Category: Frente Parlamentar da Saúde

Breve histórico sobre a FPS e suas conquistas

 O Deputado Mário Heringer, médico por profissão, é membro da Frente Parlamentar de Saúde – FPS desde 2004.
FRENTE PARLAMENTAR DA SAÚDE – FPS
Entidade civil sem fins lucrativos de natureza política não ideológica e suprapartidária com atuação na Câmara dos Deputados. O objetivo principal da Frente Parlamentar da Saúde é o de trabalhar, solidária e coordenadamente, para transformar em realidade viva e concreta do povo brasileiro os princípios doutrinários e constitucionais que entendem a SAÚDE como o bem mais precioso da vida, direito social inalienável e responsabilidade maior do Estado. Conta atualmente com a adesão de 240 deputados e 23 senadores.
 
HISTÓRICO
A Frente Parlamentar da Saúde – FPS  foi fundada em 10 de março de 1993, com a participação, entre outros, do Excelentíssimo Senhor Deputado Inocêncio Oliveira, ex-presidente da Câmara dos Deputados, do ex-ministro da Saúde, Dr. Jamil Haddad e do Deputado Chafic Farhat, idealizador e primeiro presidente deste movimento que tomou expressivo vulto, não só no âmbito do Congresso Nacional, mas também em outras unidades da Federação.
Após um breve período paralisada, no dia 29 de abril de 2003 foi reinstalada a Frente Parlamentar da Saúde-FPS, conclamando todos os parlamentares e entidades representativas do setor a fortalecerem os objetivos e princípios em prol de saúde com qualidade para o cidadão brasileiro.
 
CAMPANHAS
 
REGULAMENTAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 29
Esta é uma das maiores bandeiras lideradas pela Frente Parlamentar da Saúde. Em sua defesa, a FPS mobiliza deputados, senadores e entidades da sociedade civil vinculadas ao setor. O descumprimento da EC 29 por parte da União e da maioria dos Estados só acontece devido à falta de regulamentação do dispositivo constitucional. A FPS tem enfrentado a resistência do Governo e trabalha incessantemente pela aprovação do PL 001/2002, que define regras e punições aos gestores em caso de descumprimento da EC 29. A meta da FPS é aprovar a regulamentação ainda em 2005.
 
ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO/2004
Apesar da recomendação expressa do TCU e do empenho permanente da Frente Parlamentar da Saúde para a preservação dos recursos orçamentários destinados a área de saúde, verificam-se desvios da ordem de R$ 5 bilhões, na execução orçamentária de 2003 e 2004, bem como no  orçamento proposto para o exercício de 2005 . Buscando resgatar estes recursos, a FPS promoveu gestões junto ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas da União. Vários trabalhos técnicos já foram encaminhados a esses Órgãos que, em face de suas prerrogativas legais, vem acompanhando a execução  das correções cabíveis, na estrita obediência das normas aplicáveis a matéria.
Vale destacar, no exercício de 2005, a alocação de recursos do SUS para atender ao Programa de Farmácias Populares, à Agência Nacional de Saúde Suplementar, e ao Programa Fome Zero que extrapolam o conceito de ações e serviços públicos de saúde.
 
CBHPM
Há mais de um ano a FPS vem lutando pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos da Associação Médica Brasileira. São parceiros de primeira hora nesta mobilização o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Nacional do Médicos (Fenam), entre outros. O PL 3466 já está com regime de urgência aprovado e aguarda-se sua votação ainda no primeiro semestre de 2005. É o projeto que resgata a dignidade de  médicos e usuários e uma das prioridades absolutas da Frente Parlamentar da Saúde.
 
ISENÇÃO DO ISS PARA COOPERATIVAS E OPERADORAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Outra reivindicação da FPS. A bitributação é injusta para com a categoria e vários gestores já reconheceram o pleito das cooperativas médicas. A FPS apoia o projeto que corrigirá esta distorção fiscal.
 
