Categoria Frente Agronegócio Café

Medidas amenizam a crise do Café no Brasil

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Emenda de Mário Heringer está entre as saídas para aliviar endividamentos do setor
O Conselho Monetário Nacional regulamentou, no dia 17 de setembro,  várias medidas de apoio ao café. O deputado federal, Mário Heringer, do PDT-MG, defendeu e trabalhou, no Congresso Nacional, por este conjunto de medidas que tem como objetivo principal possibilitar a formação de estoques e o consequente equilíbrio na oferta e na demanda do produto.

Uma das medidas regulamentadas pelo Conselho é fruto da luta pessoal de Mário Heringer, que apresentou emenda parlamentar para a liberação de R$300 milhões para a retomada da linha de crédito para a renegociação de financiamentos atrelados à Cédula do Produto Rural (CPR). “O Conselho anunciou, inicialmente, a liberação de um terço do valor proposto. Mas já é uma vitória, considerando que isso permitirá aos produtores reduzirem suas dividas e seguirem produzindo”, avalia o parlamentar.

O deputado explica que devido a atraso para a liberação do Funcafé (linha de financiamento), que tem juros de 6,5%, os produtores acabaram recorrendo à CPR, cujos juros são de 22,30%, para pagar as dividas passadas. “O endividamento foi inevitável e a retomada da linha de crédito para a renegociação da CPR contribuirá para reduzir as  dividas contraídas pelos cafeeicultores.”

Pelas medidas do Conselho Monetário Nacional, serão disponibilizados R$ 100 milhões para a renegociação de financiamentos atrelados à Cédula do Produto Rural (CPR). A medida é válida para as CPR’s de 2008 prorrogadas para 2009 e as de 2009 vencidas até a data da aprovação da resolução pelo Conselho Monetário que trata do assunto. O financiamento, do Funcafé, terá prazo de quatro anos a juros de 6,75% ao ano.

Para o deputado Mário Heringer as medidas do Conselho amenizam a crise do café, mas é preciso ir além. “Falta a compra de 7 milhões de sacas para fazerem o estoque regulador, que foi prometida pelo Governo. E também é preciso definir o financiamento definitivo em vinte anos de toda divida consolidada, com a possibilidade de pagar 5% do valor total da divida em café. Tenham certeza que vamos seguir defendendo esta bandeira”, avisa.

Demais medidas do Conselho Monetário Nacional para o café:

·        Prorrogação por quatro anos dos financiamentos de custeio e colheita da safra 2008/2009, do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que irão vencer entre setembro de 2009 e março de 2010. Para ter acesso ao benefício, o produtor deve comprovar incapacidade de pagamento e efetuar, no mínimo 20% do valor do débito na data de vencimento da parcela contratada. As operações nessa situação totalizam R$ 860 milhões;

·        Criação de linha de crédito de R$ 100 milhões, com recursos do Funcafé, para cooperativas de crédito refinanciarem dívidas de cafeicultores que comprovarem incapacidade de pagamento. O financiamento será concedido com juros de 6,75% ao ano e os produtores terão quatro anos para quitar as parcelas. Cada cafeicultor poderá financiar até R$ 200 mil e a medida fixa o limite de R$ 10 milhões por cooperativa;

·        Redução da taxa de juros do Funcafé de 7,5% para 6,75% ao ano para todas as linhas de financiamento em curso e as novas operações. A medida valerá a partir de 1º de outubro de 2009;

·        Estabelecer como base de concessão dos financiamentos de estocagem, do Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e da Linha Especial de Crédito (LEC) o preço mínimo em vigor.         

Além destas medidas regulamentadas, no último dia 17 de setembro, pelo Conselho Monetário Nacional, o Ministério da Agricultura anunciou a aplicação de R$ 300 milhões para a aquisição de café.  Também foi autorizada a conversão, em sacas de café, da linha de financiamento de estocagem do Funcafé da safra 2008/2009. Neste caso, o cafeicultor poderá quitar suas parcelas com o produto e o valor da conversão também terá como base o preço mínimo vigente. As parcelas da linha de estocagem, que vencerão em 2009, 2010 e 2011, totalizam R$ 697 milhões.

