Autor: Deputado Mário Heringer

Diretoria 2003/2005 e suas metas para 2004/2005



Diretoria 2003/2005

Presidente:
1º Vice:
2º Vice:
3º Vice:
Secretário Geral:
Secretário Adjunto:
Tesoureiro:
Tesoureiro Adjunto:
Consultor Jurídico:
Deputado Rafael Guerra (PSDB) – MG
Deputado Henrique Fontana (PT) – RS
Senador João Bosco Papaleo (PMDB) – AP
Deputado Paulo Lima (PMDB) – SP
Deputado Dr. Francisco (PTB) – MG
Deputado Dr. Ribamar Alves (PSB) – MA
Deputado Mário Heringer (PDT) – MG
Senador Augusto Botelho (PDT) – RR
Deputado Carlos Mota (PL) – MG

Conselho Consultivo: (Coordenadores das Bancadas)

Deputado Roberto Gouveia (PT/SP)
Senador Marco Maciel (PFL/PE)
Deputado Dr. Pinotti (PMDB/SP)
Deputado Sebastião Madeira (PSDB/MA)
Deputado Dr. Benedito Dias (PP/AP)
Deputado Fernando Gonçalves (PTB/RJ)
Deputado Geraldo Resende (PPS/MS)
Deputado José Santana de Vasconcelos (PL/MG)
Deputado Dr. Rodolfo Pereira (PDT/RR)
Deputado Dr. Evilásio (PSB/SP)
Deputado Jamil Murad (PcdoB/SP)
Deputado Amauri Robledo Gasques (PRONA/SP)

Conselho Fiscal (Titulares)

Senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG)
Senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE)
Deputado Adelor Vieira (PMDB/SC)

Conselho Fiscal (Suplente)

Deputada Almerinda de Carvalho (PMDB/RJ)
Deputado Athos Avelino Pereira (PPS/MG)
Deputado Carlos Humberto Manato (PDT/ES)

Metas para 2004/2005

1) Regulamentação da Emenda Constitucional nº 29
2) Resgate de R$ 600 milhões do Orçamento de 2003 não empregados de acordo com a EC-29
3) Campanha pelo Reajuste da Tabela do SUS
4) Participação na campanha “Pequenos Olhares” do Conselho Federal de Oftalmologia que oferece exames de vista gratuitos às crianças carentes
5) Apoio à luta dos Auditores do SUS pelo reconhecimento da importância de seu trabalho e por melhores condições para exercê-lo
6) Regulamentação da abertura de novas faculdades na área de saúde de forma a garantir a qualidade na formação de seus profissionais
7) Apoio ao movimento pela criação da Ordem dos Médicos do Brasil
8) Lutar pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos – CBHPM

Enfim, a Frente Parlamentar da Saúde tem trabalhado, incessantemente, para ajudar o Governo, a corrigir visões equivocadas na área da saúde e garantir um sistema de saúde universal e equânime a todos os cidadãos brasileiros.

Frente Parlamentar da Saúde apóia reajuste da tabela do SUS

Mário Heringer na Frente da Saúde. Auditório atento ao discurso.
A Frente Parlamentar da Saúde realizou reunião nesta terça-feira, dia 15 de junho, no Auditório Nereu Ramos, no anexo II da Câmara dos Deputados, com entidades nacionais representativas da classe médica e dos hospitais para debater a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) – uma tabela de honorários médicos sugerida pela Associação Médica Brasileira, suas Sociedades de Especialidade e pelo Conselho Federal de Medicina. Também será debatido o reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como um dos coordenadores da Frente, o deputado Mário Heringer, explica que os deputados estão unidos pela dignidade do setor da saúde e pela qualidade dos serviços prestados. “Não podemos ficar sujeitos ao poder econômico, às pressões e reajustes insuficientes tanto na tabela da saúde suplementar quanto na tabela do SUS. Precisamos ter uma saúde de primeira qualidade porque não temos cidadãos de primeira ou segunda qualidade”.

Estiveram presentes mais de 300 profissionais convocados pela Confederação Nacional da Saúde (CNS), Associação Médica Brasileira (AMB), Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos.

Mobilização em Brasília: Queixas médicas ecoam no Legislativo

Lideranças médicas e políticas celebram a aliança pela aprovação do PLS nº 3.466/04

Na terça feira, 15 de junho, as queixas da classe médica em relação à necessidade da implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) ecoaram em Brasília, nos corredores da Câmara dos Deputados.

