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Folha de São Paulo: Câmara discute mudar repasse para municípios

Folha de São Paulo: Câmara discute mudar repasse para municípios

“A maior vantagem da proposta é que corrige os repasses. A resolução do TSE reduziu à metade as cadeiras, mas manteve os repasses. Virou uma farra”

A Câmara dos Deputados discutirá, a partir desta semana, mudanças nos repasses para as Câmaras Municipais e a relação entre número de vereadores e habitantes dos municípios. A comissão especial criada pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), terá como objetivo discutir a PEC (proposta de emenda constitucional) do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).

O projeto reduz de nove para sete o número mínimo de vereadores e amplia de quatro para seis as faixas populacionais que determinam o percentual dos recursos arrecadados pela União que devem ser repassados aos municípios. “A proposta vai no sentido da economicidade. A Câmara cortou recesso e verbas extras, as Assembléias vão cortar e os municípios também têm que entrar no ajuste”, disse.

A PEC reduz o percentual máximo de repasse da receita tributária e das transferências para as cidades com até 100 mil habitantes -de 8% para 7,5%. Os repasses para as cidades com mais de 500 mil pessoas também podem ser reduzidos. Para municípios entre 1,5 milhão e 3 milhões de habitantes, o percentual passaria de 5% para 4,5%. Para cidades com mais de 3 milhões de habitantes, a queda seria para 4%.

“A maior vantagem da proposta é que corrige os repasses. A resolução do TSE reduziu à metade as cadeiras, mas manteve os repasses. Virou uma farra”, disse o deputado.

Em três capitais com aumento da bancada municipal -Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Manaus (AM)-, as câmaras dizem que o novo gasto não comprometeu investimentos. Em Belo Horizonte, o aumento de quatro vereadores comprometeu 3,8% do orçamento anual da Câmara. Segundo o presidente em exercício da Casa, Tarcísio Caixeta (PT), nada que prejudique os investimentos. Foi o mesmo argumento do presidente da Câmara de Manaus, Chico Preto (PMDB) para o ingresso de quatro novos vereadores. Em Salvador, com seis vereadores a mais, o Legislativo devolveu R$ 6,7 milhões à prefeitura.

FONTE: AGÊNCIA FOLHA (31/01/2006)

Mário Heringer defende na imprensa volta dos suplentes


O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente dos Vereadores, defendeu em várias entreevistas dadas à diversos veículos de comunicação do país, a volta dos suplentes de vereadores. Segundo ele, depois de instalada a Comissão Especial na Câmara dos Deputados, o caminho será fazer uma emenda para reestabelecer a justiça e o direito daqueles que foram impedidos de assumir os mandatos. Leia na íntegra algumas matérias:

Matéria publicada no jornal Estado de Minas em 05/01/2006:


Suplentes de olho em proposta

A Frente de Vereadores, liderada pelo deputado federal mineiro Mário Heringer (PDT), espera que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, que altera o limite de despesas e a composição das câmaras municipais, seja apreciada durante a convocação extraordinária do Congresso Nacional, que vigora até fevereiro. Os deputados deverão criar uma Comissão Especial para analisar o conteúdo da polêmica PEC 333, antes de submetê-la aos plenários da Câmara e do Senado. Se aprovada a proposta, o número de vereadores voltará a ser, na maioria das cidades, o mesmo anterior à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do ano passado, que reduziu 8.528 cadeiras no Legislativo municipal brasileiro.

Em meados do último mês de dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou por unanimidade a PEC 333, fornecendo munição aos suplentes não eleitos em 2004 por força da norma do TSE. “Acredito que vai haver uma emenda à PEC para que estes vereadores sejam empossados”, disse o Heringer, que representa 215 deputados e 20 senadores. “Acho justo que voltem aos seus cargos, que lhe foram retirados de maneira truculenta e injusta”, completou. De acordo com Heringer, o principal argumento do TSE – de que a diminuição do número de vereadores reduziria os gastos do Legislativo municipal – caiu por terra, uma vez que os repasses para as Câmaras, em 2005, continuaram os mesmos previstos na Constituição.

O deputado ressalta que a PEC 333, embora amplie o quadro de vereadores aos níveis da legislatura passada, propõe, por outro lado, a diminuição de repasses para o Legislativo, representando uma economia de R$1,5 a R$ 2 bilhões para os cofres dos municípios. TRAMITAÇÃO A Comissão Especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para proferir parecer. “Agora começa uma discussão prática do mérito das mudanças”, afirmou Heringer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo plenário da casa em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Após aprovação na Câmara dos Deputados, a PEC 333 segue para o Senado, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se aprovado o texto da Câmara dos Deputados, a emenda é promulgada pelo Congresso. Se for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma casa para outra até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas casas. A previsão de Heringer é que a PEC seja votada até abril pelo Senado.

Segundo ele, a medida é de grande importância para o país, pois, além de reduzir as despesas das câmaras municipais, irá estabelecer regras claras a respeito da representação proporcional. “A Constituição prevê a distribuição proporcional, mas não diz o mínimo e nem o máximo. Com isso, fica um vácuo jurídico que motivou a normatização do TSE”, justifica.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Mira Estrela, município no Noroeste de São Paulo com 2,5 mil habitantes, será duplamente “penalizado”, caso a PEC 333/04 seja aprovada. A cidade se enquadra na primeira faixa populacional do projeto (até 5 mil habitantes) e, por isso, terá que reduzir de nove para sete o total de vereadores. Curiosamente, o processo que levou o TSE a diminuir a quantidade de parlamentares municipais em todo o país começou em Mira Estrela, no início da década de 90. Naquela época, uma Ação Civil Pública, impetrada pelo Ministério Público, propôs a inconstitucionalidade da Lei Orgânica do município, que havia fixado em 11 o total de vereadores.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento do recurso extraordinário, em abril do ano passado, confirmou a tese do MP paulista, levando o TSE a editar a Resolução 21.702, que estabeleceu faixas populacionais com número exato de vereadores para cada faixa. “Vamos perder material humano. O pessoal trabalha unido para conseguir benefícios”, lamenta o presidente da Câmara de Mira Estrela, Odair Nogueira, caso o Legislativo seja obrigado a baixar pela segunda vez o número cadeiras. De acordo com o texto da PEC 333, municípios com os mesmos níveis populacionais de Mira Estrela também sofrerão cortes no repasse de verbas, passando de 8% para 7,5% da receita tributária municipal. “Se diminuir o número de vereadores, aí tudo bem reduzir o repasse”, avalia.

Matéria publicada no jornal Hoje em Dia em 26/12/2005:
Elizeu Lopes
Repórter

O Brasil pode ter mais 3.500 vereadores em 2008, sendo 520 em Minas se o Congresso Nacional aprovar, no primeiro semestre de 2006, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 333, do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), que fixa nova proporcionalidade para o número de vereadores por município. A PEC, apesar de prever o aumento do número de vereadores, vai reduzir, por outro lado, em R$ 1 bilhão o repasse de recursos para as Câmaras Municipais.

Hoje, a Constituição Federal permite a destinação de até 8% da receita do município para as câmaras. A PEC reduz este percentual para 7,5% e, mesmo assim, só para as câmaras de municípios com até 100 mil habitantes. De 100.001 até 250 mil habitantes, o índice será de 6,5%; de 250.001 a 500.000, será de 5,5%; de 500.001 a 1.500.000, 5%; de 1.500.001 até 3.000.000 será de 4,5%; e acima de 3 milhões, 4%.

A PEC fixa também 25 composições para as câmaras municipais. Os municípios com até 5 mil habitantes terão sete vereadores; de 5.001 a 15 mil, nove; de 15.001 a 25.000, terão 11; de 25.001 a 45 mil, terão 13; de 45.001 a 70.000, terão 15; de 70.001 até 100.000, terão 17; de 100.001 a 250.000, terão 19; de 250.001 a 500.000, terão 21; de 500.001 a 600.000, terão 23. As outras 16 faixas, que variam de 600 mil a 10 milhões, não atingem nenhum município do interior mineiro.