No programa de aquisição, cada produtor poderá participar com até 1.000 sacas de 60 kg dos cafés arábica tipo 6, bebida dura para melhor; e tipo 7 bebidas dura, riada e rio. O café tipo 6, bebida dura para melhor, terá como base o preço mínimo vigente (R$ 261,69/saca) e os demais tipos terão deságios em relação ao preço mínimo. O tipo 7, bebida dura, terá preço de R$ 254,01/saca; o tipo 7, bebida riada, a R$ 240,16/saca; e o tipo 7, bebida rio, a R$ 213,16/saca. Os valores foram apurados pela Conab, que é responsável pela compra e estocagem do produto. Na realização da compra, o governo acrescentará aos preços mencionados o reembolso do INSS e da sacaria.

Stephanes: governo vai tirar 10 mi de sacas de café do mercado

07/08 – 13:58 – Agência Estado

Brasília, 7 – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou hoje que o governo vai tirar 10 milhões de sacas de café do mercado, neste ano e no próximo. Segundo ele, até agora o governo retirou 3 milhões de sacas do mercado (considerando as opções de venda que vencem a partir de novembro), o que significa que com as intervenções nos próximos meses serão retiradas mais 7 milhões de sacas.

A política vai demandar R$ 1 bilhão. Parte deste recurso, R$ 300 milhões, saíra do orçamento que está sendo negociado pela Agricultura com o Ministério da Fazenda.

A expectativa do ministro é que a política de apoio à cafeicultura seja anunciada na próxima semana. Stephanes conversou hoje com os repórteres setoristas no Ministério, para fazer um balanço dos assuntos pendentes, já que na próxima semana ele estará em férias.

Ainda sobre o café, o ministro fez mea-culpa e disse que foi um erro o governo não ter adotado uma política mais agressiva para evitar queda de preços no momento da colheita. “As opções de venda não foram suficientes. Vamos intervir agora para formar estoques”, disse Stephanes. Ele afirmou que a conclusão do governo é que há excesso de café no mercado, mas completou que a sinalização é de aumento de preços nos próximos meses.

O ministro também falou sobre a situação dos países compradores de café. Ele disse que, como os estoques estão elevados, os importadores evitam comprar do Brasil. Stephanes comentou ainda a decisão da Colômbia de vender café para o Brasil. Ele não mostrou inquietação sobre o tema. “Não temos nada contra. A Colômbia não tem grande quantidade de café para vender para o Brasil. Nós temos, na verdade, é que aprender um pouco com os colombianos”, disse Stephanes.

Mário Heringer fala sobre a crise na Cafeicultura no Brasil

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Mário Lúcio Heringer, deputado federal pelo PDT, nasceu em 1954 no município de Manhumirim, MG. Após concluir parte dos estudos em sua cidade natal mudou-se para Juiz de Fora, onde fez o curso de Medicina. Depois de formado resolveu se mudar para a cidade do Rio de Janeiro onde se especializou em ortopedia, se casou e durante mais de 20 anos trabalhou em diversos

hospitais na capital carioca. Em 2001 resolveu que era hora de ingressar na vida política. Elegeu-se deputado federal em 2002, e reelegeu-se no pleito de 2006. Nas duas disputas, foi o deputado federal mais bem votado em Minas Gerais pelo PDT.

Como foi tomar a decisão de largar a Medicina e optar pela carreira política?

Essa não é uma decisão simples, mas é uma decisão que a gente tem que tomar. Se a gente tentar fazer as duas coisas ao mesmo tempo, não faz bem nenhuma das duas. Eu tenho um compromisso comigo mesmo de dar o melhor de mim naquilo que eu estiver me dedicando. Eu tenho certeza absoluta que eu fui um bom médico e que posso voltar a ser quando um dia parar de me dedicar à política. E tenho certeza que estou fazendo tudo para continuar sendo um bom político, mantendo uma tradição do nosso Estado e do nosso País, de ter políticos voltados para os interesses maiores da população e não para as picuinhas.

Foi uma decisão repentina ou o senhor já sonhava com a vida política desde a adolescência ou juventude?

Eu acho que a gente nasce político e isso a gente percebe nas ações que realizamos durante a vida. Mas eu participei realmente da política quando eu estava na faculdade, através da política universitária, e depois disso fui pro Rio me dedicar à vida profissional. Mas a política nunca sai do sangue não, acredito. A gente só reacende esta chama dentro de nós. As pessoas que gostam mesmo de política, uma hora ou outra acabam assumindo isso.