LEI DA BIOSSEGURANÇA
Em reunião realizada no dia da votação do Projeto de Lei da Biossegurança a FPS realizou uma discussão e mobilização de seus integrantes e aprovou moção de apoio ao Projeto.
 
REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS DE MÉDICOS FORMADOS NO EXTERIOR
A validação sem critérios dos diplomas de médicos formados em Cuba e em outros países, que estava sendo imposta pelo Governo Federal, foi prontamente rechaçada pela FPS que promoveu audiência pública na Câmara dos Deputados onde deixou claro ao Governo que a proposta não passaria pelo crivo do Congresso Nacional. O Governo recuou e abriu a discussão.
 
REAJUSTE DA TABELA DO SUS
Ao contrário do que se afirma em algumas áreas do Governo, a saúde no Brasil recebe per capita um dos menores valores entre os países da América Latina ficando abaixo de Bolívia, Chile, Argentina e até Trinidad Tobago. Desde sua rearticulação a Frente vem mobilizando hospitais e a sociedade por um maior índice de reajuste para atender ao SUS. A defasagem é responsável pela crise no setor que penaliza a população brasileira. Nas representações junto ao Tribunal de Contas e à Procuradoria Geral da República, a FPS mostra que o Governo reajusta os valores com base em índices inferiores aos que reconhece de inflação.  
 
EVENTOS DE 2005
 
Seminário Nacional de Medicamentos – março /2005
“Muito se fala em preço de remédio, mas pouco se discute as causas da notória dificuldade do brasileiro em obter os medicamentos de que necessita para prevenir doenças e cuidar da saúde.” Com o objetivo de debater o  acesso da população  aos medicamentos, a Frente Parlamentar da Saúde, em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a Associação Médica Brasileira, o Conselho Federal de Medicina e a Federação  Brasileira da Indústria Farmacêutica realizou, em São Paulo, um Seminário sobre a Política Nacional de Medicamentos, cuja programação envolveu quatro grandes temas: aspectos regulatórios, propriedade intelectual e inovação, política industrial e política de acesso a medicamentos. Durante o encontro, especialistas e profissionais da saúde, integrantes do governo, professores universitários, entidades de defesa do consumidor, cientistas , médicos, economistas, parlamentares e representantes da iniciativa privada discutiram os principais aspectos da questão, buscando orientar sugestões para encaminhamento da matéria em pauta. 
 
 
Simpósio Política Nacional de Saúde – junho/2005.
“SUS – o presente e o futuro: avaliação do seu processo de construção”. A intenção da FPS é promover um amplo debate em torno de questões essenciais no contexto da Seguridade Social e do SUS, pactuadas e consagradas na Constituição como política publica de Estado e não de Governo, assim como os acertos e desvios, constatados nos 16 anos de vigência desta política. Em parceria com a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados e a Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal com o apoio de entidades e instituições  da área de saúde, foi concebido este Simpósio que terá três temas centrais   de referência: 1) Os rumos do Estado Brasileiro e o SUS: A Seguridade Social como Política Pública da Sociedade e Estado; 2) Os rumos do Estado Brasileiro e o SUS: a Gestão, a Regulação e a Responsabilidade Sanitária; 3) Os rumos do Estado Brasileiro e o SUS: financiamento e recursos humanos. Conquistas, desafios e dilemas.
 
Seminário Reforma da  Educação Superior – agosto 2005
A Frente Parlamentar da Saúde, está propondo a realização do Seminário com o objetivo de promover um  debate sobre a Reforma da Educação Superior, visando avaliar o novo contexto que se desenha, em especial nos segmentos voltados para a área de saúde.
 
Seminário “Olhar social sobre o gasto público” – setembro 2005
Em parceira com  a Confederação Nacional dos Municípios(CNM) e a co-participaçao de entidades  do setor, propõe-se realizar um evento que possibilite uma análise e avaliação do orçamento público disponível para as áreas de educação e saúde: suas limitações, restrições e perdas. Para tanto, serão realizados seminários regionais para debates e levantamento de propostas dos municípios a partir de junho, coordenados pela CNM,  culminando com este Seminário Síntese, que consolidará o encaminhamento de pauta de reivindicações por parte da FPS e da CNM e demais entidades parceiras, bem como, uma avaliação do aplicação dos recursos públicos na área de saúde .
 
