anunciou que, sabendo que os grandes problemas urbanos se encontram nas grandes favelas, nas periferias das grandes cidades, estaria direcionando a ação social do Governo para esses locais.
Eu concordo que ações devem ser direcionadas para essas áreas, mas não acredito que seja essa a solução. Enquanto nós não cuidarmos da fixação, da manutenção e do bem-estar das pessoas nas pequenas cidades, vamos colaborar para o inchaço das periferias das grandes cidades, e serão atraídos para elas os incautos e os esperançosos.
Um pai de família não sai de Manhumirim, minha cidade, por exemplo, nas Minas Gerais, levando filha e filho para morar na periferia de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro ou de São Paulo, pensando que as coisas vão dar errado. Mas quando ele chega à cidade grande, acaba tendo de morar mal, não encontra escola para os filhos, o trabalho que consegue é em local longe de casa e ele tem que gastar 4, 5 horas em deslocamentos. E o que ficam fazendo os seus filhos nesse tempo? Vemos que as crianças levadas para essas cidades, em função da esperança de seus pais, acabam se transformando em massa de manobra do tráfico de drogas, da violência. E ficamos quase sem saber o que fazer.
A minha proposta ao Sr. Presidente foi a de investir em saneamento, educação, saúde, lazer e felicidade nas cidades pequenas. Chega de pensar que vamos resolver os problemas que existem nos grandes centros sem olhar para as pequenas cidades. Vamos tentar inverter o fluxo migratório, propondo ações nesse sentido. As pessoas sempre querem sair das cidades pequenas. Elas saíram do campo para a cidadezinha mais próxima e daí para a cidade grande. Daqui a pouco, teremos megalópoles e cidades pequenas e desertas no interior. Por que o que se vai fazer para viver?
O que ocorre hoje no País é muito sério. O pequeno comerciante da pequena cidade já não pode mais existir, porque as Casas Bahia, por exemplo, se instalam numa cidade do interior, vendem mais barato do que todos, porque compram quantidades estúpidas, e quebram todo o comércio local. As Casas Bahia arrecadam muito dinheiro, mas o dinheiro não fica na cidade, não é ali reinvestido. E não estou aqui transformando as Casas Bahia em vilã, é o sistema.
Precisamos organizar um mercado cativo nas pequenas cidades. Isso é programa de governo. Não podemos imaginar que as coisas vão voltar ao que eram antes. Não é assim. Mas, com certeza, se não implementarmos alguma política para que as pessoas possam ganhar, produzir e deixar o que produzem nas pequenas cidades, reinvestir em seu local de nascimento, nós vamos destruir os pequenos municípios do País.
Precisamos ver os moradores das pequenas cidades felizes, com saúde, com educação, com lazer, vivendo bem. E digo lazer com muita intensidade, porque o que prende uma pessoa em algum lugar é o prazer de estar ali. E, na esperança, há riscos. Se for para promover esperança, para correr riscos, por que não mudarmos a geografia do Brasil? Por que não aprovamos – e mais uma vez posso estar na contramão da maioria – a redivisão dos Estados? Alguns dirão que estou querendo mais Prefeitos, mais Vereadores, mais Deputados, mais Senadores, mais Governadores. Não estou querendo isso. Mas quando o poder público está em algum lugar atrai oportunidades, atrai o empresariado, cria esperança, e daí vem a migração em busca da esperança. Se fizermos uma avaliação, vamos verificar que em alguns lugares se quebra a cara, mas, na grande maioria, com certeza, as coisas melhoram.
Está aí o exemplo do Estado do Tocantins, região que era praticamente deserta e hoje todos sabem como está. Grandes cidades criaram seus distritos. Hoje os distritos têm mais condições de sobrevivência do que no passado, porque o dinheiro permaneceu ali, cuidado e vigiado pelas pessoas do lugar.
Antes de encerrar, quero dizer que passei exatos 4 anos, 6 meses e 20 dias para estar nesta tribuna com todo esse tempo que nos é oferecido nesse período. Esse sorteio, às vezes, nos deixa muito tempo sem falar no Grande Expediente.
Sinto-me feliz de poder, neste momento, falar sobre o que se passa na minha alma e na minha cabeça.
Queremos ver o Brasil melhor, para que seja o Brasil do povo, do pobre, de quem precisa. Esse é o Brasil que queremos.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Parabenizo o ilustre Deputado Mário Heringer, do PDT de Minas Gerais, pelo belíssimo pronunciamento e pelas idéias aqui aventadas.

