A primeira reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados realizada na tarde dessa quarta-feira (13) aconteceu em meio a muito tumulto. Palmas, gritos, protestos e vaias marcaram o dia no Congresso. Isso tudo porque muitos manifestantes e até alguns deputados ainda não aceitaram a eleição do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) como novo Presidente da Comissão.
Na reunião foram discutidos e aprovados requerimentos para realização de audiências públicas sobre diversos assuntos, entre eles um convite ao Secretário de Segurança Pública do Acre, Ildor Reni Graebner e ao delegado Nilton Boscaro para explicarem melhor sobre as denúncias de maus-tratos e abuso sexual que possivelmente acontecem no Sistema Prisional do próprio Estado.
Logo no início da reunião houve um desentendimento da vice-líder do PT, deputada Erika Kokay, do Distrito Federal e do deputado Nilmário Miranda (PT-MG) que questionaram o quórum para abertura dos trabalhos e para votação das pautas. O presidente Feliciano ignorou o pedido e continuou os trabalhos sem a verificação.
Com um discurso firme e de acordo com a regência da Câmara, o deputado Mário Heringer (PDT-MG) questionou a condução dos trabalhos da Comissão. “Ele (Marco Feliciano) atropelou o regimento, começou sem quórum, suspendeu a leitura da ata da reunião anterior”, afirmou. O deputado explicou que o presidente Feliciano não está sabendo a forma correta de levar a Comissão de Direitos Humanos. “Marco Feliciano começou sem quórum e começou na hora que ele disse que tinha quórum. Esse não é o modo correto de conduzir os trabalhos”, reafirmou Heringer.
O deputado Mário Heringer (PDT-MG) foi Presidente da Comissão de Direitos Humanos em 2004 e tem experiência na área. Em uma de suas falas deixou bem claro: não quer discutir religião, quer discutir direitos humanos. Fazendo uma analogia a religião que o deputado Marco Feliciano defende. Heringer também quer que esta última reunião seja anulada.