Comissão Geral de Plenário: Regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 – outubro 2005
Também em parceria com  a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), será realizada uma Comissão Geral de Plenário. Será feita  uma grande mobilização em prol da regulamentação da EC29, com a participação ativa dos prefeitos filiados à CNM ( hoje com cerca de 3 mil filiados),  e de entidades ligadas ao setor saúde.
 
DIRETORIA 2007/2009

Secretário Geral:

Deputado Mário Heringer  (PDT)

Ministro Temporão garante que saúde receberá mais recursos

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizou audiência pública, nesta quarta-feira (12), para debater o financiamento da Saúde, com destaque para a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que aguarda votação no Plenário da Casa. Na condição de convidado principal, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, revelou que na próxima semana o Governo deve definir uma proposta de regulamentação.

O Projeto de Lei Complementar 001/2003, que já foi aprovado pelas Comissões Técnicas da Câmara, além de estabelecer o que são ações específicas de saúde e evitar desvios de recursos do setor, prevê a correção do orçamento da saúde em 10% das receitas correntes brutas, sistemática não aceita pela equipe econômica.

Segundo informou José Gomes Temporão, em resposta ao presidente da Frente Parlamentar da Saúde, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos autores do convite ao Ministro, a tendência é de que seja mantida a correção pelo Produto Interno Bruto (PIB) Nominal, “com um plus a mais”. Temporão disse que estão sendo analisadas algumas alternativas, que envolvem percentuais de recursos adicionais para a saúde, uma parcela fixa de recursos para ser agregada ao piso – já se fala em R$ 2 bilhões, ou políticas de reestruturação das tabelas do Sistema Único de Saúde e dos hospitais filantrópicos que prestam serviço ao SUS e que passam por sérias dificuldades em todo o País.

Sobre a liberação emergencial de R$ 2 bilhões para conter a crise da saúde, Temporão garantiu que os recursos existem e serão liberados. “Estamos primeiro fazendo as simulações das liberações”, disse. Desse total, informou Temporão, R$ 800 milhões vão para a correção das tabelas do SUS em procedimentos de média e alta complexidade, e R$ 400 milhões para elevar o teto de gastos dos Estados em saúde. “Pela primeira vez estão sendo liberados recursos acima do teto previsto pela Emenda Constitucional 29. E esse dinheiro vai causar um impacto de R$ 4,1 bilhões no orçamento do ano que vem”, admitiu. Para tranqüilizar o deputado Darcísio Perondi, Temporão afirmou que a tabela de média e alta complexidade terá um reajuste equivalente a 23% em 2008.

Perondi, no entanto, reafirmou que os R$ 2 bilhões só vão servir para “conter a hemorragia. Não vão curar o paciente”. Segundo Perondi, a saída definitiva é a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que vai acabar com os desvios de recursos da saúde e garantir mais dinheiro para o setor a partir do ano que vem. “O Governo precisa definir logo sua proposta, pois a saúde não pode esperar. Temos que votar essa regulamentação ainda este mês”, cobrou Perondi, que não aceita a votação do PLP 001/2003 depois da prorrogação da CPMF (Contribuição Sobre Movimentação Financeira).

