O coordenador da bancada mineira no Congresso Nacional, deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), requisitou sua assessoria parlamentar um levantamento sobre todos os projetos em tramitação, na Casa, que tratam da cobrança de taxas e juros das operadoras de cartão de crédito. “Estou aguardando os dados para me posicionar e conversar com os líderes para chegarmos um consenso sobre o assunto.
Em setembro, participei de almoço na Câmara de Dirigentes Lojistas de Contagem, onde os empresários expuseram os abusos, segundo eles, cometidos pela indústria do cartão de crédito no Brasil “.
De acordo com Heringer, o presidente da CDL de Contagem, Edilton Pires, disse que devido ganância das operadores de cartão de crédito, os lojistas tem que repassar os custos para os seus produtos. Na opinião do empresário, se fossem cobradas taxas mais justas, todos sairiam ganhando porque os comerciantes poderiam vender mais barato, os consumidores comprariam mais e com o acréscimo nas vendas, o comércio contrataria número maior de trabalhadores.
Numa empresa de médio porte, onde trabalham o casal proprietário e quatro colaboradores, com faturamento mensal de R$50 mil por mês, R$5.500,00 são só para pagamento de taxas das administradoras de cartão de crédito, um gasto maior do que com a folha de pagamento, exemplifica Edilton.
Os dados da CDL de Contagem apontam que o consumo das famílias no Brasil correspondeu a 1,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do país , em 2008, ou R$2,9 trilhões. Deste total, 19% ou R$350 bilhões foram pagos em taxas para as operadoras de cartão de crédito. O ano passado, a indústria do cartão de crédito faturou R$35 bilhões , o dobro do valor das exportações do Brasil para a Argentina, no mesmo período.