Belo Horizonte, com 2.350.564 habitantes, está na faixa entre 2 a 3 milhões e deverá perder dois vereadores. Tem 41 e só poderá ter 39. De acordo com o anuário deste ano da Associação Mineira de Municípios (AMM), Contagem, na Grande-BH, tem a segunda maior população do Estado, com 583.386 habitantes; Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem a terceira, com 570.042; e Juiz de Fora, na Zona da Mata, a quarta, com 493.121. Contagem e Uberlândia têm hoje 20 vereadores e passariam a ter 23. Juiz de Fora, que tem 19, passaria a ter 21.

A Resolução 21.803, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baixou em 2004, reduziu em todo o país o número de vereadores, de acordo com os critérios declarados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do recurso 197.917.

Com a redução, Minas deixou de empossar 1.240 vereadores. Em 2000, elegeu 9.093 e, em 2004, 7.853. Em nível nacional, em 2000, nos 5.562 municípios, foram eleitos 60.229 vereadores e, em 2004, 51.748, sendo 8.545 a menos.

Entre os municípios mineiros que mais perderam vereadores estão Barbacena, no Campo das Vertentes, que tinha 19, perdeu oito e passou para 11; Aimorés, no Vale do Rio Doce, tinha 15 e passou para 9; Araguari, no Triângulo Mineiro, tinha 17 e passou para 11; Araxá, também no Triângulo, tinha 15 e passou para 10; Arcos, no Centro-Oeste, tinha 15 e passou para nove; e Conselheiro Lafaiete, no Alto Paraopeba, tinha 17, perdeu seis e passou para 11.

Pompeo de Mattos disse ao HOJE EM DIA, que o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) vai apresentar uma emenda propondo que o número de vereadores da atual legislatura, iniciada em janeiro deste ano (2005) e que vai até 2008, seja o mesmo da legislatura passada, de 2001 a 2004.

Deputado contesta resolução do TSE

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional nos Municípios, contesta a Resolução 21.803 do TSE. “Ela não economiza dinheiro das prefeituras e tira o direito do povo ter uma representação proporcional ao número de habitantes do município nas câmaras municipais”, condena Heringer. Segundo ele, a resolução reduziu o número de vereadores, mas as “prefeituras continuam repassando o mesmo dinheiro para as câmaras e os presidentes utilizam os recursos como querem”.

Heringer afirma que a resolução foi baixada pelo TSE especificamente para a eleição de 2004 e que a PEC 333 estabelece critérios definitivos para o número de vereadores que cada município pode ter e os recursos que as prefeituras podem transferir para as câmaras municipais. A PEC, segundo ele, foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida pelo deputado Antônio Carlos Buscaia (PT-RJ) e agora será apreciada por uma comissão especial, que ainda será constituída e depois será votada em plenário.

Para ser aprovada precisará de 308 votos favoráveis. Ou seja, dois terços dos 513 deputados federais terão que votar a favor. Mário Heringer está confiante e acha que não haverá problemas “porque as questões políticas precisam de regras claras e previsibilidade”. Segundo ele, a reação do PDT à Resolução do TSE, levou o ex-governador Leonel Brizola a impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao STF em junho de 2004, quando ela entrou em vigor.

Mário Heringer afirma que a proporcionalidade prevista na PEC para composição das câmaras municipais seria o “retorno da democracia, porque democracia é feita com quantidade e o que tem mais votos vence quem tem tem menos votos, e o voto do doutor tem o mesmo valor do de um lavrador”.

O presidente da União dos Vereadores do Estado de Minas Gerais (Uvemig) César de Tarso Gomes Pinto (PL), vereador em Extrema, no Sul de Minas, não retornou as ligações. Mas a ex-presidente da entidade, Arlete Nogueira, disse que a redução do número de vereadores, determinada pela Resolução 21.803, do TSE, é uma questão secundária. “O que tem de ser moralizado são os gastos das câmaras municipais. A destinação de 8% da receita do município para as câmaras é um índice muito alto e precisa ser revisto”, defendeu ela.

Mário Heringer defende na imprensa volta dos suplentes


O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente dos Vereadores, defendeu em várias entreevistas dadas à diversos veículos de comunicação do país, a volta dos suplentes de vereadores. Segundo ele, depois de instalada a Comissão Especial na Câmara dos Deputados, o caminho será fazer uma emenda para reestabelecer a justiça e o direito daqueles que foram impedidos de assumir os mandatos. Leia na íntegra algumas matérias:

Matéria publicada no jornal Estado de Minas em 05/01/2006:


Suplentes de olho em proposta

A Frente de Vereadores, liderada pelo deputado federal mineiro Mário Heringer (PDT), espera que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, que altera o limite de despesas e a composição das câmaras municipais, seja apreciada durante a convocação extraordinária do Congresso Nacional, que vigora até fevereiro. Os deputados deverão criar uma Comissão Especial para analisar o conteúdo da polêmica PEC 333, antes de submetê-la aos plenários da Câmara e do Senado. Se aprovada a proposta, o número de vereadores voltará a ser, na maioria das cidades, o mesmo anterior à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do ano passado, que reduziu 8.528 cadeiras no Legislativo municipal brasileiro.

Em meados do último mês de dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou por unanimidade a PEC 333, fornecendo munição aos suplentes não eleitos em 2004 por força da norma do TSE. “Acredito que vai haver uma emenda à PEC para que estes vereadores sejam empossados”, disse o Heringer, que representa 215 deputados e 20 senadores. “Acho justo que voltem aos seus cargos, que lhe foram retirados de maneira truculenta e injusta”, completou. De acordo com Heringer, o principal argumento do TSE – de que a diminuição do número de vereadores reduziria os gastos do Legislativo municipal – caiu por terra, uma vez que os repasses para as Câmaras, em 2005, continuaram os mesmos previstos na Constituição.

O deputado ressalta que a PEC 333, embora amplie o quadro de vereadores aos níveis da legislatura passada, propõe, por outro lado, a diminuição de repasses para o Legislativo, representando uma economia de R$1,5 a R$ 2 bilhões para os cofres dos municípios. TRAMITAÇÃO A Comissão Especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para proferir parecer. “Agora começa uma discussão prática do mérito das mudanças”, afirmou Heringer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo plenário da casa em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Após aprovação na Câmara dos Deputados, a PEC 333 segue para o Senado, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se aprovado o texto da Câmara dos Deputados, a emenda é promulgada pelo Congresso. Se for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma casa para outra até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas casas. A previsão de Heringer é que a PEC seja votada até abril pelo Senado.

Segundo ele, a medida é de grande importância para o país, pois, além de reduzir as despesas das câmaras municipais, irá estabelecer regras claras a respeito da representação proporcional. “A Constituição prevê a distribuição proporcional, mas não diz o mínimo e nem o máximo. Com isso, fica um vácuo jurídico que motivou a normatização do TSE”, justifica.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Mira Estrela, município no Noroeste de São Paulo com 2,5 mil habitantes, será duplamente “penalizado”, caso a PEC 333/04 seja aprovada. A cidade se enquadra na primeira faixa populacional do projeto (até 5 mil habitantes) e, por isso, terá que reduzir de nove para sete o total de vereadores. Curiosamente, o processo que levou o TSE a diminuir a quantidade de parlamentares municipais em todo o país começou em Mira Estrela, no início da década de 90. Naquela época, uma Ação Civil Pública, impetrada pelo Ministério Público, propôs a inconstitucionalidade da Lei Orgânica do município, que havia fixado em 11 o total de vereadores.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento do recurso extraordinário, em abril do ano passado, confirmou a tese do MP paulista, levando o TSE a editar a Resolução 21.702, que estabeleceu faixas populacionais com número exato de vereadores para cada faixa. “Vamos perder material humano. O pessoal trabalha unido para conseguir benefícios”, lamenta o presidente da Câmara de Mira Estrela, Odair Nogueira, caso o Legislativo seja obrigado a baixar pela segunda vez o número cadeiras. De acordo com o texto da PEC 333, municípios com os mesmos níveis populacionais de Mira Estrela também sofrerão cortes no repasse de verbas, passando de 8% para 7,5% da receita tributária municipal. “Se diminuir o número de vereadores, aí tudo bem reduzir o repasse”, avalia.