O ponto mais alto desta mobilização da classe médica teve como palco o Auditório Nereu Ramos, situado no Anexo II da Câmara dos Deputados, em evento que contou com a presença de líderes de todos os partidos políticos, do presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), de membros da Frente Parlamentar da Saúde e de cerca de 700 médicos vindos de todos os estados brasileiros para levar sua voz e reinvindicação aos representantes do povo.

“Penso que a Câmara dos Deputados seja o local apropriado para que a discussão das relações de trabalho entre médicos e operadoras sejam definidas de maneira mais clara, uma vez que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem se mostrado omissa e alheia às demandas dos médicos. Também apoiarei a tramitação em caráter de urgência da matéria”, enfatizou o deputado Mário Heringer (PDT-MG).

Entidades médicas exigem um posionamento do executivo
Na manhã do dia 15 de junho o Ministro da Saúde, Humberto Costa e o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Fausto Pereira dos Santos, e os representantes das entidades médicas nacionais reuniram-se para tratar da situação do setor de saúde suplementar e o impasse entre operadoras, médicos e usuários de planos de saúde em relação à implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPN).

O presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, foi enfático ao expor o problema. ” À cerca de 10 anos, os médicos não recebem reajuste algum das empresas intermediadoras de saúde, que, por sua vez, seguem impingindo pesados aumentos aos pacientes. Só nos últimos sete anos, os planos subiram 248%, sem contar a recente majoração de 11,75% autorizada pela ANS.

O Deputado Federal Mário Heringer classificou: “A mobilização da classe médica associada aos órgãos representativos de prestadoresa hospitalares criou a demanda necessária para despertar a vontade política. A aprovação do PLS nº 3.466/2004, que estabelece a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos é luta que se avizinha. Devemos nos manter mobilizados porque nossos adversários já estão. O passo fundamental foi dado: União!”
Cachaça de Minas no SIMPLES

Cachaça de Minas no SIMPLES

Os produtores de cachaça de alambique do Brasil foram atingidos na esfera federal por duas medidas que os prejudicam diretamente em seus processos produtivo…

Cachaça de Minas no SIMPLES

Pronunciamento do Excelentíssimo Senhor Deputado MÁRIO HERINGER PDT-MG, na Sessão Plenária do dia 09 de junho de 2004:

Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores parlamentares,

Fomos procurados pela diretoria do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais, referente a carga tributária hoje praticada pelo governo federal, no que tange a cobrança de impostos no setor.

Os produtores de cachaça de alambique do Brasil foram atingidos na esfera federal por duas medidas que os prejudicam diretamente em seus processos produtivo, comprometendo a sua sobrevivência e com graves prejuízos à economia de unidades da Federação, como o meu Estado de Minas Gerais.

Num país tão carente por postos de trabalho, manter os cerca de 450.000 trabalhadores na ativa me parece primordial, além de lembrar que esse setor movimenta 1,5 bilhão de reais na economia, gerando 100 milhões de reais de impostos. Precisamos de medidas eficazes para aliviar a carga tributária imposta a esses produtores.

Os produtores foram impedidos, a partir de 1° de janeiro de 2001, por meio da Medida Provisória n° 2.189-49, de 23 de agosto de 2001, de optar pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples, instituído pela Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996.

Em seguida, a Secretaria da Receita Federal reclassificou os valores do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre as cachaças mineiras, com a majoração do imposto em até seiscentos por cento, o que vem trazendo grande insatisfação aos produtores, já que inviabiliza todo o processo produtivo.

O impedimento de opção pelo sistema aos fabricantes de bebidas, e em especial aos pequenos produtores de aguardente de cana, acarretou elevação da carga tributária sobre eles incidente e também aumento da burocracia para a manutenção do negócio.

A exclusão do SIMPLES aliada ao regime especial do IPI, com critério de incidência ad valorem e excessivas classes de enquadramento oneram de forma pesada e inviabilizam o desenvolvimento da produção dos fabricantes de cachaça, que são, na maioria, pequenas indústrias familiares.

Diante disso, Senhoras e Senhores Deputados, por se tratar de medida de grande alcance econômico e social, apresentamos um projeto de lei que permite a inclusão dos fabricantes de aguardentes de cana no Simples, e desde já esperamos contar com o apoio de nossos eminentes Pares para a sua aprovação.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.

Deputado MÁRIO HERINGER

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:



Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, fomos procurados pela diretoria do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais, que nos expressou a preocupação do setor quanto à carga tributária hoje praticada pelo Governo Federal.

Os produtores de cachaça de alambique no Brasil foram atingidos, na esfera federal, por 2 medidas que prejudicam diretamente seu processo produtivo, comprometendo a sua sobrevivência e causando graves prejuízos à economia de diversas Unidades da Federação, como o meu Estado de Minas Gerais.

