“Previdência não pode ser mecanismo de injustiça”

“Previdência não pode ser mecanismo de injustiça”

Tema de destaque em tramitação na Câmara dos Deputados, a Reforma da Previdência foi alvo de debate entre deputados que participam do Estágio-Visita, promovido pela Segunda-Secretaria, sob a direção do deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG).

“Essa previdência não pode ser um mecanismo de injustiça, ela tem que rever a aposentadoria dos magistrados, dos funcionários do Executivo, do Legislativo, dos deputados. E ela não pode admitir que os militares, ao invés de ter uma mudança de previdência, tenham um aumento de salário”, afirmou o pedetista.

O parlamentar, presidente da legenda em seu estado, esclareceu porquê é contra a Reforma da Previdência. “Um pedreiro, aos 60 anos, não vai ter a mesma rentabilidade e o mesmo desempenho que uma pessoa de 60 anos em um escritório na Avenida Paulista”, ponderou o Segundo-Secretario da Câmara, durante o Programa Direto das Comissões, que contou com a participação de 59 universitários de diversas partes do Brasil.

Dr. Mário defende regras diferenciadas por tipo de trabalho e região. Ele é favorável, por exemplo, que a mulher tenha um regime de previdência diferenciado, uma vez que enfrenta jornadas duplas ou triplas, cuidando de filhos e da casa.

“Não podemos admitir que uma mulher que trabalha no campo, no nordeste do Brasil, tenha o mesmo tempo de aposentadoria, tenha que trabalhar o mesmo tempo que uma pessoa que esteja na zona sul do Rio de Janeiro. Não é possível que a gente entenda que as pessoas possam ter isso igual. Precisa ser diferente. A diferença, aí, é que nos faz iguais. É a diferença que nos coloca na mesma posição de igualdade e de justiça”, assinala Dr. Mário Heringer.

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