Matéria publicada no jornal Hoje em Dia em 26/12/2005:

Elizeu Lopes
Repórter

O Brasil pode ter mais 3.500 vereadores em 2008, sendo 520 em Minas se o Congresso Nacional aprovar, no primeiro semestre de 2006, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 333, do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), que fixa nova proporcionalidade para o número de vereadores por município. A PEC, apesar de prever o aumento do número de vereadores, vai reduzir, por outro lado, em R$ 1 bilhão o repasse de recursos para as Câmaras Municipais.

Hoje, a Constituição Federal permite a destinação de até 8% da receita do município para as câmaras. A PEC reduz este percentual para 7,5% e, mesmo assim, só para as câmaras de municípios com até 100 mil habitantes. De 100.001 até 250 mil habitantes, o índice será de 6,5%; de 250.001 a 500.000, será de 5,5%; de 500.001 a 1.500.000, 5%; de 1.500.001 até 3.000.000 será de 4,5%; e acima de 3 milhões, 4%.

A PEC fixa também 25 composições para as câmaras municipais. Os municípios com até 5 mil habitantes terão sete vereadores; de 5.001 a 15 mil, nove; de 15.001 a 25.000, terão 11; de 25.001 a 45 mil, terão 13; de 45.001 a 70.000, terão 15; de 70.001 até 100.000, terão 17; de 100.001 a 250.000, terão 19; de 250.001 a 500.000, terão 21; de 500.001 a 600.000, terão 23. As outras 16 faixas, que variam de 600 mil a 10 milhões, não atingem nenhum município do interior mineiro.

Belo Horizonte, com 2.350.564 habitantes, está na faixa entre 2 a 3 milhões e deverá perder dois vereadores. Tem 41 e só poderá ter 39. De acordo com o anuário deste ano da Associação Mineira de Municípios (AMM), Contagem, na Grande-BH, tem a segunda maior população do Estado, com 583.386 habitantes; Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem a terceira, com 570.042; e Juiz de Fora, na Zona da Mata, a quarta, com 493.121. Contagem e Uberlândia têm hoje 20 vereadores e passariam a ter 23. Juiz de Fora, que tem 19, passaria a ter 21.

A Resolução 21.803, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baixou em 2004, reduziu em todo o país o número de vereadores, de acordo com os critérios declarados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do recurso 197.917.

Com a redução, Minas deixou de empossar 1.240 vereadores. Em 2000, elegeu 9.093 e, em 2004, 7.853. Em nível nacional, em 2000, nos 5.562 municípios, foram eleitos 60.229 vereadores e, em 2004, 51.748, sendo 8.545 a menos.

Entre os municípios mineiros que mais perderam vereadores estão Barbacena, no Campo das Vertentes, que tinha 19, perdeu oito e passou para 11; Aimorés, no Vale do Rio Doce, tinha 15 e passou para 9; Araguari, no Triângulo Mineiro, tinha 17 e passou para 11; Araxá, também no Triângulo, tinha 15 e passou para 10; Arcos, no Centro-Oeste, tinha 15 e passou para nove; e Conselheiro Lafaiete, no Alto Paraopeba, tinha 17, perdeu seis e passou para 11.

Pompeo de Mattos disse ao HOJE EM DIA, que o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) vai apresentar uma emenda propondo que o número de vereadores da atual legislatura, iniciada em janeiro deste ano (2005) e que vai até 2008, seja o mesmo da legislatura passada, de 2001 a 2004.


Deputado contesta resolução do TSE

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional nos Municípios, contesta a Resolução 21.803 do TSE. “Ela não economiza dinheiro das prefeituras e tira o direito do povo ter uma representação proporcional ao número de habitantes do município nas câmaras municipais”, condena Heringer. Segundo ele, a resolução reduziu o número de vereadores, mas as “prefeituras continuam repassando o mesmo dinheiro para as câmaras e os presidentes utilizam os recursos como querem”.

Heringer afirma que a resolução foi baixada pelo TSE especificamente para a eleição de 2004 e que a PEC 333 estabelece critérios definitivos para o número de vereadores que cada município pode ter e os recursos que as prefeituras podem transferir para as câmaras municipais. A PEC, segundo ele, foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida pelo deputado Antônio Carlos Buscaia (PT-RJ) e agora será apreciada por uma comissão especial, que ainda será constituída e depois será votada em plenário.

Para ser aprovada precisará de 308 votos favoráveis. Ou seja, dois terços dos 513 deputados federais terão que votar a favor. Mário Heringer está confiante e acha que não haverá problemas “porque as questões políticas precisam de regras claras e previsibilidade”. Segundo ele, a reação do PDT à Resolução do TSE, levou o ex-governador Leonel Brizola a impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao STF em junho de 2004, quando ela entrou em vigor.

Mário Heringer afirma que a proporcionalidade prevista na PEC para composição das câmaras municipais seria o “retorno da democracia, porque democracia é feita com quantidade e o que tem mais votos vence quem tem tem menos votos, e o voto do doutor tem o mesmo valor do de um lavrador”.

O presidente da União dos Vereadores do Estado de Minas Gerais (Uvemig) César de Tarso Gomes Pinto (PL), vereador em Extrema, no Sul de Minas, não retornou as ligações. Mas a ex-presidente da entidade, Arlete Nogueira, disse que a redução do número de vereadores, determinada pela Resolução 21.803, do TSE, é uma questão secundária. “O que tem de ser moralizado são os gastos das câmaras municipais. A destinação de 8% da receita do município para as câmaras é um índice muito alto e precisa ser revisto”, defendeu ela.

Jornal Estado de Minas: Suplentes brigam para ter mandato

“A aprovação da PEC 333, além de permitir uma redistribuição proporcional do número de vereadores por município, fará o que o TSE não fez. Ou seja, reduzir o repasse financeiro da prefeitura para a Câmara.”
Mário Heringer


A luta continua. Os suplentes de vereadores atingidos pela resolução do Tribunal Superior Eleitoral, que ao adotar nas eleições de 2003 novos critérios para a definição do número de cadeiras nas Câmaras cortou 8.528 vagas em todo o país, promoveram, ontem, em Belo Horizonte, mais um encontro da Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional dos Municípios.

Com a participação do deputado federal Mário Heringer (PDT), presidente da frente parlamentar, e do deputado estadual Ivair Nogueira (PMDB), os suplentes discutiram a tramitação no Congresso Nacional da PEC 333/2004 que restabelece os critérios de definição do número de vereadores válidos até as eleições de 2000.

E como era de se esperar, em meio ao clima de animosidade que se instalou entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal no bojo do processo de cassação do deputado José Dirceu (PT), os suplentes não pouparam críticas à decisão do TSE alterando a regra do jogo em pleno processo eleitoral. Em Minas, o corte de cadeiras chegou a 1.240. Mas como o corte não aconteceu também na mesma proporção no orçamento das câmaras, não são poucas as denúncias de excesso de gastos e mordomias patrocinadas pelo dinheiro fácil em muitos legislativos municipais.

Para o deputado Mário Heringer, a aprovação da PEC 333, além de permitir uma redistribuição proporcional do número de vereadores por município, “aumentando a representatividade no Legislativo municipal”, fará o que o TSE não fez. Ou seja, reduzir o repasse financeiro da prefeitura para a Câmara. Pragmáticos, suplentes de vereadores e deputados da frente defendem um caminho para facilitar a aprovação da PEC 333, que continua emperrada na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados. A reposição das cadeiras cortadas seria imediata com a aprovação da PEC, mas sem direito à retroatividade em relação a salários, é a solução defendida pelos suplentes para tornar realidade o sonho do mandato de vereador.

João Cruz, primeiro suplente da bancada do PT na Câmara Municipal de Betim, entende que a decisão do TSE, se adotada com o propósito de reduzir gasto público no Legislativo municipal, não cumpriu seu objetivo. “Reduziu a representação popular em Betim, cortando cinco vereadores, mas não reduziu a receita orçamentária da Câmara Municipal, que para este ano é de R$ 22,5 milhões e para o ano que vem será de R$ 27,5 milhões (6% da receita do município)”, critica o suplente petista. Diz que o exemplo de Betim vale para todo o país.