Num país tão carente de postos de trabalho, parece-me primordial manter na ativa os cerca de 450 mil trabalhadores do setor, que movimenta 1,5 bilhão de reais e gera 100 milhões de reais de impostos. Precisamos de medidas eficazes para aliviar a carga tributária que lhe é imposta.

Os produtores foram impedidos, a partir de 1° de janeiro de 2001, por meio da Medida Provisória n° 2.189-49, de 23 de agosto de 2001, de optar pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES, instituído pela Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996.

Em seguida, a Secretaria da Receita Federal reclassificou os valores do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI -incidente sobre as cachaças mineiras, com majoração em até 600%, o que vem trazendo grande insatisfação ao setor, já que inviabiliza todo o processo produtivo.

O impedimento de opção pelo SIMPLES aos fabricantes de bebidas, em especial os pequenos produtores de aguardente de cana, acarretou elevação da carga tributária sobre eles incidente e também aumento da burocracia para a manutenção do seu negócio.

A exclusão do SIMPLES, aliada ao regime especial do IPI, com critério de incidência ad valorem e com excessivas classes de enquadramento, oneram de forma pesada o setor e inviabilizam o desenvolvimento da produção de cachaça, feita, na maioria, por pequenas indústrias familiares.

Diante disso, Sras. e Srs. Deputados, por se tratar de medida de grande alcance econômico e social, apresentamos projeto de lei que permite a inclusão dos fabricantes de aguardente de cana no SIMPLES, e desde já esperamos contar com o apoio de nossos eminentes pares para a sua aprovação.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:



Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a decisão dos médicos mineiros de cobrar consulta das pessoas que têm plano de saúde é uma medida desesperada para pressionar as operadoras a corrigirem os valores repassados a esses profissionais. A intenção é que os planos reembolsem aos consumidores em vez de passar aos prestadores o valor referente às consultas. Essa decisão nasce da necessidade do médico, do prestador de serviço mostrar à sociedade que há mais de dez anos as operadoras vêm sufocando e predando esse sistema suplementar.

Essa situação é reflexo do descaso com que esses profissionais são tratados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, que vem fazendo vista grossa à condição de extrema desigualdade que favorece os planos de saúde em detrimento dos profissionais que prestam serviços nessa área.

Como era de se esperar, tornou-se iminente que uma solução seja dada a esse impasse. Essa medida dos médicos, não deve ser entendida como um processo regular de negociação, pois não traz vantagem para nenhum dos atores desse sistema, nem para o paciente, nem para o próprio médico, nem para o plano de saúde. Essa situação é uma situação extrema e que não deveria acontecer, mas eu compreendo a existência dela, uma vez que os planos de saúde obtiveram no decorrer de 10 anos, um aumento de 170%, e aos prestadores, médicos, dentistas, hospitais, todos os que trabalham na área de saúde com planos de saúde, não foi repassado nesse período nenhum reajuste. Isso é no mínimo uma covardia que se faz, cobrando mais caro do usuário e não repassando a qualidade dos serviços aos prestadores.

É inaceitável, que numa relação comercial, onde tem que haver a cooperação e o comprometimento de todos os envolvidos, apenas uma das partes seja beneficiada. O contrato oferecido pelas operadoras de planos de saúde aos prestadores, tornou-se um instrumento de coação, que impõe condições de verdadeira subordinação.

Só através de lei poderemos assegurar que os reajustes obtidos pelos planos de saúde sejam automaticamente repassados aos prestadores, mas infelizmente o lobby, a pressão dos planos de saúde, impede que as coisas no âmbito da saúde suplementar funcionem de uma maneira normal, tranqüila. O que se busca é a igualdade. Nós queremos que se dê aos médicos, aos hospitais, aos dentistas, uma contraprestação pelo serviço, mas uma contraprestação decente, e infelizmente, a pressão que se faz e a falta de vontade dos que até hoje comandaram a Agência Nacional de Saúde é flagrante, eles não querem de maneira alguma normalizar o funcionamento desse sistema. É simples, é tranqüilo, porque não afetará ninguém, ninguém terá prejuízo do ponto de vista comercial normal. Mas os intermediários da saúde suplementar, que são os planos de saúde, não querem perder o que já estão levando de vantagem.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, essa greve deflagrou um momento muito crítico, pois essa questão é mostrada somente do ponto de vista do usuário prejudicado. É claro que o usuário tem direito, mas esses profissionais, que estão há mais de dez anos sem a decência no relacionamento comercial, também precisam lutar em busca de justiça e igualdade. Planos de saúde, que tem o poder financeiro, estão abafando qualquer ação que vise a eqüidade nas relações comerciais entre prestadores e usuários.