Frente Parlamentar da Saúde faz passeata para colocar Emenda em pauta

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A Frente Parlamentar da Saúde realiza na Praça dos Três Poderes, em Brasília, uma passeata em defesa da regularização da Emenda Constitucional nº 29, que direciona recursos financeiros ao Sistema Único de Saúde. O evento reunirá parlamentares, membros das agências de saúde, conselheiros municipais de saúde e usuários do SUS.
Segundo o deputado Mário Heringer, membro da Frente, o objetivo é chamar a atenção do Presidente da Casa, Arlindo Chinaglia, para a importância de se colocar na pauta de votação a referida Emenda. “Queremos a regulamentação da Emenda nº 29, que vai fixar os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela União, Estados e Municípios. Solicitamos também R$ 22,5 milhões a mais de recursos no SUS, que necessita urgentemente de investimentos”, declara.
Os manifestantes participarão de uma procissão com velas acesas em frente à rampa do Congresso Nacional, de onde, em silêncio, farão uma caminhada até a Praça dos Três Poderes.

Comissão debate trabalho doméstico no Brasil

“No nosso país, o trabalhador doméstico é tratado como um serviçal no tempo da escravatura. Temos de dar um basta nesta situação tão vergonhosa e que fere totalmente os direitos humanos”
Mário Heringer

Em comemoração ao Dia Nacional da Empregada Doméstica (dia 27/04), a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, realizou reunião ordinária com audiência pública para discutir sobre a precariedade do trabalho doméstico no Brasil.

A reunião foi realizada no dias 26 e 27 de abril com a participação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho Lélio Bentes Corrêa, da Dra. Eliane Araque do Santos – Procuradora Geral do Trabalho, do Sr. Renato Mendes – Pesquisador da Organização Internacional do Trabalho-OIT, da presidente da Federação das Trabalhadoras Domésticas, Creusa Maria de Oliveira e da Sra. Cleusa Aparecida da Silva – Representante da Articulação Brasileira de Mulheres Negras.

O deputado Mário Heringer, do PDT/MG, membro da CDHM, disse ser necessário que a lei e a política andem juntas a favor dos trabalhadores menos favorecidos. Segundo o deputado, esse é um trabalho como qualquer outro, que deve ter seus direitos respeitados. “No nosso país, o trabalhador doméstico é tratado como um serviçal no tempo da escravatura. Temos de dar um basta nesta situação tão vergonhosa e que fere totalmente os direitos humanos”, conclui.

No Brasil, os trabalhadores domésticos não têm direito a horas extras, podem ter apenas 20 dias de férias e os patrões só recolhem o FGTS se quiserem. Pela pesquisa do IBGE, 18% dos brasileiros prestam esse tipo de serviço. Desse total, 90% são mulheres e apenas um terço tem carteira assinada. A pesquisa mostra também que o país tem também 1,5 milhão de crianças e jovens trabalhando em casas de famílias. A maior parte está nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Frente Parlamentar cobra aplicação de recursos da CPMF na Saúde

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“O importante da aplicação da CPMF na Saúde é que a contribuição tem um fluxo constante: todo dia entram recursos. Por isso não queremos que se desvincule o 0,20%.”
Mário Heringer
A Frente Parlamentar da Saúde reúne 240 deputados e 23 senadores. Na próxima reunião serão discutidas a regulamentação da Emenda Constitucional 29 e a Política Nacional de Medicamentos.

Os membros da Frente Parlamentar da Saúde, dentre eles o Deputado Mário Heringer, defendem a efetiva aplicação dos recursos da CPMF na área de Saúde e pedem que União, estados e municípios cumpram corretamente a lei da CPMF e a Emenda Constitucional 29, que fixam os recursos que devem ser destinados para a área.

A intenção dos deputados da Frente é evitar que o Poder Executivo desvie a verba da Saúde para outros setores, como saneamento e combate à fome. Do índice de 0,38% arrecadado pela contribuição, 0,20% destina-se à Saúde; 0,10% à Previdência Social; e 0,08% ao Fundo Nacional Contra a Pobreza.

De acordo com o Presidente da Frente, neste ano, mais de R$ 37 bilhões devem ser investidos no setor e a CPMF representa uma arrecadação de R$ 24 bilhões, aproximadamente. As demais fontes do orçamento da Saúde vêm da Contribuição sobre o Lucro Líquido e da Contribuição sobre o Finsocial (Cofins).

