Dr. Mário Heringer analisa visita de Bolsonaro aos EUA

Dr. Mário Heringer analisa visita de Bolsonaro aos EUA

O deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG) fez um balanço da visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. O parlamentar lamenta que as relações internacionais do Brasil estejam evoluindo de forma negativa.

“Me incomoda muito quando o Brasil se coloca numa posição de subserviência”
“Nós fomos pra lá na posição do menino medroso que quer ficar perto do cara forte”

“É natural e compreensível que o novo governo faça as opções pelas suas relações internacionais da maneira que queira, entretanto, da maneira que nós fizemos e que o nosso Presidente Bolsonaro fez com relação aos Estados Unidos me pareceu um negócio muito ruim”, ponderou o segundo-secretário da Câmara dos Deputados.

Dr. Mário considera que o ministro da Economia, Paulo Guedes, inventou o “saci ideológico”. Esclarece o parlamentar: “é o saci que pula na perna esquerda e o saci que pula na perna direita. Então, quer dizer, a gente muda de posição ideológica e se torna subserviente. É complicado eu entender isso como normal”, pontua.

Dr. Mário também ressalta que o Brasil não se coloca em posição de igual para igual. “Nós fomos pra lá na posição do menino medroso que quer ficar perto do cara forte, para proteger. Nós fomos buscar um espaço na o OCDE. OCDE é um conjunto de países que são desenvolvidos. Entrar para OCDE sem ser desenvolvido e abrindo mão das prerrogativas que a gente tem no Organização Mundial do Comércio é quase que entrar pelas portas dos fundos e ser tratado como um companheiro lá dentro. Mas a entrada não representa para gente um ganho, representa pra gente uma troca. Eu não vi uma grande vantagem nesse tipo de coisa”.

Na avaliação do deputado, o Brasil tem que conduzir a política internacional sem comprometer a soberania nacional. Ele cita a liberação de visto para estrangeiros sem que haja qualquer medida para facilitar a entrada de brasileiros nos Estados Unidos, por exemplo.

“Me incomoda muito quando o Brasil se coloca numa posição de subserviência com relação, inclusive, aos vistos dos passaportes. Nós, agora, vamos ceder os vistos aos americanos. Ah tudo bem que o turismo aumenta, o americano vem. Peraí, e a reciprocidade? Eles querem fazer um muro para impedir que o estrangeiro chegue ao país deles. E entre estrangeiro nós sabemos que muitos são brasileiros, que vão para os Estados Unidos e entram pela fronteira do México. E para eles a porta aberta?”

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