Autor: Deputado Mário Heringer

Mário Heringer concede entrevista à rádio CBN

planodesaude_02Nesta segunda-feira os médicos mineiros começaram a cobrar consulta das pessoas que têm plano de saúde. Segundo o sindicato dos médicos a medida é uma forma de pressionar os planos a reajustarem os preços. A intenção é que os planos reembolsem aos consumidores em vez de passar aos profissionais o valor referente as consultas. A rádio CBN conversou sobre o assunto com o Deputado Federal Mário Heringer que fez parte da CPI que investigou os planos de saúde.

Deputado, bom dia!
Bom dia, é um prazer falar com a CBN.

O Senhor acredita que essa medida surta algum efeito tanto para médicos quanto para consumidores?
Olha, a gente tem que entender que essa medida não nasce da ambição por maior pagamento por consulta, ela nasce da necessidade do médico, do prestador de serviço mostrar à sociedade que há mais de dez anos os planos de saúde vêm sufocando e predando esse sistema suplementar. Nós não queríamos entender isso como um processo regular de negociação, eu não vejo nesse momento nenhuma vantagem para nenhum dos atores desse sistema, nem para o paciente, nem para o médico, nem para o plano de saúde. Essa situação é uma situação extrema e que não deveria acontecer, mas eu compreendo a existência dela, uma vez que os planos de saúde têm obtido aumento desde 1994 maior que 170%, e os prestadores, médicos, dentistas, hospitais, todos os que trabalham na área de saúde com planos de saúde, não obtiveram nesse período nenhum reajuste. Isso é no mínimo uma covardia que se faz, cobrando mais caro do usuário e não repassando a qualidade dos serviços aos prestadores.

E porque que não se consegue que os planos reajustem essas tabelas? Porque que não se pode através de Lei, por exemplo, obrigá-los a fazer essa correção?
Nós temos um projeto de lei que determina os reajustes obtidos pelos planos de saúde sejam automaticamente repassados aos prestadores. Infelizmente, o lobby, a pressão dos planos de saúde, impede que as coisas no Brasil funcionem no âmbito da saúde suplementar de uma maneira normal, tranqüila. O que se busca é a igualdade. Nós queremos que se dê aos médicos, aos hospitais, aos dentistas, uma contraprestação pelo serviço, mas uma contraprestação decente, e infelizmente, a pressão que se faz e a falta de vontade dos que até hoje comandaram a Agência Nacional de Saúde é flagrante, eles não querem de maneira alguma normalizar o funcionamento desse sistema. É simples, é tranqüilo, porque não afetará ninguém, ninguém terá prejuízo do ponto de vista comercial normal, exceto pelo aproveitamento que já usam, e isso aí eles não querem, perder o que já estão levando de vantagem. Me parece muito aquela frase que foi usada há muitos anos numa propaganda comercial que dizia “levar vantagem em tudo” , é assim que os intermediários da saúde suplementar, que são os planos de saúde estão agindo.

É o mesmo lobby tão forte quanto o lobby dos laboratórios farmacêuticos?
Sim, sem dúvida o grande problema nosso é que o poder financeiro está sobrepujando o poder executivo, o poder legislativo, o poder judiciário, esse quarto poder que sempre foi atribuído à mídia, eu posso dizer que hoje é o poder financeiro e a mídia tem a opção de escolher o lado que vai ficar nesse momento, da greve dos médicos, não é o momento de retalhar médicos, dizer que o Procon tem que agir, que o usuário… Claro que o usuário tem direito, mas tem que reconhecer a questão da justiça, esses profissionais estão há mais de dez anos sem a decência no relacionamento comercial, isso precisa ser feito. Laboratórios, planos de saúde, que tem o poder financeiro, estão exercendo o poder no nosso país.

Não é justo que nessa briga do rochedo com o mar, acabe sobrando para o marisco, não é Deputado?
O que ocorre sempre é que o marisco está no meio da pancada. Tudo bem que seja sacudido pra lá e pra cá, porque é normal num relacionamento comercial, mas regras básicas precisam existir, por exemplo o pagamento do serviço prestado não tem data para ser feito, o valor que se manda para cobrança, não é o valor aceito. Se o prestador não aceita trabalhar numa determinada condição, não aceita deixar de fazer um determinado exame, é descredenciado, perde o emprego teoricamente, é mandado embora daquela lista. Pessoas competentes por exemplo, médicos mais antigos, que no passado foram professores universitários, membros do INPS, que são pessoas ativas, não podem hoje entrar no sistema, porque o sistema fechou suas portas, essas pessoas estão no mercado, são competentes e não entram, então não tem um credenciamento seletivo, um credenciamento baseado na qualidade. Um pagamento feito a esses médicos, não pode ser feito em boleto bancário, você recebe o seu boleto bancário em casa para pagar o plano de saúde, mas o médico não pode, pois ele fica refém do dia, da hora, e quanto o plano de saúde quer pagar. Então quer dizer, não há justiça no relacionamento. Eu acho que é isso que os médicos estão querendo agora. Pelo simples fato de pedir o aumento no valor, que é o que está sufocando no momento, eu acho que isso precisa ser feito sim, mas precisa de regularizar esse relacionamento comercial.