Mário Heringer e os deputados da Frente argumentam que esses recursos ainda são insuficientes, quando comparados aos de outros países em desenvolvimento. “Com todos esses valores aplicados corretamente, o País vai chegar em torno de 125 dólares (R$ 325) per capita por ano, menos do que Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Colômbia. Mas já é um avanço razoável”, compara.

Diretoria 2003/2005 e suas metas para 2004/2005



Diretoria 2003/2005

Presidente:
1º Vice:
2º Vice:
3º Vice:
Secretário Geral:
Secretário Adjunto:
Tesoureiro:
Tesoureiro Adjunto:
Consultor Jurídico:
Deputado Rafael Guerra (PSDB) – MG
Deputado Henrique Fontana (PT) – RS
Senador João Bosco Papaleo (PMDB) – AP
Deputado Paulo Lima (PMDB) – SP
Deputado Dr. Francisco (PTB) – MG
Deputado Dr. Ribamar Alves (PSB) – MA
Deputado Mário Heringer (PDT) – MG
Senador Augusto Botelho (PDT) – RR
Deputado Carlos Mota (PL) – MG

Conselho Consultivo: (Coordenadores das Bancadas)

Deputado Roberto Gouveia (PT/SP)
Senador Marco Maciel (PFL/PE)
Deputado Dr. Pinotti (PMDB/SP)
Deputado Sebastião Madeira (PSDB/MA)
Deputado Dr. Benedito Dias (PP/AP)
Deputado Fernando Gonçalves (PTB/RJ)
Deputado Geraldo Resende (PPS/MS)
Deputado José Santana de Vasconcelos (PL/MG)
Deputado Dr. Rodolfo Pereira (PDT/RR)
Deputado Dr. Evilásio (PSB/SP)
Deputado Jamil Murad (PcdoB/SP)
Deputado Amauri Robledo Gasques (PRONA/SP)

Conselho Fiscal (Titulares)

Senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG)
Senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE)
Deputado Adelor Vieira (PMDB/SC)

Conselho Fiscal (Suplente)

Deputada Almerinda de Carvalho (PMDB/RJ)
Deputado Athos Avelino Pereira (PPS/MG)
Deputado Carlos Humberto Manato (PDT/ES)

Metas para 2004/2005

1) Regulamentação da Emenda Constitucional nº 29
2) Resgate de R$ 600 milhões do Orçamento de 2003 não empregados de acordo com a EC-29
3) Campanha pelo Reajuste da Tabela do SUS
4) Participação na campanha “Pequenos Olhares” do Conselho Federal de Oftalmologia que oferece exames de vista gratuitos às crianças carentes
5) Apoio à luta dos Auditores do SUS pelo reconhecimento da importância de seu trabalho e por melhores condições para exercê-lo
6) Regulamentação da abertura de novas faculdades na área de saúde de forma a garantir a qualidade na formação de seus profissionais
7) Apoio ao movimento pela criação da Ordem dos Médicos do Brasil
8) Lutar pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos – CBHPM

Enfim, a Frente Parlamentar da Saúde tem trabalhado, incessantemente, para ajudar o Governo, a corrigir visões equivocadas na área da saúde e garantir um sistema de saúde universal e equânime a todos os cidadãos brasileiros.

Frente Parlamentar da Saúde apóia reajuste da tabela do SUS

Mário Heringer na Frente da Saúde. Auditório atento ao discurso.
A Frente Parlamentar da Saúde realizou reunião nesta terça-feira, dia 15 de junho, no Auditório Nereu Ramos, no anexo II da Câmara dos Deputados, com entidades nacionais representativas da classe médica e dos hospitais para debater a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) – uma tabela de honorários médicos sugerida pela Associação Médica Brasileira, suas Sociedades de Especialidade e pelo Conselho Federal de Medicina. Também será debatido o reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como um dos coordenadores da Frente, o deputado Mário Heringer, explica que os deputados estão unidos pela dignidade do setor da saúde e pela qualidade dos serviços prestados. “Não podemos ficar sujeitos ao poder econômico, às pressões e reajustes insuficientes tanto na tabela da saúde suplementar quanto na tabela do SUS. Precisamos ter uma saúde de primeira qualidade porque não temos cidadãos de primeira ou segunda qualidade”.

