O deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG) lamenta os efeitos do racismo na infância, indicados em estudos, e sugere reflexão sobre o tema. Com objetivo de que a sociedade aceite melhor, famílias esticam cabelos crespos para fazer penteados, alterando a vascularização do couro cabeludo. Há também casos de queimaduras por produtos para alisamento, apontam recentes pesquisas.
“Ei! Você aí! Está querendo ficar careca que nem eu? Deixa eu te dizer, a Academia Americana de Pediatria mostrou o impacto do racismo na vida das crianças. Isso é muito sério e muito grave. Essa história de esticar cabelo nas crianças, meninos e meninas jovens, tem causado uma coisa que chama alopecia. Careca, ficar careca, mas por doença, por tração excessiva do cabelo para esticar. Sabe, uma coisa que parecia que seria para melhorar, está piorando. Deixa o seu filho ficar bonito como é, não mude a sua característica”, aconselha o segundo-secretário da Câmara dos Deputados.
Em entrevista, pediatra de hospital no Rio de Janeiro afirmou tratar de crianças, com menos de 10 anos, com alopecia de tração.
O estudo ainda aponta que os efeitos do racismo começam ainda no ventre da mãe. A exposição prolongada a hormônios de estresse pode levar ao nascimento de bebês com baixo peso e aumento de taxas de mortalidade infantil.