Essa decisão dos médicos mineiros só demonstra a insatisfação que aliás já é conhecida com os planos de saúde, uma insatisfação que também é demonstrada pelos consumidores. A CPI dos Planos de Saúde levantou muitos casos de irregularidades que foram cometidos pelas operadoras dos planos, no entanto, parece que elas continuam agindo soberanamente. Qual foi o resultado prático da CPI, Deputado?
Olha, eu vou te dizer que resultado prático não houve algum, porque nós fizemos um relatório, enviamos ao Ministério da Saúde, enviamos ao Ministério Público, à Agência Reguladora, mas daí ao passo definitivo de criar as normas que foram sugeridas por nós na CPI, ficou um vácuo enorme, porque as nomeações dentro da Agência Nacional de Saúde continuam sendo políticas e atendem a um poder superior, que é o poder financeiro, eu não tenho dúvida disso. Pessoas que foram diretores da Agência Nacional de Saúde no mandato passado, voltaram como assessores da Diretoria atual, quer dizer, não mudou nada. Mudou o nome, mas o conceito continua, é uma inoperância total a Agência Nacional de Saúde do ponto de vista de regular o mercado na relação entre prestadores e tomadores, no caso planos de saúde. Então não tem chance de resolver isto, porque não basta só a CPI denunciar, apurar, propor soluções, e no final estas soluções irem para uma gaveta. O ministério da Saúde está com um problema em vários Estados do Brasil com relação a esse movimento de cobrar consulta, não é só em Minas, eu posso lembrar neste momento, a Bahia também está, o Rio de Janeiro esteve há pouco tempo. Está com esse problema porque não quer operar da maneira que tem que ser o serviço, ele não quer normatizar. Tem uma história de uma contratualização que é a grande desculpa que eles dão. “Olha, estamos agora fazendo a contratualização”. Essa contratualização não é nada mais nada menos que um mecanismo para fingir que está trabalhando e nesse momento determinar na hora que o hospital, ou médico, ou odontólogo vai fazer uma renovação desse contrato, se ele não aceitar as regras que o convênio impõe naquele momento, propicia com mais facilidade ainda o descredenciamento, isso é na verdade uma proposta para desemprego.

Em uma entrevista que o Senhor fazia aqui na CBN de Belo Horizonte no final do ano passado, o Senhor já dizia que os médicos eram reféns das operadoras de planos de saúde tanto quanto os consumidores. Essa decisão dos médicos mineiros, é bom que se diga, o vilão dessa história são os planos de saúde, mas essa decisão pode transformar aos olhos do consumidor, o médico em vilão?
Olha, eu acho que pode sim, foi por isso que eu disse que cabe ao poder, à mídia mostrar isso com realidade, mostrar isso com verdade. Porque nesse momento o que vai se dizer nos Procon’s o que vai se dizer em órgãos de defesa do consumidor é que o consumidor tem direito e ninguém nega esse direito mas esses órgãos precisam de olhar esse relacionamento com justiça, senão o médico vai continuar debilitado, como um vilão, como você disse, um marisco, no meio da guerra entre o rochedo e o mar e nós vamos continuar com um sistema perneta que está realmente dificultando a vida de diversos profissionais. Eu acho que nesse momento, para que o sistema possa continuar forte, continuar persistindo e prestando um serviço de qualidade para nossa sociedade é importante que os tomadores, que os planos de saúde, reconheçam que durante esses últimos dez anos, não repassaram nenhum reajuste obtido para os médicos. Reconheçam isso, façam algum acordo, para poder melhorar essa condição financeira, e não parem por aí, que estabeleçam um relacionamento comercial decente, para que não sejam vistos no mercado como predadores, pessoas que estão num negócio só para tirar o máximo, detonar o sistema, e depois inventar uma outra forma de ganhar dinheiro que é o que vem acontecendo hoje, infelizmente, na relação do plano com o prestador médico, no caso.