Estiveram presentes mais de 300 profissionais convocados pela Confederação Nacional da Saúde (CNS), Associação Médica Brasileira (AMB), Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos.

Mobilização em Brasília: Queixas médicas ecoam no Legislativo

Lideranças médicas e políticas celebram a aliança pela aprovação do PLS nº 3.466/04

Na terça feira, 15 de junho, as queixas da classe médica em relação à necessidade da implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) ecoaram em Brasília, nos corredores da Câmara dos Deputados.

O ponto mais alto desta mobilização da classe médica teve como palco o Auditório Nereu Ramos, situado no Anexo II da Câmara dos Deputados, em evento que contou com a presença de líderes de todos os partidos políticos, do presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), de membros da Frente Parlamentar da Saúde e de cerca de 700 médicos vindos de todos os estados brasileiros para levar sua voz e reinvindicação aos representantes do povo.

“Penso que a Câmara dos Deputados seja o local apropriado para que a discussão das relações de trabalho entre médicos e operadoras sejam definidas de maneira mais clara, uma vez que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem se mostrado omissa e alheia às demandas dos médicos. Também apoiarei a tramitação em caráter de urgência da matéria”, enfatizou o deputado Mário Heringer (PDT-MG).

Entidades médicas exigem um posionamento do executivo
Na manhã do dia 15 de junho o Ministro da Saúde, Humberto Costa e o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Fausto Pereira dos Santos, e os representantes das entidades médicas nacionais reuniram-se para tratar da situação do setor de saúde suplementar e o impasse entre operadoras, médicos e usuários de planos de saúde em relação à implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPN).

O presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, foi enfático ao expor o problema. ” À cerca de 10 anos, os médicos não recebem reajuste algum das empresas intermediadoras de saúde, que, por sua vez, seguem impingindo pesados aumentos aos pacientes. Só nos últimos sete anos, os planos subiram 248%, sem contar a recente majoração de 11,75% autorizada pela ANS.

O Deputado Federal Mário Heringer classificou: “A mobilização da classe médica associada aos órgãos representativos de prestadoresa hospitalares criou a demanda necessária para despertar a vontade política. A aprovação do PLS nº 3.466/2004, que estabelece a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos é luta que se avizinha. Devemos nos manter mobilizados porque nossos adversários já estão. O passo fundamental foi dado: União!”

Histórico e Campanhas Vitoriosas da Frente Parlamentar de Saúde



Frente Parlamentar da Saúde – FPS
Entidade civil sem fins lucrativos de natureza política não ideológica e suprapartidária com atuação na Câmara dos Deputados. O objetivo principal da Frente Parlamentar da Saúde é o de trabalhar, solidária e coordenadamente, para transformar em realidade viva e concreta do povo brasileiro os princípios doutrinários e constitucionais que entendem a SAÚDE como o bem mais precioso da vida, direito social inalienável e responsabilidade maior do Estado. Conta atualmente com a adesão de 237 deputados e 23 senadores.

Histórico
A Frente Parlamentar da Saúde – FPS foi fundada em 10 de março de 1993, com a participação, entre outros, do Excelentíssimo Senhor Deputado Inocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados, do Senhor Ministro da Saúde, Dr. Jamil Haddad e do Deputado Chafic Farhat, Coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, idealizador e primeiro coordenador deste movimento que tomou expressivo vulto, não só no âmbito do Congresso Nacional, mas também em outras unidades da Federação.
Após um breve período paralisada, no dia 29 de abril de 2003 foi reinstalada a Frente Parlamentar da Saúde- FPS, conclamando todos os parlamentares e entidades representativas do setor a fortalecerem os objetivos e princípios em prol da saúde com qualidade para o cidadão brasileiro.