É normal que numa negociação comercial cada parte empreenda esforços para obter garantias e direitos, mas regras básicas precisam existir. Nesse caso específico da relação comercial entre tomadores e prestadores de serviço de saúde, por exemplo, o pagamento do serviço prestado não tem data para ser feito, o valor que se manda para cobrança, não é o valor aceito. Se o prestador não aceita trabalhar numa determinada condição, não aceita deixar de fazer um determinado exame, é descredenciado, perde o emprego. Teoricamente, é mandado embora daquela lista. Médicos mais antigos, que no passado foram professores universitários, servidores do INPS, que são pessoas ativas, não podem hoje entrar no sistema, porque este fechou suas portas. Esses profissionais estão no mercado, são competentes e não são aceitos. Então não tem um credenciamento seletivo, baseado na qualidade e na competência. Então quer dizer, não há justiça no relacionamento. Eu acho que é isso que os médicos estão querendo agora.

A insatisfação com os planos de saúde, não é somente dos consumidores, mas também dos médicos. Nós tivemos nesta Casa a CPI dos Planos de Saúde que levantou muitos casos de irregularidades cometidos pelas operadoras dos planos, no entanto, elas continuam agindo soberanamente porque não houve até hoje nenhum resultado prático. Nós fizemos um relatório, enviamos ao Ministério da Saúde, enviamos ao Ministério Público, à Agência Reguladora, mas daí ao passo definitivo de criar as normas que foram sugeridas por nós na CPI, ficou um vácuo enorme. Não basta só a CPI denunciar, apurar, propor soluções, e no final estas soluções irem para uma gaveta. O Ministério da Saúde está com problema em vários Estados do Brasil com relação a esse movimento de cobrar consulta, não é só em Minas, a Bahia também está, o Rio de Janeiro esteve há pouco tempo. Está com esse problema porque não quer aceitar a melhor solução, que é a normatização das propostas que objetivam a eqüidade comercial entre os segmentos que atuam na saúde suplementar.

A desculpa da contratualização não funciona mais. Não dá mais para fingir que esse mecanismo é eficaz. Trata-se de um contrato que favorece o unilateralismo. Se no momento da renovação, por exemplo, o hospital, o médico, ou odontólogo, não concordarem com as regras que o convênio impõe, propicia com mais facilidade ainda o descredenciamento, isso é na verdade uma proposta para desemprego.

Os médicos, tanto quanto os consumidores, são reféns das operadoras de planos de saúde. E nesse momento, é bom que se esclareça aos pacientes, que o vilão dessa história não é o médico. Por isso há a necessidade de esclarecer a realidade, mostrar isso com verdade. Porque nesse momento o que vai se dizer nos Procon’s, o que vai se dizer em órgãos de defesa do consumidor é que o usuário tem direito e ninguém nega esse direito, mas esses órgãos precisam olhar esse relacionamento com justiça, senão o médico vai continuar debilitado, como um vilão, e nós vamos continuar com um sistema perneta que está realmente dificultando a vida de diversos profissionais. Eu acho que nesse momento, para que o sistema possa continuar forte, continuar persistindo e prestando um serviço de qualidade para nossa sociedade é importante que os tomadores, que os planos de saúde, reconheçam que durante esses últimos dez anos, não repassaram nenhum reajuste obtido para os médicos. Reconheçam isso, façam um acordo para poder melhorar essa condição financeira, e não parem por aí, que estabeleçam um relacionamento comercial decente, para que não sejam vistos no mercado como predadores, pessoas que estão num negócio só para tirar o máximo, detonar o sistema, e depois inventar uma outra forma de ganhar dinheiro que é o que vem acontecendo hoje, infelizmente, na relação do plano com o prestador médico, no caso.
Muito obrigado.

FEBRASGO entrevista Mário Heringer


 
Jornal da Febrasgo: O senhor acredita que o descredenciamento unilateral e injustificado de profissional médico ou clínica de serviços médicos, é, nos dias atuais, o mais arbitrário e agressivo ato das operadoras de planos de saúde?
Mário Heringer: Não tenho a menor dúvida que este é o maior mecanismo de constrangimento usado pelas operadoras de Planos de Saúde sobre a livre prática médica. É a partir dessa possibilidade real de “demissão” que o médico é induzido à subserviência pela sua sobrevivência e dos seus. O descredeciamento é a arma silenciosa da chantagem usada explicitamente nos momentos de pressão econômica. É usada para não melhorar os preços pelos serviços, para diminuir o preço dos serviços, para restringir a solicitação de exames, para diminuir as reclamações pelos atrasos de pagamento, para diminuir as reclamações pelas glosas injustificadas, enfim, é a guilhotina pronta para agir em caso de reação às práticas comerciais predatórias.