Talvez hoje no Brasil, o único negócio melhor do que ser dono de plano de saúde ou de um laboratório multinacional, seja ser dono de um banco?
Olha, esses três negócios são ótimos, eu não conheço o gerenciamento bem, mas ter também uma mina para extrair petróleo deve ser muito bom. Realmente é o domínio do poder financeiro. Quem pode mais é quem tem mais dinheiro no bolso para pressionar, não estou nem dizendo de uma forma ilícita não, mas criar situações que outro lado fique imobilizado.

Deputado Mário Heringer, muito obrigado pela entrevista, prazer tê-lo conosco Deputado, um bom dia para o Senhor.

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a legislação que regula o setor de saúde suplementar no Brasil tem se mostrado ineficaz no que respeita às relações comerciais e trabalhistas existentes entre os planos de seguros e de assistência à saúde, os profissionais das áreas médica e odontológica que lhes prestam serviços e os consumidores.

Consciente da necessidade de aprimoramento dessa legislação, reuni-me com alguns colegas Parlamentares, que, como eu, são médicos por profissão, e sugerimos ao Exmo. Sr. Ministro da Saúde, Humberto Costa, a regulação das seguintes propostas para garantir o equilíbrio normativo entre operadoras, prestadores e consumidores:

1) Garantia de recebimento por serviço prestado
Garantir que os procedimentos previamente autorizados pelas operadoras de planos de saúde não possam ser submetidos a recursos administrativos para protelação ou suspensão de pagamento, uma vez que sua realização encontra-se condicionada a prévia autorização por parte da operadora.

2) Garantia de pagamento por meio de cobrança bancária
Assegurar às pessoas físicas ou jurídicas que negociam diretamente com as operadoras de planos de saúde o direito de efetuarem, de forma ágil e prática, suas transações comerciais por meio da rede bancária oficial, utilizando-se do recurso de faturas ou boletos bancários.

3) Determinação de prazos para ressarcimento de serviços prestados
Determinar um prazo máximo para que as operadoras de planos de assistência à saúde liquidem seus compromissos financeiros com os profissionais de saúde que lhes prestam serviços, evitando a prática, hoje comum, de adiamento interminável dos pagamentos, origem de prejuízos financeiros muitas vezes irreparáveis aos prestadores de serviço médico/odontológico.

4) Determinação de critérios para descredenciamento
Determinar que o descredenciamento de profissionais de saúde e entidades clínicas e hospitalares restrinja-se a razões de ordem legal, ética, sanitária ou de erro médico comprovado, impossibilitando, dessa forma, ações injustificadas da operadora ou em benefício próprio da mesma.

5) Proibição de recusa de credenciamento de profissionais
Estabelecer proibição à recusa, por parte das operadoras de planos de assistência à saúde, de credenciamento de profissionais de saúde que comprovem os seguintes requisitos básicos para o exercício de sua atividade com qualidade: graduação em Medicina ou Odontologia, residência médica ou equivalente, e registro no Conselho Regional de Medicina ou de Odontologia onde atua ou pretende atuar.

6) Determinação de padronização dos formulários de trabalho
Determinar que as operadoras de planos de assistência à saúde fiquem obrigadas à utilização de formulários padronizados, de acordo com modelo apresentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para a solicitação de exames, consultas, transferências de pacientes, perícias, cobranças e outras atividades que constituam os serviços contratados pelo consumidor.

7) Obrigatoriedade de divulgação de relatório de pagamento completo e detalhado
Tornar obrigatória às operadoras de planos de assistência à saúde a emissão de relatório completo, no ato do reembolso ou pagamento por serviços prestados, identificando o valor cobrado pelo prestador, o valor reconhecido pela operadora, o resultado da diferença existente entre ambos os valores, bem assim a justificativa para essa diferença, discriminando, igualmente, os valores referentes a glosa, tributos retidos, erro ou outra causa.

8) Proibição de contratos profissionais com previsão de unimilitância
Estabelecer proibição de que as operadoras de planos de assistência à saúde imponham aos profissionais de saúde contratos de exclusividade ou que contenham cláusulas com previsão de restrição a sua atividade profissional.

9) Obrigatoriedade de resposta imediata para autorização ou recusa de procedimento
Tornar obrigatória às operadoras de planos de assistência à saúde a disponibilização de serviço de atendimento 24 horas para fins de resposta a solicitação de autorização de procedimento, de modo a proibir às mesmas adiarem, sob qualquer pretexto ou alegação, ou se recusarem à prestação de resposta imediata às solicitações de autorização.