Por Luiz Castro Silva, do Jornal Estado de Minas.

Manisfestação em BH deve reunir mais de 200 suplentes mineiros

“A nossa ação é suprapartidária e pretende corrigir um equivoco cometido pela Justiça Eleitoral ao reduzir o número de vereadores nas câmaras municipais.”
– Mário Heringer


São esperados mais de 200 suplentes de vereadores de todo o estado na manifestação organizada pela Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional nos Municípios Brasileiros (Frente dos Vereadores), que acontece neste sábado, 03 de dezembro, às 13 horas, na Câmara Municipal de Belo Horizonte.

O movimento luta pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional – PEC 333/04, em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê o restabelecimento da representação proporcional com base no número de habitantes das cidades, quebrada com a resolução do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, em 2004, que reduziu o número de cadeiras nas câmaras de vereadores.

Segundo o presidente da Frente, deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), mais de 170 deputados já aderiram ao movimento, que conta ainda com o apoio de 12 senadores, além de importantes lideranças da Câmara e do Senado, como o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). “A nossa ação é suprapartidária e pretende corrigir um equivoco cometido pela Justiça Eleitoral ao reduzir o número de vereadores nas câmaras municipais,” diz.

Para o deputado, a medida além de tirar o direito de milhares de brasileiros de serem representados nos legislativos de suas cidades, não trouxe economia alguma aos cofres públicos, pois não houve redução de repasse para as câmaras municipais. “A resolução do TSE cassou justamente o voto do pobre, aquele cidadão que mais necessita de voz,” lamenta Heringer. Em todo o Brasil foram reduzidas 8.528 cadeiras. Minas Gerais perdeu 1.240 vereadores.

Frente dos Vereadores ganha força com apoio de Chinaglia

“Estamos com mais de 150 adesões de deputados e quase uma dezena de senadores. Isso é resultado do grande trabalho, da união e garra dos suplentes do Brasil.”
– Mário Heringer
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), assinou hoje o termo de adesão à Frente dos Vereadores. Com essa assinatura, o movimento, que visa agilizar a votação da PEC 333/04, ganha mais um importante apoio e ainda mais força para caminhar rumo à vitória.

Segundo o deputado Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente, o movimento tem crescido a cada dia, e tomado conta do Congresso Nacional. “Estamos com mais de 150 adesões de deputados e quase uma dezena de senadores. Isso é resultado do grande trabalho, da união e garra dos suplentes do Brasil,” diz.

No dia 03 de dezembro, às 13 horas, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o deputado terá um grande encontro com os suplentes mineiros. “Será o momento de unir-mos corações e mentes em busca do nosso ideal”, concluiu.

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados,
Assomo à tribuna para fazer breve pronunciamento a respeito do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU.
Antes de mais nada, gostaria de parabenizar a iniciativa de criação desse serviço, bem assim o esforço que o Governo Federal vem fazendo em favor da sua implantação no maior número possível de Municípios brasileiros, a fim de que o atendimento pré-hospitalar possa cumprir adequadamente sua função social na redução do número de óbitos, do tempo de internação hospitalar e das seqüelas decorrentes da ausência ou da precariedade de socorro precoce.

Apesar do mérito da iniciativa, a implantação do SAMU em alguns Municípios brasileiros onde já se encontra implantado o serviço de socorro de urgência do Corpo de Bombeiros – a exemplo do que ocorre em Belo Horizonte – vem criando sério problema de duplicidade de solicitações de atendimento.

Como o Corpo de Bombeiros presta socorros de urgência, atendendo por meio do código telefônico 193, e o SAMU presta os mesmos serviços, atendendo por meio do código telefônico 192, a população, ao se deparar com alguma emergência médica, como um acidente de trânsito, por exemplo, termina por requisitar ambos os serviços indistinta e concomitantemente. O resultado disso é o absurdo logístico de um único paciente vir a ser abordado por duas equipes de socorro, em um absoluto e injustificado desperdício de capital humano e de recursos materiais do Estado.

Sugerimos ao Sr. Ministro de Estado da Saúde, por meio de indicação apresentada no dia de hoje à Mesa, que adote medidas administrativas no sentido de promover a unificação das centrais de atendimento telefônico do SAMU e do Corpo de Bombeiros em suas diversas unidades, de modo a que, havendo alguma emergência, a população disponha de um único número telefônico para solicitar o socorro.

Entendemos que essa medida, simples e óbvia, vai otimizar a atuação do SAMU e das equipes de emergência médica do Corpo de Bombeiros, tornando ambas mais céleres e eficientes, reduzindo o gasto público com atendimento pré-hospitalar de urgência – uma única central de telefonia vai receber e processar todas as solicitações de atendimento de urgência de certa localidade.

Medida como essa – simples e óbvia, como já disse – depende tão-somente de vontade política das partes envolvidas, uma vez que pode ser efetivada por meio de convênio específico entre cada unidade local do SAMU e do Corpo de Bombeiros.

Sr. Presidente, é válido salientar que a forma como atualmente se encontram estruturadas as centrais telefônicas do Serviço Público de Emergência viola o disposto no art. 5º do Regulamento sobre as Condições de Acesso e Fruição dos Serviços de Utilidade Pública e de Apoio ao Serviço de Telefonia Fixa Comutado, publicado pela ANATEL em março deste ano.

O referido artigo determina que, sempre que os Serviços de Utilidade Pública forem prestados por mais de uma entidade, o Código de Acesso deve ser compartilhado entre elas, garantindo ao usuário tratamento não discriminatório quanto às condições de acesso e fruição.

Desafortunadamente, as determinações da ANATEL não vêm sendo cumpridas e, como sempre, é a população brasileira quem “paga a conta”.

Essa pode parecer uma questão menor para alguns dos nobres colegas aqui presentes, mas não é. Além de séria, ela é igualmente importante por ser emblemática da falta de racionalidade que assola o Estado brasileiro, como moléstia epidêmica responsável por destroçar grandiosas iniciativas do Poder Público.

Meu esforço em favor da racionalização do SAMU, mais que uma peleja em defesa de uma grande iniciativa, é uma luta contra a própria tragédia do Estado brasileiro: ao mesmo tempo em que cria, destrói sua própria criação.
Muito obrigado.

Mário Heringer concede entrevista à rádio CBN

planodesaude_02Nesta segunda-feira os médicos mineiros começaram a cobrar consulta das pessoas que têm plano de saúde. Segundo o sindicato dos médicos a medida é uma forma de pressionar os planos a reajustarem os preços. A intenção é que os planos reembolsem aos consumidores em vez de passar aos profissionais o valor referente as consultas. A rádio CBN conversou sobre o assunto com o Deputado Federal Mário Heringer que fez parte da CPI que investigou os planos de saúde.

Deputado, bom dia!
Bom dia, é um prazer falar com a CBN.

O Senhor acredita que essa medida surta algum efeito tanto para médicos quanto para consumidores?
Olha, a gente tem que entender que essa medida não nasce da ambição por maior pagamento por consulta, ela nasce da necessidade do médico, do prestador de serviço mostrar à sociedade que há mais de dez anos os planos de saúde vêm sufocando e predando esse sistema suplementar. Nós não queríamos entender isso como um processo regular de negociação, eu não vejo nesse momento nenhuma vantagem para nenhum dos atores desse sistema, nem para o paciente, nem para o médico, nem para o plano de saúde. Essa situação é uma situação extrema e que não deveria acontecer, mas eu compreendo a existência dela, uma vez que os planos de saúde têm obtido aumento desde 1994 maior que 170%, e os prestadores, médicos, dentistas, hospitais, todos os que trabalham na área de saúde com planos de saúde, não obtiveram nesse período nenhum reajuste. Isso é no mínimo uma covardia que se faz, cobrando mais caro do usuário e não repassando a qualidade dos serviços aos prestadores.