Por duas vezes o senhor foi o Deputado Federal mais bem votado em Minas Gerais pelo PDT. Por que o senhor optou pelo PDT?

Eu sempre tive um comportamento socialista. Eu sempre gostei das teses do Trabalhismo. E quando eu fui para o Rio de Janeiro morar lá, foi exatamente quando se reiniciou a redemocratização, e nesse período eu convivi mais de perto com as teses trabalhistas, uma vez que ocorria a disputa pelas siglas entre a Ivete Vargas e Leonel Brizola. A gente trabalhou, ajudando amigos nossos na época a disputar as eleições. Então, a afinidade é pelas propostas, pela base política, pelo entendimento que a gente tem da maneira de governar. É por isso que eu sou pedetista.

Ao longo desse tempo, exercendo seu mandato na Câmara Federal, quais têm sido suas principais bandeiras políticas?

Eu procuro dizer que minhas bandeiras são e serão sempre as bandeiras do meu partido, mas principalmente as bandeiras dos homens de bem. Onde estiver a razão e o bem estar para a maioria da nossa comunidade, da nossa sociedade, eu estou nelas. Mas as bandeiras mais importantes pra nós, partidariamente, são a educação, o trabalho e o emprego, além da saúde.

Ultimamente o senhor ingressou numa luta em defesa dos produtores rurais, em especial da cafeicultura da nossa região. Como se deu esse processo?

Na verdade, há muitos anos a gente assiste essa luta dos cafeicultores da nossa região. Nós temos hoje aqui na nossa região a melhor distribuição fundiária, a melhor densidade demográfica rural, quer dizer, a região foi toda bem ocupada por pequenos e médios produtores e são estas pessoas que alimentam e que dão todo o dinamismo econômico da nossa região. Nossa região só funciona, e tem riqueza no comércio, tem riqueza na medicina e em outras atividades e serviços, porque existe o café. As pessoas têm uma tendência a dizer que o cafeicultor está chorando de barriga cheia. Não está não. A coisa está feia, os preços dos insumos são caros, o custo da mão de obra hoje afeta a produção, apesar de eu entender que o trabalhador mereça ser bem remunerado. E o mais importante: os grandes conglomerados econômicos estão ditando o preço do café e sufocando o produtor. Então, nessa condição, eu acho que nós tínhamos que mobilizar não só os produtores, mas todas as cadeias de trabalho que geram recursos em nossa região, em torno de uma luta para favorecer a cafeicultura. Então foi em torno disso que entrei nessa defesa. Eu acredito na cafeicultura como o maior e mais importante veículo econômico e social da nossa região. Eu vou continuar nessa luta, inclusive organizando na base do Governo uma espécie de bancada ruralista, para que nós possamos conseguir os intentos e realizar para nossa sociedade e nossa região o bem estar. Nós conseguimos a liberação de 300 milhões de reais para o refinanciamento da CPR, mas dentro do próprio Governo, dentro do próprio povo que está aí nas antigas da cafeicultura, houve o boicote, uma dificuldade dentro do Banco do Brasil, justamente para prejudicar, porque eles não querem ajudar.

Até agora a gente percebe apenas o envolvimento dos sindicatos dos produtores rurais de Lajinha, de Manhuaçu e de Manhumirim. Como o senhor vê a falta de participação dos movimentos organizados da nossa região?

Eu fico incomodado, porque eu fui lá em Varginha, participar de um encontro de cafeicultores e tinha 25 mil pessoas na rua. Eles conseguem se mobilizar, se defender. Só que lá, já é uma tradição, os movimentos são ligados a partidos políticos antagônicos ao Governo. Então o Governo hoje não facilitaria a vida deles, exatamente por isso. Nós precisamos nos organizar aqui. Temos que chamar os sindicatos de trabalhadores e de produtores rurais de toda a nossa região, para nos unirmos em torno dessa luta. Eu me proponho, inclusive, a organizar a partir do segundo semestre agora, um grande encontro na nossa região, de presidentes dos sindicatos dos trabalhadores e dos produtores rurais, para que possamos discutir e tentar fazer um trabalho conjunto e levar à Presidência da República, ao Ministério da Agricultura, a realidade dos fatos e a tentativa de resolver este problema.

O que mais vocês pretendem com esta luta?

