Comissão aprova por unanimidade parecer favorável à aprovação do Projeto de Lei.
Vitória do Meio Ambiente. O Projeto de Lei 6528, de 2016, de autoria do deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG) foi aprovado nesta quarta (28), na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS). Ele trata de proibir o uso de microplásticos em produtos de higiene e beleza.
“O projeto não tem a pretensão de resolver os problemas até porque os problemas são muito maiores que esse. Nós temos que continuar trabalhando. O que a gente mais vê nos últimos tempos são matérias e reportagens da poluição de plásticos maiores, não são os microplásticos somente nos nossos oceanos, levando a grandes perdas no nosso ecossistema”, afirmou o parlamentar durante a votação, favorável e por unanimidade.
Sobre poluição e contaminação por microplástico
Estudo aponta que mais de 70% dos peixes ingerem essas partículas, especialmente de grande porte, como o atum, popular em nossa dieta alimentar
A ingestão destas partículas é alerta de perigo em um estudo de pesquisadores alemães. Os microplásticos já foram encontrados em sal, açúcar e cerveja; além de em peixes e frutos do mar. Essas partículas de tamanho manométrico podem causar inflação; atravessar membranas como a barreira hematoencefálica (protege o sistema nervoso central) ou a placenta.
Mobilização mundial
Diversos países da União Europeia estão se mobilizando por meio de normas para reduzir a emissão de micropartículas de plástico nos oceanos. Estudo do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), da Universidade de Algarve, em Portugal, indicou presença de microplásticos em mexilhões e ostras.
Outro estudo; realizado em Viena, Áustria; indica que mais de 50% da população mundial pode ter microplásticos nas fezes. “Este é o primeiro estudo desse tipo e confirma o que há muito suspeitamos, que os plásticos chegam ao intestino humano. Particularmente preocupante é o que isso significa para nós, especialmente para pacientes com doenças gastrointestinais”, afirmou o pesquisador Philipp Schwabl.