E porque que não se consegue que os planos reajustem essas tabelas? Porque que não se pode através de Lei, por exemplo, obrigá-los a fazer essa correção?
Nós temos um projeto de lei que determina os reajustes obtidos pelos planos de saúde sejam automaticamente repassados aos prestadores. Infelizmente, o lobby, a pressão dos planos de saúde, impede que as coisas no Brasil funcionem no âmbito da saúde suplementar de uma maneira normal, tranqüila. O que se busca é a igualdade. Nós queremos que se dê aos médicos, aos hospitais, aos dentistas, uma contraprestação pelo serviço, mas uma contraprestação decente, e infelizmente, a pressão que se faz e a falta de vontade dos que até hoje comandaram a Agência Nacional de Saúde é flagrante, eles não querem de maneira alguma normalizar o funcionamento desse sistema. É simples, é tranqüilo, porque não afetará ninguém, ninguém terá prejuízo do ponto de vista comercial normal, exceto pelo aproveitamento que já usam, e isso aí eles não querem, perder o que já estão levando de vantagem. Me parece muito aquela frase que foi usada há muitos anos numa propaganda comercial que dizia “levar vantagem em tudo” , é assim que os intermediários da saúde suplementar, que são os planos de saúde estão agindo.

É o mesmo lobby tão forte quanto o lobby dos laboratórios farmacêuticos?
Sim, sem dúvida o grande problema nosso é que o poder financeiro está sobrepujando o poder executivo, o poder legislativo, o poder judiciário, esse quarto poder que sempre foi atribuído à mídia, eu posso dizer que hoje é o poder financeiro e a mídia tem a opção de escolher o lado que vai ficar nesse momento, da greve dos médicos, não é o momento de retalhar médicos, dizer que o Procon tem que agir, que o usuário… Claro que o usuário tem direito, mas tem que reconhecer a questão da justiça, esses profissionais estão há mais de dez anos sem a decência no relacionamento comercial, isso precisa ser feito. Laboratórios, planos de saúde, que tem o poder financeiro, estão exercendo o poder no nosso país.

Não é justo que nessa briga do rochedo com o mar, acabe sobrando para o marisco, não é Deputado?
O que ocorre sempre é que o marisco está no meio da pancada. Tudo bem que seja sacudido pra lá e pra cá, porque é normal num relacionamento comercial, mas regras básicas precisam existir, por exemplo o pagamento do serviço prestado não tem data para ser feito, o valor que se manda para cobrança, não é o valor aceito. Se o prestador não aceita trabalhar numa determinada condição, não aceita deixar de fazer um determinado exame, é descredenciado, perde o emprego teoricamente, é mandado embora daquela lista. Pessoas competentes por exemplo, médicos mais antigos, que no passado foram professores universitários, membros do INPS, que são pessoas ativas, não podem hoje entrar no sistema, porque o sistema fechou suas portas, essas pessoas estão no mercado, são competentes e não entram, então não tem um credenciamento seletivo, um credenciamento baseado na qualidade. Um pagamento feito a esses médicos, não pode ser feito em boleto bancário, você recebe o seu boleto bancário em casa para pagar o plano de saúde, mas o médico não pode, pois ele fica refém do dia, da hora, e quanto o plano de saúde quer pagar. Então quer dizer, não há justiça no relacionamento. Eu acho que é isso que os médicos estão querendo agora. Pelo simples fato de pedir o aumento no valor, que é o que está sufocando no momento, eu acho que isso precisa ser feito sim, mas precisa de regularizar esse relacionamento comercial.

Essa decisão dos médicos mineiros só demonstra a insatisfação que aliás já é conhecida com os planos de saúde, uma insatisfação que também é demonstrada pelos consumidores. A CPI dos Planos de Saúde levantou muitos casos de irregularidades que foram cometidos pelas operadoras dos planos, no entanto, parece que elas continuam agindo soberanamente. Qual foi o resultado prático da CPI, Deputado?
Olha, eu vou te dizer que resultado prático não houve algum, porque nós fizemos um relatório, enviamos ao Ministério da Saúde, enviamos ao Ministério Público, à Agência Reguladora, mas daí ao passo definitivo de criar as normas que foram sugeridas por nós na CPI, ficou um vácuo enorme, porque as nomeações dentro da Agência Nacional de Saúde continuam sendo políticas e atendem a um poder superior, que é o poder financeiro, eu não tenho dúvida disso. Pessoas que foram diretores da Agência Nacional de Saúde no mandato passado, voltaram como assessores da Diretoria atual, quer dizer, não mudou nada. Mudou o nome, mas o conceito continua, é uma inoperância total a Agência Nacional de Saúde do ponto de vista de regular o mercado na relação entre prestadores e tomadores, no caso planos de saúde. Então não tem chance de resolver isto, porque não basta só a CPI denunciar, apurar, propor soluções, e no final estas soluções irem para uma gaveta. O ministério da Saúde está com um problema em vários Estados do Brasil com relação a esse movimento de cobrar consulta, não é só em Minas, eu posso lembrar neste momento, a Bahia também está, o Rio de Janeiro esteve há pouco tempo. Está com esse problema porque não quer operar da maneira que tem que ser o serviço, ele não quer normatizar. Tem uma história de uma contratualização que é a grande desculpa que eles dão. “Olha, estamos agora fazendo a contratualização”. Essa contratualização não é nada mais nada menos que um mecanismo para fingir que está trabalhando e nesse momento determinar na hora que o hospital, ou médico, ou odontólogo vai fazer uma renovação desse contrato, se ele não aceitar as regras que o convênio impõe naquele momento, propicia com mais facilidade ainda o descredenciamento, isso é na verdade uma proposta para desemprego.

Em uma entrevista que o Senhor fazia aqui na CBN de Belo Horizonte no final do ano passado, o Senhor já dizia que os médicos eram reféns das operadoras de planos de saúde tanto quanto os consumidores. Essa decisão dos médicos mineiros, é bom que se diga, o vilão dessa história são os planos de saúde, mas essa decisão pode transformar aos olhos do consumidor, o médico em vilão?
Olha, eu acho que pode sim, foi por isso que eu disse que cabe ao poder, à mídia mostrar isso com realidade, mostrar isso com verdade. Porque nesse momento o que vai se dizer nos Procon’s o que vai se dizer em órgãos de defesa do consumidor é que o consumidor tem direito e ninguém nega esse direito mas esses órgãos precisam de olhar esse relacionamento com justiça, senão o médico vai continuar debilitado, como um vilão, como você disse, um marisco, no meio da guerra entre o rochedo e o mar e nós vamos continuar com um sistema perneta que está realmente dificultando a vida de diversos profissionais. Eu acho que nesse momento, para que o sistema possa continuar forte, continuar persistindo e prestando um serviço de qualidade para nossa sociedade é importante que os tomadores, que os planos de saúde, reconheçam que durante esses últimos dez anos, não repassaram nenhum reajuste obtido para os médicos. Reconheçam isso, façam algum acordo, para poder melhorar essa condição financeira, e não parem por aí, que estabeleçam um relacionamento comercial decente, para que não sejam vistos no mercado como predadores, pessoas que estão num negócio só para tirar o máximo, detonar o sistema, e depois inventar uma outra forma de ganhar dinheiro que é o que vem acontecendo hoje, infelizmente, na relação do plano com o prestador médico, no caso.

Talvez hoje no Brasil, o único negócio melhor do que ser dono de plano de saúde ou de um laboratório multinacional, seja ser dono de um banco?
Olha, esses três negócios são ótimos, eu não conheço o gerenciamento bem, mas ter também uma mina para extrair petróleo deve ser muito bom. Realmente é o domínio do poder financeiro. Quem pode mais é quem tem mais dinheiro no bolso para pressionar, não estou nem dizendo de uma forma ilícita não, mas criar situações que outro lado fique imobilizado.

Deputado Mário Heringer, muito obrigado pela entrevista, prazer tê-lo conosco Deputado, um bom dia para o Senhor.

Tabela completa dos municípios mineiros após aprovação da PEC 333/04

vereadores_171Veja abaixo a tabela completa dos municípios mineiros com o número de vereadores nas Câmaras Municipais em 2000, o número de vereadores definidos pelo STF em 2004, e o número de vereadores após aprovação da PEC 333/04. Serão 858 novos vereadores em Minas!

