Uma oposição responsável em defesa de uma reforma previdenciária justa. O deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG) defende um debate aprofundado da nova Previdência e alerta ser necessário evitar problemas enfrentados atualmente pelo Chile, país cujo modelo de previdência é a inspiração para a proposta atual do Governo Federal. O modelo sugerido no Brasil substitui o sistema previdenciário distributivo por um sistema de capitalização.

“Essa proposta tem algumas restrições que impactarão diretamente a vida da maioria das pessoas. E nós não vamos fazer aqui (na Câmara dos Deputados) uma oposição radical. Nós vamos fazer uma contenção de danos. Temos que fazer uma reforma justa. Não podemos ter cidadão de primeira e de segunda categoria”, ressalta o deputado, Segundo-Secretário da Mesa da Câmara dos Deputados. Ele tratou desse assunto durante participação no Programa Panorama Internacional, da Rádio Autêntica, Favela FM, 106,7, na manhã de quinta-feira (21).

Nessa semana, o PDT promoveu um debate sobre a reforma da previdência, com participação do ex-ministro Ciro Gomes e do economista, deputado federal Mauro Benevides. A intenção do partido é coletar e avaliar ideias dos cidadãos e apresentar sugestões de mudanças para aperfeiçoar o projeto do governo.

“Vamos trabalhar com a menor dificuldade possível para cidadania e para o cidadão, como um todo. Precisamos fazer com que essa reforma não provoque o que houve no Chile, que enfrenta índices de suicídio elevados por conta da perda de poder de compra de remédios e de alimentos por aposentados, por idosos”, destaca o parlamentar, presidente do PDT de Minas.

Dados divulgados em 2015 pela Fundação Sol, organização independente chilena que analisa economia e trabalho, indicam que um aposentado no país recebe entre 40% e 60% do salário mínimo. O salário mínimo do Chile é de 264 mil pesos (cerca de R$ 1.226.20) e 90,9% dos aposentados recebem menos de 149.435 pesos (cerca de R$ 694,08).