10) Criação de instrumento de denúncia contra desrespeitos aos direitos do consumidor
Constituir, por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar, unidade estatal para fiscalização das relações entre as operadoras de planos de assistência à saúde e os consumidores, com disponibilização pública de central para comunicação e registro de queixas e denúncias, obrigando as operadoras a comunicarem a seus clientes a existência de tal unidade, bem assim os meios de acesso à mesma.
Essas propostas, Sr. Presidente, em sua maioria estão contidas nos Projetos de Lei nºs 2.056/03, 1.603/03 e 3.058/04, que apresentei nesta Casa. Porém, independentemente do empenho que tenho feito neste Parlamento, sinto-me na obrigação de recorrer a todos os meios legais em busca de uma solução para o estabelecimento de normas que regulem o setor de saúde suplementar com justiça e equilíbrio.
Como legislador, não posso me eximir dessa responsabilidade, pois a inexistência de dispositivos claros e positivados no atual quadro normativo que regula as relações trabalhistas e comerciais e os direitos do consumidor no campo da saúde favorece os interesses das operadoras em detrimento dos interesses dos prestadores e consumidores desse serviço.

Tenho certeza de que o Exmo. Sr. Ministro Humberto Costa também não será omisso e acolherá as sugestões que encaminhamos, a fim de promover, com igualdade e justiça, a defesa dos interesses da coletividade.
Muito obrigado.

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias realizou ontem audiência pública para tratar sobre “Direitos Humanos e Direitos Indígenas e o Lançamento no Brasil da Campanha Educativa sobre Direitos Humanos e Direitos Indígenas”. Para mim, é grande o paradoxo diante da dualidade conceitual, histórica e ética, instituída pela militância acadêmica, de colocar uma espécie de direito do ser humano de um lado e, de outro, o direito do índio, como se fossem antagônicos.

Claro que entendemos este antagonismo como produto da própria invenção da história moderna que o mundo ocidental sustentou na sua teoria de desenvolvimento humano. É evidente que, quando se traçaram os primeiros tratados sobre direitos humanos, não se pensava no índio, no negro, na questão de gênero e em outras diversidades próprias da existência humana. O padrão de humano preconizado na Carta de 1948 constitui-se na estética e civilidade européia, excluindo radicalmente outros povos e outras experiências humana. Tanto isso é verdade, Sr. Presidente, que, na ocasião em que a Câmara dos Deputados promoveu uma reforma nas Comissões Permanentes, houve enorme resistência em se colocar as questões das “minorias” juntamente com outras demandas tradicionais da área dos Direitos Humanos. Razão pela qual as questões indígena e de outras minorias sempre foram relegadas a segundo plano no processo legislativo. Até o ano passado, as minorias estavam niveladas às questões ambientais e do consumidor, numa verdadeira afronta ao ideal de uma sociedade multicultural e multifacetária, como de fato somos.

Estou ciente de que a nossa audiência é de extrema relevância e muito oportuna, principalmente diante dos últimos acontecimentos que vêm gerando conflitos entre a sociedade dita civilizada e nações indígenas. Sabemos que a visão etnocêntrica da sociedade acaba corroborando com o acirramento de conflitos. A idéia de que o “índio é igual a outro índio,” que é “preguiçoso” não passa de uma idiossincrasia daqueles que insistem em negar a complexidade étnica da sociedade nativa brasileira.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem acompanhado os últimos fatos relacionados com as comunidades indígenas. Lamentavelmente, estamos assistindo, perplexos, a uma crescente onda de violência entre os próprios índios, sem falar nos conflitos entre índios e garimpeiros, entre índios e comunidades não-indígenas, que vêm aumentando nesta última década de recessão econômica e de enxugamento da máquina do Estado.

Entendo que o episódio da Casa de Vivência em Sobradinho, Distrito Federal é um reflexo da própria negação do Estado e da sociedade, que não querem reconhecer o direito indigenato. Também estou convencido de que o episódio em Rondônia é um reflexo da falta de uma política clara e objetiva, do desinteresse em se buscar uma solução definitiva que possa fazer do Brasil uma nação verdadeiramente pacífica e digna do título de democracia racial. O descaso em não dar prosseguimento à tramitação do Estatuto do Índio já é um sinal de que o Estado e o Governo não consideram essa questão como prioridade.