NÚMERO DE VAGAS REESTABELECIDAS: 858.
(diferença entre o total de vagas após aprovação da PEC 333/04 e o total de vagas segundo resolução do TSE)

Município
N° de Vereadores
em 2000
N° de Vereadores
STF 2004
N° de Vereadores após aprovação da PEC 333/04
ABADIA DOS DOURADOS
ABAETE
ABRE CAMPO
ACAIACA
ACUCENA
AGUA BOA
AGUA COMPRIDA
AGUANIL
AGUAS FORMOSAS
AGUAS VERMELHAS
AIMORES
AIURUOCA
ALAGOA
ALBERTINA
ALEM PARAIBA
ALFENAS
ALFREDO VASCONCELOS
ALMENARA
ALPERCATA
ALPINOPOLIS
ALTEROSA
ALTO CAPARAO
ALTO JEQUITIBA
ALTO RIO DOCE
ALVARENGA
ALVINOPOLIS
ALVORADA DE MINAS
AMPARO DO SERRA
ANDRADAS
ANDRELANDIA
ANGELANDIA
ANTONIO CARLOS
ANTONIO DIAS
ANTONIO PRADO DE MINAS
ARACAI
ARACITABA
ARACUAI
ARAGUARI
ARANTINA
ARAPONGA
ARAPORA
ARAPUA
ARAUJOS
ARAXA
ARCEBURGO
ARCOS
AREADO
ARGIRITA
ARICANDUVA
ARINOS
ASTOLFO DUTRA
ATALEIA
AUGUSTO DE LIMA
BAEPENDI
BALDIM
BAMBUI
BANDEIRA
BANDEIRA DO SUL
BARAO DE COCAIS
BARAO DE MONTE ALTO
BARBACENA
BARRA LONGA
BARROSO
BELA VISTA DE MINAS
BELMIRO BRAGA
BELO HORIZONTE
BELO ORIENTE
BELO VALE
BERILO
BERIZAL
BERTOPOLIS
BETIM
BIAS FORTES
BICAS
BIQUINHAS
BOA ESPERANCA
BOCAINA DE MINAS
BOCAIUVA
BOM DESPACHO
BOM JARDIM DE MINAS
BOM JESUS DA PENHA
BOM JESUS DO AMPARO
BOM JESUS DO GALHO
BOM REPOUSO
BOM SUCESSO
BONFIM
BONFINOPOLIS DE MINAS
BONITO DE MINAS
BORDA DA MATA
BOTELHOS
BOTUMIRIM
BRAS PIRES
BRASILANDIA DE MINAS
BRASILIA DE MINAS
BRAUNAS
BRAZOPOLIS
BRUMADINHO
BUENO BRANDAO
BUENOPOLIS
BUGRE
BURITIS
BURITIZEIRO
CABECEIRA GRANDE
CABO VERDE
CACHOEIRA DA PRATA
CACHOEIRA DE MINAS
CACHOEIRA DE PAJEU
CACHOEIRA DOURADA
CAETANOPOLIS
CAETE
CAIANA
CAJURI
CALDAS
CAMACHO
CAMANDUCAIA
CAMBUI
CAMBUQUIRA
CAMPANARIO
CAMPANHA
CAMPESTRE
CAMPINA VERDE
CAMPO AZUL
CAMPO BELO
CAMPO DO MEIO
CAMPO FLORIDO
CAMPOS ALTOS
CAMPOS GERAIS
CANA VERDE
CANAA
CANAPOLIS
CANDEIAS
CANTAGALO
CAPARAO
CAPELA NOVA
CAPELINHA
CAPETINGA
CAPIM BRANCO
CAPINOPOLIS
CAPITAO ANDRADE
CAPITAO ENEAS
CAPITOLIO
CAPUTIRA
CARAI
CARANAIBA
CARANDAI
CARANGOLA
CARATINGA
CARBONITA
CAREACU
CARLOS CHAGAS
CARMESIA
CARMO DA CACHOEIRA
CARMO DA MATA
CARMO DE MINAS
CARMO DO CAJURU
CARMO DO PARANAIBA
CARMO DO RIO CLARO
CARMOPOLIS DE MINAS
CARNEIRINHO
CARRANCAS
CARVALHOPOLIS
CARVALHOS
CASA GRANDE
CASCALHO RICO
CASSIA
CATAGUASES
CATAS ALTAS
CATAS ALTAS DA NORUEGA
CATUJI
CATUTI
CAXAMBU
CEDRO DO ABAETE
CENTRAL DE MINAS
CENTRALINA
CHACARA
CHALE
CHAPADA DO NORTE
CHAPADA GAUCHA
CHIADOR
CIPOTANEA
CLARAVAL
CLARO DOS POCOES
CLAUDIO
COIMBRA
COLUNA
COMENDADOR GOMES
COMERCINHO
CONCEICAO DA APARECIDA
CONCEICAO DA BARRA DE MINAS
CONCEICAO DA PEDRA
CONCEICAO DAS ALAGOAS
CONCEICAO DE IPANEMA
CONCEICAO DO MATO DENTRO
CONCEICAO DO PARA
CONCEICAO DO RIO VERDE
CONCEICAO DOS OUROS
CONEGO MARINHO
CONFINS
CONGONHAL
CONGONHAS
CONGONHAS DO NORTE
CONQUISTA
CONSELHEIRO LAFAIETE
CONSELHEIRO PENA
CONSOLACAO
CONTAGEM
COQUEIRAL
CORACAO DE JESUS
CORDISBURGO
CORDISLANDIA
CORINTO
COROACI
COROMANDEL
CORONEL FABRICIANO
CORONEL MURTA
CORONEL PACHECO
CORONEL XAVIER CHAVES
CORREGO DANTA
CORREGO DO BOM JESUS
CORREGO FUNDO
CORREGO NOVO
COUTO DE M. DE MINAS
CRISOLITA
CRISTAIS
CRISTALIA
CRISTIANO OTONI
CRISTINA
CRUCILANDIA
CRUZEIRO DA FORTALEZA
CRUZILIA
CUPARAQUE
CURRAL DE DENTRO
CURVELO
DATAS
DELFIM MOREIRA
DELFINOPOLIS
DELTA
DESCOBERTO
DESTERRO DE ENTRE RIOS
DESTERRO DO MELO
DIAMANTINA
DIOGO DE VASCONCELOS
DIONISIO
DIVINESIA
DIVINO
DIVINO DAS LARANJEIRAS
DIVINOLANDIA DE MINAS
DIVINOPOLIS
DIVISA ALEGRE
DIVISA NOVA
DIVISOPOLIS
DOM BOSCO
DOM CAVATI
DOM JOAQUIM
DOM SILVERIO
DOM VICOSO
DONA EUSEBIA
DORES DE CAMPOS
DORES DE GUANHAES
DORES DO INDAIA
DORES DO TURVO
DORESOPOLIS
DOURADOQUARA
DURANDE
ELOI MENDES
ENGENHEIRO CALDAS
ENGENHEIRO NAVARRO
ENTRE FOLHAS
ENTRE RIOS DE MINAS
ERVALIA
ESMERALDAS
ESPERA FELIZ
ESPINOSA
ESPIRITO SANTO DO DOURADO
ESTIVA
ESTRELA DALVA
ESTRELA DO INDAIA
ESTRELA DO SUL
EUGENOPOLIS
EWBANK DA CAMARA
EXTREMA
FAMA
FARIA LEMOS
FELICIO DOS SANTOS
FELISBURGO
FELIXLANDIA
FERNANDES TOURINHO
FERROS
FERVEDOURO
FLORESTAL
FORMIGA
FORMOSO
FORTALEZA DE MINAS
FORTUNA DE MINAS
FRANCISCO BADARO
FRANCISCO DUMONT
FRANCISCO SA
FRANCISCOPOLIS
FREI GASPAR
FREI INOCENCIO
FREI LAGONEGRO
FRONTEIRA
FRONTEIRA DOS VALES
FRUTA DE LEITE
FRUTAL
FUNILANDIA
GALILEIA
GAMELEIRAS
GLAUCILANDIA
GOIABEIRA
GOIANA
GONCALVES
GONZAGA
GOUVEA
GOVERNADOR VALADARES
GRAO MOGOL
GRUPIARA
GUANHAES
GUAPE
GUARACIABA
GUARACIAMA
GUARANESIA
GUARANI
GUARARA
GUARDA-MOR
GUAXUPE
GUIDOVAL
GUIMARANIA
GUIRICEMA
GURINHATA
HELIODORA
IAPU
IBERTIOGA
IBIA
IBIAI
IBIRACATU
IBIRACI
IBIRITE
IBITIURA DE MINAS
IBITURUNA
ICARAI DE MINAS
IGARAPE
IGARATINGA
IGUATAMA
IJACI
ILICINEA
IMBE DE MINAS
INCONFIDENTES
INDAIABIRA
INDIANOPOLIS
INGAI
INHAPIM
INHAUMA
INIMUTABA
IPABA
IPANEMA
IPATINGA
IPIACU
IPUIUNA
IRAI DE MINAS
ITABIRA
ITABIRINHA
ITABIRITO
ITACAMBIRA
ITACARAMBI
ITAGUARA
ITAIPE
ITAJUBA
ITAMARANDIBA
ITAMARATI DE MINAS
ITAMBACURI
ITAMBE DO MATO DENTRO
ITAMOJI
ITAMONTE
ITANHANDU
ITANHOMI
ITAOBIM
ITAPAGIPE
ITAPECERICA
ITAPEVA
ITATIAIUCU
ITAU DE MINAS
ITAUNA
ITAVERAVA
ITINGA
ITUETA
ITUIUTABA
ITUMIRIM
ITURAMA
ITUTINGA
JABOTICATUBAS
JACINTO
JACUI
JACUTINGA
JAGUARACU
JAIBA
JAMPRUCA
JANAUBA
JANUARIA
JAPARAIBA
JAPONVAR
JECEABA
JENIPAPO DE MINAS
JEQUERI
JEQUITAI
JEQUITIBA
JEQUITINHONHA
JESUANIA
JOAIMA
JOANESIA
JOAO MONLEVADE
JOAO PINHEIRO
JOAQUIM FELICIO
JORDANIA
JOSE GONCALVES DE MINAS
JOSE RAYDAN
JOSENOPOLIS
JUATUBA
JUIZ DE FORA
JURAMENTO
JURUAIA
JUVENILIA
LADAINHA
LAGAMAR
LAGOA DA PRATA
LAGOA DOS PATOS
LAGOA DOURADA
LAGOA FORMOSA
LAGOA GRANDE
LAGOA SANTA
LAJINHA
LAMBARI
LAMIM
LARANJAL
LASSANCE
LAVRAS
LEANDRO FERREIRA
LEME DO PRADO
LEOPOLDINA
LIBERDADE
LIMA DUARTE
LIMEIRA DO OESTE
LONTRA
LUISBURGO
LUISLANDIA
LUMINARIAS
LUZ
MACHACALIS
MACHADO
MADRE DE DEUS DE MINAS
MALACACHETA
MAMONAS
MANGA
MANHUACU
MANHUMIRIM
MANTENA
MAR DE ESPANHA
MARAVILHAS
MARIA DA FE
MARIANA
MARILAC
MARIO CAMPOS
MARIPA DE MINAS
MARLIERIA
MARMELOPOLIS
MARTINHO CAMPOS
MARTINS SOARES
MATA VERDE
MATERLANDIA
MATEUS LEME
MATHIAS LOBATO
MATIAS BARBOSA
MATIAS CARDOSO
MATIPO
MATO VERDE