Bem, nós temos que criar duas situações: acabar com essa eterna dívida. Não estamos pedindo anistia, mas condições para pagar a dívida com produtos que não sejam submetidos a taxas cambiais e a juros extorsivos. É por isso que a gente pede um prazo de 20 anos para o pagamento e pagamento com o próprio café. Com isso, a gente cria um estoque regulador dentro do Governo e se o Governo quiser regular a produção e manter um preço para que nós não tenhamos problemas no futuro, nós teríamos capacidade de gerar renda. Nós melhoramos a qualidade de café em nossa região e os preços continuam ruins. Então se nós conseguirmos este parcelamento da dívida em 20 anos, com o pagamento em produto e uma fixação hoje de 320 reais a saca do café, com certeza a gente dá um salto para resolver o problema da cafeicultura nacional.

O senhor também preside a Frente dos Vereadores, que tem a intenção de reorganizar as Câmaras Municipais em todo o Brasil, que tiveram o número de vagas reduzido em 2004. Como está este trabalho?

Este é um processo que julgo de maior importância. A representatividade popular e proporcional não pode ser lesada. O Tribunal Superior Eleitoral lesou e foi referendado pelo Supremo. Eles legislaram onde não deveriam legislar. Acho que nós temos que recuperar esta representatividade e, para isso, já estamos constituindo uma comissão especial e eu espero que, em breve, tenhamos essa votação e definição dessas posições. O Brasil não pode prescindir do Poder Legislativo e o Poder Legislativo não pode deixar que o Poder Judiciário interfira nas suas ações e nas suas funções. Nós precisamos que a sociedade acompanhe, veja quem está trabalhando e o que está fazendo. E a própria sociedade, e a imprensa têm responsabilidade nisso, separe o joio do trigo. A imprensa é o maior órgão que a gente tem hoje para o fortalecimento da democracia, e o interesse tanto da imprensa, quanto do Poder Legislativo tem que ser o povo brasileiro.

Deputado, hoje o Senado Federal vive um momento muito constrangedor e está com a imagem bastante arranhada, que acaba afetando toda a classe política. Qual a avaliação que o senhor faz dessa situação?

Ah, é bastante constrangedor para a gente, não é? Eu já imaginava que poderia ter muito mais coisas no Senado, como tem na Câmara, no Governo Federal, no Poder Judiciário. Eu acho que coisas boas existem em todos os lugares e coisas ruins também. Mas, no Senado, eu sempre achei que poderia ter mais coisas ruins, porque uma casa que tem 81 senadores ter um orçamento anual igual ao da Câmara dos Deputados, que tem 513 membros, significa que o Senado está gastando sete vezes mais que a Câmara. E todo mundo diz que a gente já gasta muito, você imagina no Senado! Então, eu imagino que lá deve ter muita distorção a ser corrigida. Isso nos incomoda, porque essas distorções não são da maioria não. São pequenos grupos privilegiados lá dentro que comandam, que nomeiam os diretores, que montam seus esquemas escusos e que tem que ser descobertos e punidos. Eu acho que tem que botar pra fora mesmo e consertar o mal feito.

Essa crítica aos parlamentares acaba tendo reflexos também na nossa região. O que o senhor tem a dizer a respeito dos comentários que visam atingir os deputados na nossa região?

Bem, eu estou chateado com uma reportagem que eu li, não vou dizer quem falou, mas estou acionando juridicamente um pré-candidato que já está particularmente trabalhando em nossa região, que disse uma frase que ele vai ter que dizer sobre quem se referia. Eu acho que um agente político quando emite qualquer tipo de opinião, tem responsabilidade por ela. Principalmente ele, que não é deputado, mas apenas um pré-candidato, segundo ele mesmo, não tem nem o direito de emitir opinião ainda. Como cidadão ele tem esse direito e como cidadão é que ele vai responder quem são os deputados que ele afirma que envergonham a nossa região, porque eu estou muito à vontade: eu não envergonho a minha região, nem meu Estado, nem meu País, e muito menos a minha família. Ele vai ter que responder em juízo porque este tipo de ação eu não vou admitir.

Ano que vem é um ano de eleições. Como estão as articulações políticas em nossa região?