Vale lembrar que o Estatuto do Índio tramita nesta Casa há mais de 10 anos, sem qualquer expectativa de ser incluído na agenda política e legislativa do Parlamento. Creio que, se o Estatuto fosse aprovado, várias questões estariam resolvidas, uma vez que a própria comunidade nativa brasileira tem interesse em obter um mínimo de direitos e deveres junto aos preceitos legais que norteiam o Estado Democrático de Direito.

Ao realizarmos essa audiência, queremos reiterar o nosso compromisso de que aquela Comissão iniciará uma campanha em favor da inclusão do Estatuto do Índio na Ordem do Dia dos trabalhados da Casa, pois tenho a compreensão de magistrado de que não adianta aqui sacrificar apenas a FUNAI, enquanto percebemos o seu progressivo esvaziamento institucional, juntamente com a falta de recursos para gerir as demandas da comunidade nativa.

Também queremos reafirmar ao Presidente da FUNAI que a nossa Comissão se prontifica a colocar-se como mediadora dos conflitos. Não queremos usar esta tribuna e todos os meios institucionais e políticos que esta Comissão goza apenas para fazer “denuncismo” vazio e desproposital, mas, sim, promover uma integração capaz de superar o burocratismo que impera na atual administração pública; para, enfim, numa parceria, construir um projeto que resolva em definitivo os conflitos e as contradições existentes entre brancos, negros e índios.

A aprovação do projeto de lei que institui Estatuto do Índio seria o marco legal para a superação dos conflitos existentes entre nativos e não-nativos brasileiros. Uma nação fraterna pressupõe um tratamento igualitário por parte do Estado; caso contrário, corremos o risco de assistir a uma barbárie étnica.
Na medida em que cresce a consciência dos povos que se sentem excluídos das políticas públicas e do projeto de nação brasileira, cresce, na mesma escala, a possibilidade de guerra étnica.
Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.

Artistas acompanham votação do trabalho escravo


Os atores Letícia Sabatella, Marcos Winter e Chico Diaz, que são da OnG Humanos Direitos, conversaram com deputados e jornalistas, buscando defender a aprovação da PEC. Mais cedo, os artistas estiveram com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Mário Heringer, com a intenção de demonstrar apoio à luta contra o trabalho escravo.

O Movimento Humanos Direitos conta com o apoio de atores, jornalistas, cartunistas, artistas plásticos, religiosos, professores, escritores e músicos e foi formado para usar a popularidade desses profissionais em favor dos Direitos Humanos.

Fonte: Agência Câmara

Creche Gente Inocente recebe donativos


Crianças da Creche Gente Inocente Márcio Marcelino recebe as doaçõe

Em recente visita a Governador Valadares o Deputado Mário Heringer constata, através de ação voluntariosa dos funcionários dos Correios de Minas, que arrecadam donativos para os mais necessitados, que a palavra “solidariedade” se faz presente nos corações daqueles servidores.

É preciso reconhecer que a maior empresa pública do país, tem em seus quadros funcionários valorosos e preocupados com a questão social brasileira. Parabéns ao espítio solidário desses brasileiros:

“Caro Deputado Mario Heringer, conforme havíamos prometido, começamos a apoiar a creche Escola Gente Inocente, de Governador Valadares e iremos manter esse apoio através de campanhas permanentes.

Recentemente entregamos à creche: 26 Cobertores; 52 Kit Escolar – 114 Agasalhos, R$ 300,00, Cadernos, etc; Esses donativos foram entregue na semana passada ao Sr. Marcelino, responsável pela creche.”

Atte,
João José Pinto Reis

Histórico e Campanhas Vitoriosas da Frente Parlamentar de Saúde



Frente Parlamentar da Saúde – FPS
Entidade civil sem fins lucrativos de natureza política não ideológica e suprapartidária com atuação na Câmara dos Deputados. O objetivo principal da Frente Parlamentar da Saúde é o de trabalhar, solidária e coordenadamente, para transformar em realidade viva e concreta do povo brasileiro os princípios doutrinários e constitucionais que entendem a SAÚDE como o bem mais precioso da vida, direito social inalienável e responsabilidade maior do Estado. Conta atualmente com a adesão de 237 deputados e 23 senadores.

Histórico
A Frente Parlamentar da Saúde – FPS foi fundada em 10 de março de 1993, com a participação, entre outros, do Excelentíssimo Senhor Deputado Inocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados, do Senhor Ministro da Saúde, Dr. Jamil Haddad e do Deputado Chafic Farhat, Coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, idealizador e primeiro coordenador deste movimento que tomou expressivo vulto, não só no âmbito do Congresso Nacional, mas também em outras unidades da Federação.
Após um breve período paralisada, no dia 29 de abril de 2003 foi reinstalada a Frente Parlamentar da Saúde- FPS, conclamando todos os parlamentares e entidades representativas do setor a fortalecerem os objetivos e princípios em prol da saúde com qualidade para o cidadão brasileiro.