MATOZINHOS
MATUTINA
MEDEIROS
MEDINA
MENDES PIMENTEL
MERCES
MESQUITA
MINAS NOVAS
MINDURI
MIRABELA
MIRADOURO
MIRAI
MIRAVANIA
MOEDA
MOEMA
MONJOLOS
MONSENHOR PAULO
MONTALVANIA
MONTE ALEGRE DE MINAS
MONTE AZUL
MONTE BELO
MONTE CARMELO
MONTE FORMOSO
MONTE SANTO DE MINAS
MONTE SIAO
MONTES CLAROS
MONTEZUMA
MORADA NOVA DE MINAS
MORRO DA GARCA
MORRO DO PILAR
MUNHOZ
MURIAE
MUTUM
MUZAMBINHO
NACIP RAYDAN
NANUQUE
NAQUE
NATALANDIA
NATERCIA
NAZARENO
NEPOMUCENO
NINHEIRA
NOVA BELEM
NOVA ERA
NOVA LIMA
NOVA MODICA
NOVA PONTE
NOVA PORTEIRINHA
NOVA RESENDE
NOVA SERRANA
NOVA UNIAO
NOVO CRUZEIRO
NOVO ORIENTE DE MINAS
NOVORIZONTE
OLARIA
OLHOS DAGUA
OLIMPIO NORONHA
OLIVEIRA
OLIVEIRA FORTES
ONCA DE PITANGUI
ORATORIOS
ORIZANIA
OURO BRANCO
OURO FINO
OURO PRETO
OURO VERDE DE MINAS
PADRE CARVALHO
PADRE PARAISO
PAI PEDRO
PAINEIRAS
PAINS
PAIVA
PALMA
PALMOPOLIS
PAPAGAIOS
PARA DE MINAS
PARACATU
PARAGUACU
PARAISOPOLIS
PARAOPEBA
PASSA QUATRO
PASSA TEMPO
PASSA VINTE
PASSABEM
PASSOS
PATIS
PATOS DE MINAS
PATROCINIO
PATROCINIO DO MURIAE
PAULA CANDIDO
PAULISTAS
PAVAO
PECANHA
PEDRA AZUL
PEDRA BONITA
PEDRA DO ANTA
PEDRA DO INDAIA
PEDRA DOURADA
PEDRALVA
PEDRAS DE MARIA DA CRUZ
PEDRINOPOLIS
PEDRO LEOPOLDO
PEDRO TEIXEIRA
PEQUERI
PEQUI
PERDIGAO
PERDIZES
PERDOES
PERIQUITO
PESCADOR
PIAU
PIEDADE DE CARATINGA
PIEDADE DE PONTE NOVA
PIEDADE DO RIO GRANDE
PIEDADE DOS GERAIS
PIMENTA
PINGO DAGUA
PINTOPOLIS
PIRACEMA
PIRAJUBA
PIRANGA
PIRANGUCU
PIRANGUINHO
PIRAPETINGA
PIRAPORA
PIRAUBA
PITANGUI
PIUMHI
PLANURA
POCO FUNDO
POCOS DE CALDAS
POCRANE
POMPEU
PONTE NOVA
PONTO CHIQUE
PONTO DOS VOLANTES
PORTEIRINHA
PORTO FIRME
POTE
POUSO ALEGRE
POUSO ALTO
PRADOS
PRATA
PRATAPOLIS
PRATINHA
PRESIDENTE BERNARDES
PRESIDENTE JUSCELINO
PRESIDENTE KUBITSCHEK
PRESIDENTE OLEGARIO
PRUDENTE DE MORAIS
QUARTEL GERAL
QUELUZITO
RAPOSOS
RAUL SOARES
RECREIO
REDUTO
RESENDE COSTA
RESPLENDOR
RESSAQUINHA
RIACHINHO
RIACHO DOS MACHADOS
RIBEIRAO DAS NEVES
RIBEIRAO VERMELHO
RIO ACIMA
RIO CASCA
RIO DO PRADO
RIO DOCE
RIO ESPERA
RIO MANSO
RIO NOVO
RIO PARANAIBA
RIO PARDO DE MINAS
RIO PIRACICABA
RIO POMBA
RIO PRETO
RIO VERMELHO
RITAPOLIS
ROCHEDO DE MINAS
RODEIRO
ROMARIA
ROSARIO DA LIMEIRA
RUBELITA
RUBIM
SABARA
SABINOPOLIS
SACRAMENTO
SALINAS
SALTO DA DIVISA
SANTA BARBARA
SANTA BARBARA DO LESTE
SANTA B.DO MONTE VERDE
SANTA BARBARA DO TUGURIO
SANTA CRUZ DE MINAS
SANTA CRUZ DE SALINAS
SANTA CRUZ DO ESCALVADO
SANTA EFIGENIA DE MINAS
SANTA FE DE MINAS
SANTA HELENA DE MINAS
SANTA JULIANA
SANTA LUZIA
SANTA MARGARIDA
SANTA MARIA DE ITABIRA
SANTA MARIA DO SALTO
SANTA MARIA DO SUACUI
SANTA RITA DE CALDAS
SANTA RITA DE JACUTINGA
SANTA RITA DE MINAS
SANTA RITA DO IBITIPOCA
SANTA RITA DO ITUETO
SANTA RITA DO SAPUCAI
SANTA ROSA DA SERRA
SANTA VITORIA
SANTANA DA VARGEM
SANTANA DE CATAGUASES
SANTANA DE PIRAPAMA
SANTANA DO DESERTO
SANTANA DO GARAMBEU
SANTANA DO JACARE
SANTANA DO MANHUACU
SANTANA DO PARAISO
SANTANA DO RIACHO
SANTANA DOS MONTES
SANTO ANTONIO DO AMPARO
SANTO A. DO AVENTUREIRO
SANTO ANTONIO DO GRAMA
SANTO ANTONIO DO ITAMBE
SANTO ANTONIO DO JACINTO
SANTO ANTONIO DO MONTE
SANTO ANTONIO DO RETIRO
SANTO ANTONIO DO RIO ABAIXO
SANTO HIPOLITO
SANTOS DUMONT
SAO BENTO ABADE
SAO BRAS DO SUACUI
SAO DOMINGOS DAS DORES
SAO DOMINGOS DO PRATA
SAO FELIX DE MINAS
SAO FRANCISCO
SAO FRANCISCO DE PAULA
SAO FRANCISCO DE SALES
SAO FRANCISCO DO GLORIA
SAO GERALDO
SAO GERALDO DA PIEDADE
SAO GERALDO DO BAIXIO
SAO GONCALO DO ABAETE
SAO GONCALO DO PARA
SAO GONCALO DO RIO ABAIXO
SAO GONCALO DO RIO PRETO
SAO GONCALO DO SAPUCAI
SAO GOTARDO
SAO JOAO BATISTA DO GLORIA
SAO JOAO DA LAGOA
SAO JOAO DA MATA
SAO JOAO DA PONTE
SAO JOAO DAS MISSOES
SAO JOAO DEL REI
SAO JOAO DO MANHUACU
SAO JOAO DO MANTENINHA
SAO JOAO DO ORIENTE
SAO JOAO DO PACUI
SAO JOAO DO PARAISO
SAO JOAO EVANGELISTA
SAO JOAO NEPOMUCENO
SAO JOAQUIM DE BICAS
SAO JOSE DA BARRA
SAO JOSE DA LAPA
SAO JOSE DA SAFIRA
SAO JOSE DA VARGINHA
SAO JOSE DO ALEGRE
SAO JOSE DO DIVINO
SAO JOSE DO GOIABAL
SAO JOSE DO JACURI
SAO JOSE DO MANTIMENTO
SAO LOURENCO
SAO MIGUEL DO ANTA
SAO PEDRO DA UNIAO
SAO PEDRO DO SUACUI
SAO PEDRO DOS FERROS
SAO ROMAO
SAO ROQUE DE MINAS
SAO SEBASTIAO DA BELA VISTA
SAO S. DA VARGEM ALEGRE
SAO SEBASTIAO DO ANTA
SAO SEBASTIAO DO MARANHAO
SAO SEBASTIAO DO OESTE
SAO SEBASTIAO DO PARAISO
SAO SEBASTIAO DO RIO PRETO
SAO SEBASTIAO DO RIO VERDE
SAO TIAGO
SAO TOMAS DE AQUINO
SAO TOME DAS LETRAS
SAO VICENTE DE MINAS
SAPUCAI MIRIM
SARDOA
SARZEDO
SEM-PEIXE
SENADOR AMARAL
SENADOR CORTES
SENADOR FIRMINO
SENADOR JOSE BENTO
SENADOR M. GONCALVES
SENHORA DE OLIVEIRA
SENHORA DO PORTO
SENHORA DOS REMEDIOS
SERICITA
SERITINGA
SERRA AZUL DE MINAS
SERRA DA SAUDADE
SERRA DO SALITRE
SERRA DOS AIMORES
SERRANIA
SERRANOPOLIS DE MINAS
SERRANOS
SERRO
SETE LAGOAS
SETUBINHA
SILVEIRANIA
SILVIANOPOLIS
SIMAO PEREIRA
SIMONESIA
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SOLEDADE DE MINAS
TABULEIRO
TAIOBEIRAS
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TAQUARACU DE MINAS
TARUMIRIM
TEIXEIRAS
TEOFILO OTONI
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TIRADENTES
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TOCOS DO MOJI
TOLEDO
TOMBOS
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TUMIRITINGA
TUPACIGUARA
TURMALINA
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UNAI
UNIAO DE MINAS
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URUCUIA
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VARGEM BONITA
VARGEM GRANDE DO RIO PARDO
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VARJAO DE MINAS
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VAZANTE
VERDELANDIA
VEREDINHA
VERISSIMO
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VESPASIANO
VICOSA
VIEIRAS
VIRGEM DA LAPA
VIRGINIA
VIRGINOPOLIS
VIRGOLANDIA
VISCONDE DO RIO BRANCO
VOLTA GRANDE
WENCESLAU BRAZ
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TOTAL
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7.853
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858