Jornal da Febrasgo: Na sua opinião, como se explica a aprovação da Lei (9656-3/7/98) contendo tantos aspectos prejudiciais, desrespeitosos à atuação do médico e a de seus pacientes?
Mário Heringer: Eu não acompanhei o processo legislativo que criou a 9656/98, mas obtive informações que, o quê terminou sendo votado e aprovado foi uma “colcha de retalhos” mal costurada pelos parlamentares de então. Eu creio que já lá, naquela ocasião, o “lobby” dos planos de saúde funcionou e muito bem. É inimaginável que uma coisa tão ruim e esdrúxula possa ser sido aprovada. Muitos, aqui no Congresso Nacional, são levados pela boa fé, uma vez que, ninguém é obrigado a ser “especialista em tudo”, outros, são claramente direcionados pelos interesses de grupos econômicos, sociais ou políticos que representam. A conclusão tirada é que não tendo um representante efetivo da classe médica e dos prestadores de serviço esse mostrengo (9656/98) foi aprovada. As sociedades médicas e de representação de prestadores de serviços hospitalares precisam entender que representatividade política é fundamental para a defesa de seus legítimos interesses. Ela só se faz se o representante souber e entender o assunto que representa. Portanto, escolha bem os seus representantes.

Jornal da Febrasgo: O senhor acredita que a obrigatoriedade de relatório, detalhado como o senhor se refere na sua proposta do artigo 35-N a Lei 9656 3/7/88 vai contar com a aprovação “serena” das operadoras de planos de saúde?
Mário Heringer: Não, de maneira alguma teremos reação “serena” dos planos de saúde em relação a qualquer coisa que lhes tire os mecanismos habituais de pressão, constrangimento e lucro. O relatório deverá apresentar claramente o que foi glosado e o porquê, nós teremos a informação detalhada da diferença de preços (cobrado X pagos) não estaremos sendo submetidos à ignorância e, por outro lado as autoridades poderão estar controlando claramente a questão tributária e com isso constrangendo a sonegação fiscal. Vendo sob essa ótica eu creio que jamais isso será aprovado serenamente. Temos, entretanto, que lutar para saber qual é o valor que nos foi descontado pelos impostos e taxas retidos, pelos nossos erros (justificados) e, se com isso pudermos controlar a famosa “glosa linear”, já teremos andado um bom caminho na recuperação da decência do relacionamento comercial.

Jornal da Febrasgo: O senhor não acredita que a sua proposição ampla, austera e contundente não vai causar uma reação “intensa” das operadoras de saúde?
Mário Heringer: Eu tenho certeza que estou lutando pela sobrevivência do Sistema Suplementar de Saúde, não estou, apesar de no momento ser essa a impressão, pensando exclusivamente nos prestadores (médicos, hospitais, etc.). Algumas pessoas no seio das operadoras já começam perceber essa visão de segmento, mas ainda não têm agido positivamente para melhorar esse relacionamento.
Quando nós tivermos esse relacionamento respeitado amplamente, com austeridade e firmeza, teremos um sistema suplementar forte trabalhando por mais de 40.000.000 de brasileiros desafogando o Sistema Único de Saúde (SUS), dando melhor condição ao povo e ao governo brasileiro de ter e cuidar adequadamente de saúde do nosso país. O momento de luta pelo qual passamos hoje, acho eu, terminará com a conscientização dos gestores das operadoras de planos de saúde de que não teremos saída se continuarmos procedendo como se estivéssemos vivendo no presente o último dos nossos dias.
O futuro se mostrará promissor se conseguirmos equilibrar essas relações e a contundência de hoje objetiva acordar os tomadores (planos de saúde) e os fornecedores (fabricantes de materiais e insumos hospitalares) para a possibilidade de um futuro digno para todos os atores desse nosso sistema suplementar de saúde, principalmente para eles.