Operação Placebo combate venda online de produtos sem registro

crimes_07 Polícia Federal realizou uma operação para prender pessoas que vendiam medicamento pela Internet, denuncia feita pelo Deputado Mário Heringer. No estado de Minas Gerais, os policiais da Superintendência Regional cumpriram mandados de busca e apreensão que resultaram no indiciamento de cinco pessoas.

Em Belo Horizonte foram realizadas buscas na residência de uma mulher que comercializava o produto Fator P, conhecido também como Indiano Talun, que teve sua comercialização e divulgação proibida pela Anvisa. Foram apreendidos dois HD´s e uma pasta contendo uma lista de endereços e telefones com mais de 200 supostos clientes. O Indiano Talum é uma planta usada para combater dor de coluna, artrite, artrose, bursite e varizes. No entanto, o Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Catarina realizou uma análise acerca da composição do produto comercializado, e verificou-se que uma das amostras continha o fármaco Piroxican e, na outra, o fármaco Cetorolaco. Ambos são drogas sintéticas e potentes antiinflamatórios, o que contraria as propagandas de que o produto é feito somente a base de plantas medicinais.

Na cidade de Ipanema, foi cumprido mandado de busca e apreensão em um laboratório, que acabou sendo interditado por fiscais da ANVISA. Foram apreendidos caixas de produtos fitoterápicos produzidos no local, documentos e material publicitário. Em Pará de Minas foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na residências de pessoas que comercializavam pela Internet os medicamentos Pramil e Novophar (similar do Viagra). Tais produtos só podem ser vendidos com prescrição médica.

Em Betim as buscas foram realizadas em duas residências e em uma empresa, que comercializava pela Internet os produtos Viagra, Cialis e Veja. Foram apreendidos computadores e comprovantes de envio dos produtos pelo Correio. Em Uberlândia foi realizada busca e apreensão na residência de uma mulher que comercializava Viagra, Cialis e Levitra sem receita médica. No local foram apreendidos mais de 100 caixas dos medicamentos.

Rádios comunitárias reclamam da demora para terem outorga


Os donos de emissoras comunitárias voltaram a questionar uma atitude do Congresso Nacional em relação à demora na outorga para o funcionamento de suas rádios. A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática realizou uma audiência pública com o representante do Coletivo Brasil de Comunicação Social (Intervozes), Bráulio Ribeiro, para discutir os procedimentos de fiscalização e a legislação dessas rádios.

Segundo Bráulio Ribeiro, muitos donos de emissoras esperam mais de 10 anos para obter a regulamentação. O deputado Mário Heringer já vem lutando a favor da aceleração do processo de outorgas das rádios comunitárias mineiras junto aos parlamentares e o Ministério das Comunicações e concorda com a dificuldade do processo. “Temos de desburocratizar, descomplicar, afinal, a rádio comunitária presta um importante serviço social. O que não se pode é continuar com essa dificuldade para poderem funcionar”, declara.

Em relação às rádios que já estão funcionando, o portal do Ministério das Comunicações, na internet, divulgou que vai recadastrar todas as emissoras no país. Cerca de 3,5 mil entidades terão 60 dias para prestar informações estatutárias, contratuais e de composição do quadro societário.

Resultado da Reforma Política no Congresso

A Reforma Política no Congresso Nacional tem sido palco de muitas discussões e críticas. A grande transformação tão esperada no sistema eleitoral foi limitada e os parlamentares não quiseram fazer muitas mudanças. Confira abaixo os pontos sobre o projeto da Reforma Política decididos até agora.

O PROJETO APROVADO (em relação à fidelidade partidária):

O que muda

O projeto torna inelegíveis, por quatro anos, os eleitos para mandato eletivo, no Executivo e no Legislativo federal, estadual e municipal, que troquem de partido fora do prazo permitido em lei. Os quatro anos são contados após o fim do mandato para o qual foram eleitos;

O partido político recorrerá à Justiça eleitoral para pedir a cassação do diploma dos que deixaram a legenda. Terá 15 dias, depois que o deputado deixar a legenda, para entrar com essa ação. Quem trocar de legenda poderá ter o diploma cassado, e perder o mandato, por decisão da Justiça Eleitoral, assegurado o direito de defesa;

Abre exceções para a troca de legenda: se o partido descumprir o programa ou o estatuto, se houver provas objetivas de perseguição política interna; para criar um novo partido ou em caso de renúncia;

Permite que o eleito troque de legenda nos 30 dias imediatamente anteriores ao fim do prazo de filiação exigido pela lei eleitora (um ano antes da eleição);

Convalida todas as trocas partidárias ocorridas até 30 de setembro deste ano;

Diz que ao responder a uma consulta, o novo entendimento do TSE só valerá para frente, sem retroagir.

Fonte: Jornal O Globo 16/08/2007

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