 

O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG) Pronuncia o seguinte discurso:


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho hoje pronunciar-me em respeito ao passamento do ex-Deputado Sinval Bambirra, ocorrido no último dia 10 na cidade de Belo Horizonte, em virtude de insuficiência respiratória.

Político, tecelão e jornalista, Sinval de Oliveira Bambirra nasceu na cidade mineira de Ponte Nova, no ano de 1933. Possuidor de convicção trabalhista determinada e sempre à frente da defesa dos interesses dos trabalhadores, em especial os operários, Bambirra construiu um sólido currículo como homem público, tendo sido, por diversas vezes, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Belo Horizonte e da Federação dos Sindicatos da categoria em Minas Gerais.

No ano de 1963, representando o PTB, o então líder sindical elege-se Deputado Estadual em Minas Gerais, pretendendo dar continuidade e amplitude à sua luta contra a opressão e a exploração da classe trabalhadora. Mas, desafortunadamente, seu sonho, como aliás o de muitos outros idealistas brasileiros da época, defronta-se com uma ditadura militar nascente e por ela é brutalmente podado. Uma semana após instaurar-se no poder, o Governo militar, sob o pretexto de quebra de decoro parlamentar, cassa de Bambirra o mandato e os direitos políticos, relegando-o a duros anos de exílio.

Fora do Brasil e da luta dos trabalhadores mineiros por melhores condições de trabalho e de vida, Bambirra viveu no México e na Alemanha, países onde pôde reforçar suas convicções sociais e políticas. De volta ao País, retoma sua luta pelo trabalhismo, dando ao PDT a honra de sua filiação.

Creio, Sr. Presidente, nobres colegas, que, se quisermos assumir um compromisso com a verdade da história política de Minas Gerais, faz-se nossa obrigação reconhecer o papel do colega Sinval Bambirra na luta em favor da causa operária mineira. Entendo, igualmente, que é nosso dever, ainda que para simples exercício de nossa memória cívica em favor dos vencidos e não apenas dos vencedores, fazer relembrar a amputação política de que todo o povo mineiro foi vítima quando da cassação daquele jovem Deputado operário.

Gostaria de prestar aqui, em meu nome pessoal, em nome do povo do meu Estado e em nome da bancada do PDT, nossa sincera homenagem a Bambirra e de demonstrar nossa solidariedade e nossos sentimentos a seus familiares e amigos.
Muito obrigado a todos.

Aceito que meu WhatsApp seja incluído em uma lista de contatos para recebimentos de avisos sobre o webnário e outros assuntos.