Jornal da Febrasgo: Quais as chances que o seu projeto tem de ser amparado, já que é sabido o poder de mobilização que tem as operadoras de saúde na Câmara?
• Descredenciamento unilateral / injustificado
• Exclusividade para credenciamento
• Relatórios fora do Padrão ANS
• Glosa de contas / procedimentos / valores
• Retenção arbitraria de tributos
• Pagamentos inquestionáveis dos procedimentos autoritários
Mário Heringer: Tudo que se propõe aqui nessa Casa Legislativa, a não ser por decisão do governo, onde se coloca a força da base governamental na aprovação, sofre um processo lento de evolução, mas estando ele aqui sendo discutido, mudado, melhorado, piorado, com apoio, de qualquer maneira ele esta sendo discutido e é um mecanismo de proposição de mudança da sociedade. Aqui se assiste freqüentemente, as partes interessadas resolverem seus problemas antes que nós, parlamentares, resolvamos. É comum projetos de lei ao serem aprovados já estarem desatualizados.
O tempo aqui, é muito lento e, se por um lado faz a decisão possível e equilibrada, por outro, deixa a sociedade sem parâmetros e angustiada. Velocidade não deve ser confundida com precipitação e falta de zêlo. Quanto as chances de vermos esses pleitos aprovados só dependerão de mobilização das entidades médicas/hospitalares e seus membros, atenção “e seus membros”. Todas as questões que propomos são justas e de maneira alguma acarretarão em prejuízo para as operadoras, exceto pelo poder de constrangimento ilegal que hoje as protege na omissão legal.
Agora, sou eu quem pergunta:
• O que pode ser mais lesivo as operadoras que o fim desse “negócio” ?
• O que pode ser mais justo que o descredenciamento somente por causas justas (erros/ilícitos provados) ?
• Porque não criar critérios de credenciamento objetivando o estímulo ao desenvolvimento profissional (residência, pós-graduação, etc.) pela qualidade ?
• Porque não temos formulários unificados para facilitar o trabalho e a geração de informação epidemiológica e de custos ?
• Porque não pagarmos nossas contas devidamente, no dia, com impostos corretos, sem glosas injustificadas e com valores corretos ?
• Porque não cuidarmos com carinho dos nossos clientes ?
A convicção que tenho é que agindo assim, incisivamente, estou lutando pela SAÚDE digna para o povo brasileiro, pelo EMPREGO garantido a milhões de brasileiros, pela EDUCAÇÃO CONTINUADA a milhares de médicos e profissionais de saúde brasileiros, pela INDÚSTRIA e EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA dos fornecedores de matérias e insumos da industria brasileira e, final e paradoxalmente pela sobrevivência dos planos de saúde brasileiros, hoje, os mais gananciosos do segmento (alguns de seus dirigentes).

Jornal da Febrasgo: A agência (ANS) tem chance de resolver isso?
Mário Heringer: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) produto da colcha de retalhos da 9656/98, apesar de capenga teria condições de já ter minorado esse sofrimento, mas foi OMISSA propositalmente no primeiro mandato onde sua diretoria foi toda (ou quase) tirada do meio predador desse mercado. Criou a certeza de lucros para as operadoras, fingiu proteger os usuários, sufocou os prestadores numa clara OMISSÃO à MISSÃO dessa agência.
Passados os mandatos ela se “renova” com novo presidente que é bem visto pelas operadoras porque “entende o sistema pela nossa ótica”, novos diretores claramente ligados a operadoras em passado recente e novos assessores que são antigos diretores retornando ao controle.
A Agência (ANS) do jeito que foi e como esta, com a acomodação do Ministério da Saúde em não ditar políticas públicas para o setor suplementar, não irá melhorar nada para o Brasil. A vontade política ali, só será despertada como sempre, pela DEMANDA POPULAR.
Insistamos, então!

Fonte: Jornal da FEBRASGO, ano 11, nº 5, junho de 2004.
Site: www.febrasgo.org.br

Deputados encontram restos humanos em presídio

Presos protestam com cartazes © JB Online

Parentes aguardam informações © JB Online


Seis deputados das subcomissões de Segurança Pública e Direitos Humanos da Câmara dos Deputados visitaram hoje as instalações da Casa de Custódia de Benfica, onde 30 presos e um agente penitenciário morreram na rebelião que teve início no sábado, após uma tentativa de fuga em massa. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Mário Heringer (PDT-MG), disse que viu restos humanos dentro o prédio.

“Havia restos humanos e fios elétricos usados para assassinar os presos ainda no chão, quatro dias depois de terminado o motim”, afirmou o deputado. Ainda segundo o parlamentar, há muitos presos com marcas de ferimentos a tiro e com escoriações. Disse também que o presídio está muito destruído e que havia muita água ainda nos corredores e dentro das celas. Um dos presos entregou um pedaço de espelho ao deputado, que considerou o objeto uma arma em poder dos presos, apesar da vistoria já realizada pelo poder público estadual. Para Mário Heringer, a Casa de Custódia continua sendo um barril de pólvora, mesmo que os líderes do motim estejam separados dos outros presos.