Campanhas vitoriosas em 2003
1) Desvinculação de Receitas Estaduais (DRE) e municipais (DRM). Encaminhada ao Congresso pelo Governo Federal, a medida constava da Reforma Tributária. Foi rechaçada de imediato pela FPS e retirada da proposta aprovada. Tal desvinculção teria provocado uma perda estimada em R$ 12 bilhões nos recursos da saúde.

2) Desvinculação da CPMF Criada para financiar a saúde, a CPMF hoje destina apenas 0,20% da arrecadação para o setor. Ainda assim, no projeto da Reforma Tributária, o Governo propôs desvincular também este percentual. A FPS novamente enfrentou o Governo sustentando o argumento definitivo que garante ser este pequeno percentual que viabiliza o fluxo constante de caixa e alimenta o SUS.

3) Emenda Constitucional nº 29 Esta foi uma da maiores lutas empreendidas por uma entidade suprapartidária ocorrida no Congresso Nacional, em 2003. A FPS mobilizou deputados, senadores e entidades da sociedade civil a lutarem pelo cumprimento da Emenda Constitucional nº 29, que vincula os recursos da saúde ao PIB. No Orçamento enviado pelo Governo estavam sendo retirados do setor da saúde cerca de R$ 4 bilhões para utilização em programas correlatos e assistencialistas. A FPS mobilizou seus integrantes e as entidades representativas do setor e promoveu uma das manifestações de maior repercussão do Congresso Nacional, o “Jalecaço”. Mais de 150 parlamentares vestiram-se de médico e ocuparam o plenário da Câmara dos Deputados em ato amplamente divulgado pela mídia. Alertado por suas lideranças, o Governo recuou e cumpriu a Constituição no que se refere ao orçamento do Ministério da Saúde.

4) Orçamento Geral da União/2004. Ainda no Orçamento para 2004, o Governo havia destinado cerca de R$ 2,3 bilhão como reserva de contingência para uso a critério exclusivo do Ministro da Saúde. A FPS identificou o absurdo e, na Comissão Mista do Orçamento, apresentou emenda que redistribuiu, per capita, os recursos aos Estados.

5) Peritos médicos do INSS. A Frente Parlamentar da Saúde teve atuação decisiva na luta empreendida pelos peritos médicos do INSS pela aprovação do Plano de Cargos e Salários da categoria quando, junto com a Comissão de Negociação formada pelos profissionais, esteve com o Ministro da Previdência manifestando apoio à causa dos peritos e na elaboração do relatório final do projeto do Plano de Cargos e Salários elaborado por um de seus filiados.

6) Estratégia Global para uma alimentação saudável – Organização Mundial da Saúde (OMS). A FPS posicionou-se perante o Governo favoravelmente à campanha da Organização Mundial da Saúde- OMS sobre alimentação saudável e atividade física para prevenção da obesidade. Uma desarticulação entre os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores e interesses econômicos da área agrícola estava impedindo a participação brasileira na campanha de âmbito mundial. Procurada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a FPS apresentou solicitação ao Governo no sentido da importância da participação brasileira, em acordo com as entidades científicas nacionais e preocupada com os graves problemas causados pela obesidade.

7) Cofins: Outra grande vitória da Frente Parlamentar da Saúde aconteceu na luta pela manutenção da alíquota da Cofins do setor saúde em 3%. Desde outubro, quando enviou projeto aumentando a alíquota para 7,6%, o Governo enfrentou forte oposição da Frente e, já no Senado, mais uma vez recuou atendendo às reivindicações da saúde. Além de barrar o aumento, a FPS conseguiu também impedir a cobrança de imposto sobre a importação de insumos e equipamentos para o setor. Se aprovadas, tais medidas iriam impossibilitar a sobrevivência de inúmeros estabelecimentos de serviços de saúde e aumentar excessivamente os custos de exames para os usuários finais bem como os custos do setor e os preços dos medicamentos.

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje pela manhã, na condição de Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, com o apoio da Câmara dos Deputados, tivemos a honra de participar da abertura do seminário internacional A Ética na Televisão em Países Democráticos.

O tema, muito apropriado para os dias atuais, visa, através da campanha Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania, elevar a qualidade do conteúdo televisivo mostrado nos programas de TV de canais abertos e oferecidos ao público brasileiro.