Por enquanto estamos todos trabalhando para nos organizar em torno das eleições 2010. Quando houver a decisão do governador Aécio Neves, se ele vai ser candidato ao Senado ou à Presidência da República, as peças vão se mexer no tabuleiro. E a gente espera estar participando dessas mexidas. O PDT quer estar participando da chapa majoritária em Minas Gerais. Mas, vamos ver o que vai acontecer. Em princípio, serei candidato a Deputado Federal nas próximas eleições.

Ministro Mantega reabre negociações na busca de solução para crise da cafeicultura

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu novo alento aos cafeicultores na tarde desta segunda-feira (29), ao telefonar para o presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles, e anunciar a abertura de uma discussão mais qualificada sobre a questão da perda de renda e do endividamento no setor cafeeiro.

O deputado Mário Heringer, que estava em Belo Horizonte, recebeu a notícia do ministro sobre a proposta para um novo entendimento sobre os principais pontos reivindicados pelos produtores e, nesta nova reunião a ser definida, o trabalho será em conjunto com o ministro Reinhold Stephanes, da Agricultura, para que haja mais agilidade e melhor nivelamento de informações entre o governo e as lideranças representativas dos cafeicultores, formada por dirigentes de cooperativas e sindicatos, por intermédio do CNC e CNA, e pelos deputados e senadores da Frente Parlamentar do Café.

Fonte: Site News Cafeicultura

SOS Café comparece a Audiência Pública com o Ministro da Agricultura

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Produtores de café de todo o país participaram de uma audiência pública em Brasília, para exigir respostas às reivindicações feitas durante o SOS cafeicultura, que aconteceu em Varginha, no mês de março. Segundo o deputado federal  Mário Heringer participante do evento,  o descaso com a cafeicultura é uma das causas do manifesto. “É um absurdo o Brasil produzir 40 milhões de sacas de café e a Colômbia apenas 12 milhões, mas ser cotado apenas o café da Colômbia na Bolsa de Nova Iorque… Esse é um dos motivos da audiência que a Frente Parlamentar do Agronegócio Café, do qual sou participante, pediu. Não tem governo olhando o café”. ESCUTE A FALA DO DEPUTADO MÁRIO HERIINGER NA SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SOBRE ESSE ASSUNTO images/stories/audios/faixa4.mp3

PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA PÚBLICA CONJUNTA DA COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO E DA COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

– HISTÓRICO:

O Movimento SOS Café iniciou na Câmara dos Deputados no dia 10 de dezembro de 2008 com uma Audiência Pública.

O Movimento foi referendado no interior do Brasil, em Minas Gerais, Estado que produz mais de 50% do café do Brasil, com o movimento SOS Marcha de Varginha, com a participação de mais de vinte e cinco mil pessoas e todo o comércio, a indústria e os prestadores de serviço das mais de duzentas cidades participantes, fechando suas portas em sinal de solidariedade e pela importância do café para seus negócios.

Estamos todos aqui, mais unidos… mais fortes… mais determinados a levarmos do Governo Federal a solução de nossos pleitos.

SOS… é um pedido de socorro… é uma emergência… é uma urgência… é um apelo desesperado…

Portanto, é preciso e é importante se ter a sensibilidade, a responsabilidade do desespero.

Ouvir a voz do povo…

– PLEITOS:

Continuam os mesmos…

1. TRANSPARENCIA: Auditoria nas dívidas dos devedores, com o objetivo de todos conhecerem a verdade, a realidade.

2. SOLUÇÕES PARA O ENDIVIDAMENTO:

2.1 Conversão do endividamento passado e presente – vencido e não vencido – de todas as fontes de recursos, transformadas em sacas de café – equivalência produto – por vinte anos, que é o tempo de exploração (vida útil de um plantio de café)., ao preço de R$ 320,00 por saca.

2.2 Conversão do endividamento passado e presente – vencido e não vencido – de todas as fontes de recursos, transformadas em CPRs (Cédula de Produto Rural), por vinte anos, que é o tempo de exploração (vida útil de um plantio de café), ao preço de R$ 320,00 por saca.

2.3 Troca do endividamento passado e presente- vencido e não vencido – de todas as fontes de recursos, pela erradicação dos pés de café. Sendo esta a única saída digna para o cafeicultor caso os subitens 2.1 ou 2.2 não possam ser aplicados.