Garotinho se recusa a receber deputados
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, recusou o convite para uma reunião como os membros das subcomissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos da Câmara. A decisão de Garotinho deixou os parlamentares revoltados. A deputada Laura Carneiro também criticou a atitude de Garotinho, e disse ser preciso despolitizar as ações de segurança no Estado.

Parlamentares estudam pedir intervenção
Os integrantes das comissões disseram que poderão sugerir a intervenção no sistema penitenciário fluminense com base no que viram na Casa de Custódia de Benfica. “É uma sugestão que vai ser feita ao Ministério Público, através do relatório que os parlamentares vão apresentar”, disse o deputado federal Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). Os parlamentares reuniram-se, no início da tarde, com o secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira, para saber das medidas que estão sendo adotadas para melhorar a situação dos presos na casa de custódia. Segundo Biscaia, o secretário garantiu que, a partir de hoje, 44 presos que não fazem parte de qualquer facção criminosa serão transferidos para outros presídios. O mesmo procedimento será adotado em relação aos detentos que lideraram a rebelião.

Comissão quer afastamento de diretor
O ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, deputado Josias Quintal, também integrante das Comissão que visitou o presídio, disse que vai pedir ao secretário o afastamento do diretor da Casa de Custódia de Benfica. Segundo ele, um preso o teria informado que o diretor corre risco de vida. A deputada Denise Frossard (PSDB/RJ), relatora da Comissão de Segurança Pública, que participou da visita, condenou o fato do presídio ter sido construído num bairro residencial e a falta de transparência nas informações passadas à população e à imprensa pelas autoridades estaduais. “Nunca vi nada mais grave. As autoridades estão perdidas. Não há transparência. As pessoas estão sem informação”, afirmou. Frossard disse que o governo do Estado deveria ter formado um comitê para informar aos familiares sobre a situação dos presos amotinados. A Secretaria de Administração Penitenciária divulgou, até agora, somente o nome de 19 dos 30 mortos no motim que durou quase três dias. A nova recontagem dos presos na Casa de Custódia de Benfica e confirmou o número de 812 detentos na instituição. Antes da rebelião, havia 868 presos. Desses, 30 morreram durante o motim, 13 foram feridos e estão hospitalizados e outros 13 fugiram, sendo que quatro já foram recapturados e estão em outras unidades prisionais. Nove ainda estão foragidos.

Fonte: Redação Terra


Deputado diz que mistura de facções rivais de presos foi premeditada


Programa Câmara Hoje

Veja o aqui o vídeo do programa

Para salvar: Clique com o botão direito e selecione:
“Salvar destino como…”
É necessário o Windows Media Player.


A Comissão Externa criada para acompanhar as investigações sobre a rebelião na Casa de Custódia de Benfica, no Rio de Janeiro, esteve nesta sexta-feira no presídio.

A jornalista Aline Machado conversou, por telefone, com o deputado Mário Heringer, coordenador da Comissão. Você acompanha a entrevista, em que o deputado explica que a mistura de presos de facções rivais comando vermelho e terceiro comando foi um ato premeditado para gerar o massacre

Fonte: TV Câmara

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados promoveu ontem a Conferência População Negra em Foco: Políticas Públicas e o Estatuto da Igualdade Racial.
Foram convidados para participar deste evento o Senador Paulo Paim, autor do Projeto do Estatuto da Igualdade Racial; o Deputado Reginaldo Germano, Relator do Projeto; o Deputado Luiz Aberto, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial; o Prof. Ubiratan Castro, Presidente da Fundação Palmares; o Sr. Emir Silva, membro da Coordenação Nacional do Movimento Negro Unificado – MNU; a Sra. Valdina Pinto, Makota do Terreiro Tanuri Junçara, de Salvador; a Sra. Wânia Sant’Anna, Professora da Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro; a Ministra Matilde Ribeiro, Secretária Especial de Promoção de Políticas da Igualdade Racial; o Ministro Nilmário Miranda, Secretário Especial de Direitos Humanos; o Sr. Edson Cardoso, Assessor de Relações Raciais do Senador Paulo Paim.

Como Presidente dessa Comissão, tive o grande privilégio de poder participar desse momento histórico e importante para o Parlamento e para a sociedade brasileira e debater essa questão tão importante para a comunidade afro-descendente.