Peço licença a V.Exas. para ler o discurso que fiz na abertura do referido seminário, como também a relação dos painéis e dos respectivos participantes:

“Senhor Coordenador da Campanha da Comissão de Direitos Humanos ‘Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania’, Deputado Orlando Fantazzini, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estudantes, professores e convidados, como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, sinto-me extremamente honrado em participar deste importante seminário, intitulado ‘Ética na Televisão em Países Democráticos’. Desde já, quero reafirmar o meu compromisso não só de apoiar do ponto de vista institucional, mas de inserir-me neste projeto, por entender sua importância para a construção e a consolidação da cidadania e do Estado democrático de direito e social.

Estou ciente de que a campanha ‘Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania’ ultrapassou os limites da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, fazendo parte, de maneira crescente, da própria vontade da sociedade civil organizada em querer sonhar e engajar-se por uma televisão brasileira mais cidadã, laica, plural, educativa e multicultural.

A parceria com a UNESCO e, mais recentemente, com o Conselho Federal de Psicologia é um sinal claro de que a campanha tornou-se um patrimônio coletivo, impessoal e apartidário.

As constantes denúncias recebidas pela Comissão sobre a má qualidade programática das televisões é um bom sinal de que a população brasileira já percebe o seu potencial de mobilização diante de todos os atos que intentam contra a ética, a cidadania e a formação da sua condição humana.

Sabemos que a televisão privada, na sua natureza de estratégia e de sobrevivência mercadológica, muitas vezes age de forma dúbia.

Tornam-se cada vez mais raros nos canais abertos programas de qualidade e com a relevância temática que o público brasileiro requer.

No entanto, freqüentemente, boa parte de grades televisivas de emissoras brasileiras de canais abertos, com a explícita conivência do Estado e de setores da sociedade, restringem-se a futilidade, cenas de violências, esperteza, ‘jeitinhos brasileiros’ e sensacionalismo policial, sem contar com a disseminação do preconceito, sexismo, homofobismo, racismo, fanatismo religioso, presentes subliminarmente em programas que muitas vezes julgamos ser sérios e de conduta ilibada.

Entendo que precisamos consolidar cada vez mais a campanha ‘Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania’ na estrutura do próprio Estado e do conjunto da sociedade. Infelizmente grande parte da população encontra-se excluída do mundo infoviário, do ínfimo mundo dos internautas brasileiros.

Por essas razões, estou convicto de que precisamos apoiar incondicionalmente essa campanha e, se possível, avançar na luta pela democratização da rede televisiva brasileira.

É bom lembrar que este discurso fez parte das grandes bandeiras na luta pela democratização do País nos anos 80. Pois bem sabemos que, por um lado, temos uma televisão aquém da expectativa e da demanda cultural, educacional e ética, e, por outro lado, que o Estado é co-responsável pela qualidade e pelo marco teórico, político e ideológico de todo o complexo televisivo, uma vez que os critérios de concessões desses espaços comunicacionais sempre ficaram a cargo do Estado, na figura do Executivo e do Senado Federal.

Assim, julgo ser de grande importância didática e jurídica este nosso seminário internacional para o Parlamento e a sociedade brasileira. Não tenho dúvida de que os depoimentos de especialistas nacionais e internacionais servirão de parâmetros para o aperfeiçoamento de uma nova legislação, destacando-se apenas a importância de se preservar sempre o espírito multifacetário da sociedade, pois seguramente devemos evitar o caminho do maniqueísmo, da tutela absolutista do Estado e, principalmente, da cosmovisão fundamentalista e reducionista de determinados grupos sociais que se julgam guardiões de uma pressuposta vontade popular.

Saúdo os participantes deste seminário e os conclamo para que possamos promover no futuro breve um seminário para debatermos os desafios institucional e político das redes públicas e estatais na construção da cidadania inclusiva brasileira”.