3. Preço de conversão para equivalência de produto – trezentos e vinte reais por saca de café “tipo 6/7”.

4. Preço mínimo de garantia – trezentos reais a saca de café “Tipo 6/7”, até 120 defeitos.

5. Leilões de opções (já aprovado) de um bilhão de reais, revendo o preço das opções para R$320,00, tipo 6/7 até 120 defeitos, e o vencimento das opções a serem pagas até dezembro de 2009 (equivalente a três milhões de sacas de café).

6. Novo PEPRO – prêmio de vinte reais por saca – significando a liquidação das opções, se houver entrega de produto, a trezentos reais a saca de café (padrão tipo 6/7 ate 120 defeitos), significando preço de exercício de R$ 320,00 por saca.

7. Programa de capitalização das cooperativas e de seus associados.

8. Todos estes programas devem atingir todos os produtores de café sem exceção e suas cooperativas.

9. Inclusão da lavoura de café como fonte captadora de CO2

10. Não aprovação do novo Acordo Internacional do Café (MSC 277/2009). Aprovação somente após ampla discussão nas Comissões Temáticas do Congresso Nacional.

11. Nova gestão (governança) no CDPC/FUNCAFÉ, assunto de fundamental importância para o presente e futuro da cafeicultura.

Cafeicultores criam Associação Nacional

Fundada a Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais de Café e Leite – SINCAL

Visando a tão preconizada união, sindicatos e associações de produtores rurais do Brasil criaram o SINCAL – Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais de Café e Leite, entidade sem fins lucrativos que estará lutando em suas causas e para os demais 320.000 cafeicultores do país, que juntos geram cerca de 2 milhões de empregos diretos e cerca de 6 milhões indiretos.

O SINCAL foi lançado oficialmente na última quinta-feira, dia 18/06/09 , às 16 horas, em Três Pontas – M.G., na EXPOCAFÉ, que é um dos maiores eventos da cafeicultura, que é realizado anualmente pela UFLA – (Universidade Federal de Lavras) na Fazenda Experimental da Epamig, o lançamento aconteceu na presença de cerca de 4.000 mil pessoas, entre produtores, estudantes e fornecedores de máquinas e insumos.

Veja a CARTA DE PRINCÍPIOS do SINCAL, com o aceite de diversos SINDICATOS fundadores em

SOS Cafeicultura espera reunir 2 mil em Brasília, Mário Heringer confirma presença

Café

Os organizadores do movimento SOS Cafeicultura esperam reunir hoje, em Brasília, cerca de 2 mil pessoas para participar da audiência pública que irá discutir a crise do setor, reunindo as Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e a de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. O diretor do Sindicato Rural de Guapé, Armando Matielli, disse hoje que os primeiros ônibus com produtores já começaram a deixar os municípios do sul de Minas em direção à capital federal. A audiência está prevista para as 14h30.

De acordo com ele, o movimento pretende reunir deputados federais e representantes de Federações da Agricultura de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia, além de sindicalistas, cafeicultores e representantes de diversas cooperativas de produtores. As lideranças do setor irão cobrar as reivindicações feitas por meio da Carta de Varginha, elaborada após uma manifestação que reuniu milhares de produtores naquele município em março deste ano.

Entre os principais tópicos do documento estão a conversão de todas as dívidas financeiras da cafeicultura (Funcafé e demais fontes do Crédito Rural) em produto físico (saca de 60 kg de café) por um período de 20 anos, a um preço base de R$ 320,00 por saca para o café tipo 7; o pagamento seria feito pelo sistema equivalência-produto (em sacas de café) correspondente a 5% da dívida financeira total ao ano, sem juros, por 20 anos. Pedem ainda a revisão do preço mínimo para o café, atualmente em R$ 261,69 por saca. “Este valor é ridículo, porque está abaixo do custo de produção”, disse Matielli. Além disso, pretendem discutir o leilão das opções públicas de venda do produto.

Na semana passada, o Ministério da Agricultura anunciou o adiamento dos dois primeiros leilões de opções de venda de café, que iriam ocorrer na última sexta-feira (19) e na próxima quarta-feira (24). A medida atendeu o pedido dos próprios cafeicultores, que ficaram insatisfeitos com o tipo de café descrito na portaria interministerial da semana passada, que detalhou a operação, que previa a entrega do produto do tipo 6, com 86 defeitos, peneira 14 acima, com zero de vazamento. A classificação do café será mantida (tipo 6, com 86 defeitos), agora, porém, com peneira 13 acima, e até 10% de vazamento. Uma nova portaria do Ministério da Agricultura foi reeditada hoje no Diário Oficial da União com as alterações nas especificações do tipo de café a ser comercializado nos leilões de opções pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) .