Campanhas vitoriosas em 2003
1) Desvinculação de Receitas Estaduais (DRE) e municipais (DRM). Encaminhada ao Congresso pelo Governo Federal, a medida constava da Reforma Tributária. Foi rechaçada de imediato pela FPS e retirada da proposta aprovada. Tal desvinculção teria provocado uma perda estimada em R$ 12 bilhões nos recursos da saúde.

2) Desvinculação da CPMF Criada para financiar a saúde, a CPMF hoje destina apenas 0,20% da arrecadação para o setor. Ainda assim, no projeto da Reforma Tributária, o Governo propôs desvincular também este percentual. A FPS novamente enfrentou o Governo sustentando o argumento definitivo que garante ser este pequeno percentual que viabiliza o fluxo constante de caixa e alimenta o SUS.

3) Emenda Constitucional nº 29 Esta foi uma da maiores lutas empreendidas por uma entidade suprapartidária ocorrida no Congresso Nacional, em 2003. A FPS mobilizou deputados, senadores e entidades da sociedade civil a lutarem pelo cumprimento da Emenda Constitucional nº 29, que vincula os recursos da saúde ao PIB. No Orçamento enviado pelo Governo estavam sendo retirados do setor da saúde cerca de R$ 4 bilhões para utilização em programas correlatos e assistencialistas. A FPS mobilizou seus integrantes e as entidades representativas do setor e promoveu uma das manifestações de maior repercussão do Congresso Nacional, o “Jalecaço”. Mais de 150 parlamentares vestiram-se de médico e ocuparam o plenário da Câmara dos Deputados em ato amplamente divulgado pela mídia. Alertado por suas lideranças, o Governo recuou e cumpriu a Constituição no que se refere ao orçamento do Ministério da Saúde.

4) Orçamento Geral da União/2004. Ainda no Orçamento para 2004, o Governo havia destinado cerca de R$ 2,3 bilhão como reserva de contingência para uso a critério exclusivo do Ministro da Saúde. A FPS identificou o absurdo e, na Comissão Mista do Orçamento, apresentou emenda que redistribuiu, per capita, os recursos aos Estados.

5) Peritos médicos do INSS. A Frente Parlamentar da Saúde teve atuação decisiva na luta empreendida pelos peritos médicos do INSS pela aprovação do Plano de Cargos e Salários da categoria quando, junto com a Comissão de Negociação formada pelos profissionais, esteve com o Ministro da Previdência manifestando apoio à causa dos peritos e na elaboração do relatório final do projeto do Plano de Cargos e Salários elaborado por um de seus filiados.

6) Estratégia Global para uma alimentação saudável – Organização Mundial da Saúde (OMS). A FPS posicionou-se perante o Governo favoravelmente à campanha da Organização Mundial da Saúde- OMS sobre alimentação saudável e atividade física para prevenção da obesidade. Uma desarticulação entre os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores e interesses econômicos da área agrícola estava impedindo a participação brasileira na campanha de âmbito mundial. Procurada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a FPS apresentou solicitação ao Governo no sentido da importância da participação brasileira, em acordo com as entidades científicas nacionais e preocupada com os graves problemas causados pela obesidade.

7) Cofins: Outra grande vitória da Frente Parlamentar da Saúde aconteceu na luta pela manutenção da alíquota da Cofins do setor saúde em 3%. Desde outubro, quando enviou projeto aumentando a alíquota para 7,6%, o Governo enfrentou forte oposição da Frente e, já no Senado, mais uma vez recuou atendendo às reivindicações da saúde. Além de barrar o aumento, a FPS conseguiu também impedir a cobrança de imposto sobre a importação de insumos e equipamentos para o setor. Se aprovadas, tais medidas iriam impossibilitar a sobrevivência de inúmeros estabelecimentos de serviços de saúde e aumentar excessivamente os custos de exames para os usuários finais bem como os custos do setor e os preços dos medicamentos.

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