Finalmente, a Nação e o Estado brasileiro já reconhece a existência de manifestações de racismo no cotidiano e nas estruturas governamentais. Depois de mais de 500 anos, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso teve coragem em afirmar, perante os organismos internacionais, evidências de preconceito e discriminação contra a população negra.

É fato incontestável e real. Nas ruas, nas lojas, no aparato policial, nas escolas e tantas outras instituições há provas cabais quanto a práticas e tratamentos diferenciados entre negros e brancos.

É sabido que nas batidas e revistas policiais os negros são os que mais sofrem com a discriminação. Seja negro pobre ou de classe média, sempre será uma vítima em potencial da truculência policial.

Portanto, neste momento de reflexão e formulação de políticas públicas de reparação da dignidade e da cidadania da comunidade negra, é fundamental dizer que a implantação do Estatuto da Igualdade Racial será verdadeiramente o primeiro passo no caminho da libertação deste segmento.

É do conhecimento dos senhores e das senhoras que a dita abolição de 13 de maio significou apenas colocar os escravos na rua, deixando-os sem eira nem beira. Foi um decreto extremamente perverso, pois criou a idéia de liberdade sem dar condições para essas pessoas começarem as suas vidas.

Para onde foram esses escravos? Para onde foram os meninos libertos depois da Lei do Ventre Livre se os seus pais continuavam escravos? Certamente o Estado monárquico teve a insensatez de produzir os primeiros meninos de rua do Brasil. Poderia perguntar também: para onde foram os idosos alforriados pela Lei do Sexagenário? Como começar a vida após 60 anos de escravidão?

Essas são as perguntas que os livros de História e de Ciências Políticas deixaram de fazer como reflexão e introspecção social e individual. A lei da abolição foi um ato estético apenas para cumprir as exigências da opinião pública internacional, que cobrava dos senhores do Império a revogação imediata desse ato.

Em face deste discurso ideológico no sentido de que com a abolição da escravatura instituiu-se finalmente a democracia racial, os negros rebelam-se e insurgem-se nos recantos do País; mobilizam-se e encontram-se, mesmo contra a vontade do Estado e da sociedade.

Quando buscavam apoio nos órgãos governamentais, eram simplesmente repelidos em nome da falsa idéia de país da harmonia racial. O eminente sociólogo Clóvis Moura, autor do livro A Sociologia do Negro, narra em um dos capítulos que certa vez uma comitiva de negros do Estado de São Paulo chegou ao Palácio do Planalto para convidar o ex-Presidente Ernesto Geisel a participar de um encontro e de festejos da comunidade. Foram sumariamente expulsos do gabinete. Na semana seguinte, esse mesmo Presidente foi comemorar no Sul do País a festa de tradição do povo germano-descendente.

Este é o perfil do Estado brasileiro, um Estado que sempre priorizou etnias européias em nome do embranquecimento cultural e desenvolvimento econômico; um Estado que forjou a idéia de que certas habilidades profissionais pertenciam aos europeus, numa falsa concepção da existência de um determinismo social, político e econômico.

O Estatuto da Igualdade Racial será verdadeiramente a grande abolição dos negros neste País. Será o ponto de partida para estabelecer-se a igualdade de oportunidades e de trânsito através de compensações nas políticas públicas.

Não podemos temer a possibilidade de fazer valer o princípio da reparação. Aliás, não consigo entender o estranhamento de certos setores da sociedade, uma vez que o Estado brasileiro sempre adotou esta postura na proteção de segmentos considerados estratégicos. Qual a diferença de cotas para subsídios, subvenções, incentivo fiscal ou perdão de dívidas oficiais?

Portanto, a comunidade negra brasileira não está pedindo favor, mas apenas exigindo o mesmo tratamento nas políticas públicas, já que outros setores vêm recebendo total proteção do Estado.

Assim, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, ao patrocinar essa Conferência, deixa bem claro que enquanto estivermos à frente desse órgão lutaremos com todas as nossas energias para que a comunidade negra finalmente seja reconhecida como cidadã e que tenha os mesmos direitos de todos.

Sras. e Srs. Deputados, podem ter certeza de que estaremos lutando para que o Estatuto da Igualdade Racial seja aprovado, principalmente mantendo a idéia de um fundo compensatório, pois entendemos que a retirada desse item significa repetir a mesma trama maquiavélica feita pelos senhores escravos no texto da Lei Áurea.
Peço, Sr. Presidente, que autorize a divulgação deste pronunciamento nos veículos de comunicação desta Casa.
Muito obrigado.

Aceito que meu WhatsApp seja incluído em uma lista de contatos para recebimentos de avisos sobre o webnário e outros assuntos.