Segue a relação dos painéis e dos respectivos participantes:
“9h – Abertura:
Exibição de anúncio da campanha ‘Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania”, produzido pela TV Câmara, que será disponibilizado a toda a rede pública de comunicação.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Mário Heringer.
Coordenador da Campanha ‘Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania’, Deputado Orlando Fantazzini.
9h30 – Conferência Magna: ‘O que significa a liberdade de expressão na TV e no Rádio?’
Eduardo Bertoni, Relator Especial para o direito à liberdade de expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA).
10h30 – Painel I: Liberdade de Expressão, Ética e Controle Social
Presidente da Mesa: Deputado Chico Alencar.
Eugênio Bucci, Presidente da Radiobrás.
Venício Arthur de Lima, Professor do Instituto de Educação Superior de Brasília.
12h30 – Intervalo para almoço.
13h30 – Painel II: As democracias ocidentais e as concessões públicas para Rádio e TV.
Presidente da Mesa: Deputado Dr. Evilásio.
Milton Nogueira, funcionário aposentado da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).
Laurindo Lalo Leal Filho, ONG TVer e Escola de Comunicação e Artes da USP.
Regina dos Santos, Presidente da Sociedade Cultural Dombali.
Michael Feiner, conselheiro de imprensa da Embaixada da Alemanha.
17h30 – Painel III: Possibilidades de um regramento ético-jurídico para a televisão no Brasil.
Presidente da Mesa: Deputado Orlando Fantazzini.
Ângela Guadagnin, relatora do Projeto de Lei nº 1.600/2003, que institui o Código de Ética da Programação Televisiva.
Cláudia Chagas, Secretária Nacional de Justiça.
Ricardo Moretzohn, Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
19h30 – Encerramento”.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.

Municípios Beneficiados 2004


Ministério Município Valor Destinação
Desenvolvimento Social e Combate à Fome Governador Valadares R$ 20.000,00 Serviços de Proteção Sócio-assistencial à Infância e à Adolescência para a Creche Escola Gente Inocente
Esporte Manhumirim R$ 300.000,00 Quadras de Esporte
Minas e Energia Carangola, Alto Caparão, Quartel Geral, Faria Lemos R$ 60.000,00 Projeto Estruturador “100% de Eletrificação Rural
Luz para Todos”


Processo Convênio Município Valor Empenhado Objeto Data do Pagamento
25000057532200481 4178/2004 Barroso R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO
25000057551200416 4180/2004 Carangola R$ 94.400,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO
25000057730200445 5454/2004 Durandé R$ 94.400,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 09/05/2005
25000057843200441 4184/2004 Juiz de Fora R$ 94.400,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 07/05/2005
25000058623200434 4200/2004 Taparuba R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 24/06/2005
25000058626200478 4202/2004 Tombos R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 07/05/2005
25000059891200473 3395/2004 Martins Soares R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 13/10/2005
25000059897200441 4198/2004 Muriaé R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO
25000059919200472 4186/2004 Reduto R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 24/06/2005
25000061831200411 4177/2004 Alto Jequitibá R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 09/05/2005
25000061877200430 5408/2004 Caiana R$ 94.400,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 24/06/2005
25000061923200409 4182/2004 Faria Lemos R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 07/05/2005
25000061935200425 4183/2004 Ipaba R$ 88.000,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 09/05/2005
25000071096200453 4175/2004 Governador Valadares R$ 200.000,00 Conclusão de Unidade de Saúde – Ampliação do Hospital Bom Samaritano
25000174820200408 4196/2004 Manhumirim R$ 94.400,00 Aquisição de Unidade Móvel de Saúde PAGO 07/05/2005


Composição das Câmaras de Vereadores após a aprovação da PEC 333/2004

vereadores_178Ao mesmo tempo em que assegura o direito adquirido dos vereadores que se encontram no exercício de seus mandatos, o Substitutivo apresentado determina a posse dos edis (nas vagas adicionais decorrentes da nova redação do inciso IV do art. 29) no primeiro dia do exercício financeiro subseqüente ao da aprovação da Emenda Constitucional. Por sua vez, os direitos financeiros dos candidatos empossados nessas vagas somente serão produzidos a partir da posse, sem direito à remuneração retroativa.
Para a composição das Câmaras Municipais serão observados os seguintes limites:

População
De:                           Até:
N° de
Vagas
N° de
Municípios
N° total de
Vereadores
0
15.001
30.001
50.001
70.001
90.001
160.001
300.001
450.001
600.001
750.001
900.001
1.050.001
1.200.001
1.350.001
1.500.001
1.800.001
2.400.001
3.000.001
4.000.001
5.000.001
6.000.001
7.000.001
8.000.001
15.000
30.000
50.000
70.000
90.000
160.000
300.000
450.000
600.000
750.000
900.000
1.050.000
1.200.000
1.350.000
1.500.000
1.800.000
2.400.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
51
53
55
3.441
1.106
440
165
103
141
81
36
14
6
5
4
0
2
2
3
2
1
0
0
0
1
0
1
30.969
12.166
5.720
2.475
1.751
2.679
1.701
828
350
162
145
124
0
70
74
117
82
43
0
0
0
51
0
55
Total
5.554
59.562

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