O deputado Mário Heringer, membro da Frente Parlamentar do Agronegócio Café já confirmou presença.

Fonte: Cosmo Online

Cafeicultores com nariz de palhaço, em protesto ao descaso do governo federal

CaféO Movimento SOS Cafeicultura, mais uma vez, realiza manifesto em prol da cafeicultura nacional. E aproveita a Expocafé 2009, em Três Pontas, para promover a ação que tem como mote ´Cafeicultor torrado e moído. Uma palhaçada tão grande que parece até piada, mas não tem a menor graça´. Essa frase mostra a indignação e a revolta dos cafeicultores com a situação crítica em que se encontra o produto café.

Na abertura do evento, as presenças do Secretário de Agricultura de Minas Gerais, Gilman Rodrigues Viana; Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Políticas Urbanas, Dílson Mello; Presidente do Conselho Nacional do Café, Gilson Ximenes; deputado estadual e presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Câmara dos Deputados, Vanderlei Jangrossi; deputado estadual Antônio Carlos Arantes; bem como autoridades locais e da Universidade Federal de Lavras, organizadora da

Expocafé.

TUDO PRONTO PARA A EXPOCAFÉ 2009 que debate “Café com Responsabilidade Social”

A exemplo dos anos anteriores, os organizadores da EXPOCAFÉ 2009, anunciam com antecedência que vai começar a maior feira nacional do agronegócio café. O tema adotado este ano busca os debates e a atenção do produtor rural, cafeicultor, comunidade e administração para a responsabilidade social.

Durante os próximos dias 17, 18 e 19 de junho as atenções dos mercados cafeeiros nacional e internacional se voltam para a EXPOCAFÉ 2009, que propõe em sua 12ª edição, novidades nas dinâmicas de campo, demonstrativos de defensivos e produtos modernos para a lavoura do café. Conta com 250 estandes, plots e quiosques e espera um público de 45 mil visitantes nos três dias.

Essa tendência de crescimento da feira, que acontece na Fazenda Experimental da EPAMIG, na cidade mineira de Três Pontas, aponta para que sejam realizados negócios acima de R$ 250 milhões, contando com a importante parceria do SEBRAE/Minas que duplicou seu espaço para receber os interessados este ano.

A EXPOCAFÉ é a única feira de exposição do Agronegócio Café registrada no Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras, uma seleção das principais feiras e exposições do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de 2009.
 
Agenda:
Expocafé 2009
Data: 17 e 19 de junho
Horário: das 8h às 18h
Local: Fazenda Experimental da Epamig
Endereço: Rodovia MG 167, Km 11, Três Pontas – MG
Mais informações sobre o evento: www.expocafe.com.br 

Ministro sinaliza preço mínimo de R$ 300,00 para saca de café

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, confirmou que o governo deve anunciar oficialmente na próxima semana a liberação de R$ 900 milhões para a realização de leilões de opções públicas para a compra de café, com o preço da saca a R$ 300,00.
A informação parte do deputado Mário Heringer, membro atuante da Frente Parlamentar do Café, após reunião da Frente com o ministro.
O deputado Mário Heringer ainda insiste no valor de R$320,00 reais a saca. Ele disse que “no encontro o ministro confirmou ainda que está avançando nas negociações para que o novo preço mínimo de garantia seja também de R$ 300,00 para a saca de 60 kg do café arábica”, disse o deputado. Hoje o preço mínimo estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de R$ 211,00 a saca, enquanto o mercado comercializa o produto em torno de R$ 250,00 e o setor demonstra tecnicamente que o custo de produção gira em torno de R$ 320,00.
Audiência
O deputado informou que, na próxima terça-feira (28), a Comissão de Finanças e Tributação realizará audiência para discutir a crise do setor cafeeiro. Serão convidados para a reunião representantes dos ministérios da Fazenda e da Agricultura, do Conselho Nacional do Café, da Comissão Nacional de Café da Confederação nacional da Agricultura, de cooperativas, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP e da Conab, responsável pela definição do preço mínimo do café.

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