Café gera emprego, cidadania e dignidade

Café gera emprego, cidadania e dignidade

O deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG) defende medidas para socorrer produtores de café que amargam crise com grandes prejuízos. Ao participar de audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o presidente do PDT de Minas alertou que o café de montanha, produzido por grande demanda de mão de obra, tem baixa possibilidade de mecanização. Com isso, o custo é mais alto. Sem um preço mínimo compatível com o custo, os prejuízos também são altos. O parlamentar citou a Zona da Mata como região onde o café de montanha é produzido.

Filho de Manhumirim, na Zona da Mata, o segundo-secretário da Câmara dos Deputados também lembrou que sua “região não vive do café, mas só vive do café”. Em discurso na audiência pública, ele ainda citou municípios como Manhuaçu, Martins Soares, Durandé, Espera Feliz, Reduto, Lajinha, Chalé, Conceição de Ipanema, Carangola.

“Avançamos um pouquinho e recuamos um pouquinho e está chegando o momento de termos uma opção séria pela questão do café. Espero que nossa discussão aqui nessa audiência chegue no Palácio (do Planalto) e na Esplanada dos Ministérios. O retorno do café não é só financeiro, é social. O café dá trabalho, emprego, dignidade e cidadania”, defendeu Dr. Mário.

A realidade da Zona da Mata é de dependência do café, pois é a principal atividade econômica. O perfil da região é de pequenos produtores que atualmente produzem pouco café e tem altas dívidas que precisam ser refinanciadas. Eles também precisam de crédito para enfrentar a crise.

Dr. Mário ainda ressaltou ser necessário um esforço conjunto dos parlamentares para fazer ecoar a necessidade de socorro para o setor cafeeiro, com discursos frequentes na Câmara dos Deputados. “É preciso buscar deputados para representar suas regiões, mobilizar o tempo todo. É preciso fazer uma pressão política legítima, sem constrangimentos, mas que resulte em ações concretas”.

“Quando o café fracassa, as pessoas não vão sobreviver. E aí o que acontece é uma migração em direção à esperança, abandono de pequenas cidades e busca de sonho na periferia de grandes cidades. O pobre vira carne moída para alimentar essa sociedade violenta. O Brasil é um país solidário e precisamos pensar que não se resolve o problema da violência só colocando arma nas mãos das pessoas. É preciso dar dignidade e cidadania para as pessoas que vivem em pequenas cidades”, assinalou Dr. Mário.

A luta do parlamentar para apoiar o setor cafeeiro é antiga. Desde 2003, quando exerceu seu primeiro mandato como deputado federal, Dr. Mário articula medidas para proteger o café e seus produtores. Uma série de medidas em prol dos cafeicultores foram definidas, em acordo envolvendo entidades do setor e poder público. As ações, entretanto, não saíram do papel.

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