Categoria Frente dos Vereadores

Instalada Comissão Especial que irá analisar a PEC dos vereadores

vereadores_63 Dep. Luiz Eduardo Greenhalgh e dep. Mário Heringer.
Público aguarda início dos trabalhos.


Em uma concorrida reunião foi instalada hoje, às 15 horas, na Câmara dos Deputados, a Comissão Especial que irá proferir parecer sobre PEC 333/04. Para presidi-la, foi eleito por unanimidade, por 21 votos, o deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), que lidera a Frente dos Vereadores. Para a Relatoria foi escolhido o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).

Gabriel e dep. Antônio Carlos Biffi.
Mário Heringer e dep. Leonardo Matos.

A Proposta trata da representação proporcional nos municípios brasileiros e dá outras providências. Indicados pelos líderes partidários, os 31 membros que compõem a Comissão Especial agora terão de 10 a 40 sessões para emitir um parecer sobre a PEC.

Dep. Mário Heringer e Ângelo Almeida (Modeve-BA).
Dep. Mauro Benevides vota na sessão.

A instalação da Comissão era aguardada com grande ansiedade pelos suplentes de vereador, que vêem na Proposta um caminho para que eles possam assumir os mandatos. Segundo Mário Heringer (PDT-MG), o momento agora deve ser de muita tranquilidade, pois mais um passo rumo à vitória foi dado hoje. “Devemos continuar o nosso trabalho com humildade e serenidade, buscando cada vez mais conquistar mentes e corações,” concluiu.

Dep. Maria do Carmo e dep. Rubens Otoni assinam
livro de presença.
Dep. Fernando Gonçalves e dep. Mário Heringer.

Participaram da reunião de instalação da Comissão Especial da PEC 333/04, votando no Dep. Mário Heringer para Presidente e Dep. Luiz Eduardo Greenhalgh para Relator os seguintes parlamentares:
Antônio Carlos Biffi, João Grandão, Luiz Eduardo Greenhalgh, Maria Do Carmo Lara, Reginaldo Lopes, Rubens Otoni, Durval Orlato, Darcísio Perondi, Gilberto Nascimento, Marcelino Fraga, Mauro Benevides, Pedro Chaves, Fernando de Fabinho, Ivan Ranzolin, Carlos Alberto Leréia, Gonzaga Mota, Antônio Punnunzio, Leodegar Tiscoski, Fernando Gonçalves, Marcus Vicente, Almenida de Jesus, Inaldo Leitão, Lincoln Portela, Geraldo Resende, Jorge Gomes, Mário Heringer, Dr. Rodolfo, Júlio Delgado, Daniel Almeida e Leonardo Mattos.

Natanael Caetano, dep. Pedro Chaves e Marta Leão
Membros do Modeve na luta.

Folha de São Paulo: Câmara discute mudar repasse para municípios

Folha de São Paulo: Câmara discute mudar repasse para municípios

“A maior vantagem da proposta é que corrige os repasses. A resolução do TSE reduziu à metade as cadeiras, mas manteve os repasses. Virou uma farra”

A Câmara dos Deputados discutirá, a partir desta semana, mudanças nos repasses para as Câmaras Municipais e a relação entre número de vereadores e habitantes dos municípios. A comissão especial criada pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), terá como objetivo discutir a PEC (proposta de emenda constitucional) do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).

O projeto reduz de nove para sete o número mínimo de vereadores e amplia de quatro para seis as faixas populacionais que determinam o percentual dos recursos arrecadados pela União que devem ser repassados aos municípios. “A proposta vai no sentido da economicidade. A Câmara cortou recesso e verbas extras, as Assembléias vão cortar e os municípios também têm que entrar no ajuste”, disse.

A PEC reduz o percentual máximo de repasse da receita tributária e das transferências para as cidades com até 100 mil habitantes -de 8% para 7,5%. Os repasses para as cidades com mais de 500 mil pessoas também podem ser reduzidos. Para municípios entre 1,5 milhão e 3 milhões de habitantes, o percentual passaria de 5% para 4,5%. Para cidades com mais de 3 milhões de habitantes, a queda seria para 4%.

“A maior vantagem da proposta é que corrige os repasses. A resolução do TSE reduziu à metade as cadeiras, mas manteve os repasses. Virou uma farra”, disse o deputado.

Em três capitais com aumento da bancada municipal -Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Manaus (AM)-, as câmaras dizem que o novo gasto não comprometeu investimentos. Em Belo Horizonte, o aumento de quatro vereadores comprometeu 3,8% do orçamento anual da Câmara. Segundo o presidente em exercício da Casa, Tarcísio Caixeta (PT), nada que prejudique os investimentos. Foi o mesmo argumento do presidente da Câmara de Manaus, Chico Preto (PMDB) para o ingresso de quatro novos vereadores. Em Salvador, com seis vereadores a mais, o Legislativo devolveu R$ 6,7 milhões à prefeitura.

FONTE: AGÊNCIA FOLHA (31/01/2006)

Folha de São Paulo: Corte de vereadores não traz economia

Folha de São Paulo: Corte de vereadores não traz economia

“É possível manter a Câmara com representatividade maior, mas com gastos menores. O corte de 21 para 15 vereadores reduziu a representação popular”


A redução do número de vereadores, que passou a vigorar a partir de janeiro de 2005, não diminuiu o custo das Câmaras Municipais. Levantamento da Folha nas dez capitais brasileiras que sofreram corte de vereadores mostrou que o dinheiro que deixou de ser gasto com os parlamentares foi usado em reformas, informatização dos gabinetes, investimentos em canais de TV e até no aumento de salário dos vereadores.

Nas dez capitais foram cortados 38 vereadores, com uma redução de gastos de cerca de R$ 9,3 milhões ao ano -equivalente ao salário de parlamentares e de assessores e do custo dos gabinetes.

As Câmaras são mantidas com dinheiro público repassado pelas prefeituras. Em abril de 2004, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou resolução que relacionou o tamanho das bancadas ao número de habitantes das cidades. Foram cortados 8.528 vereadores.

Como a resolução do TSE não alterou o percentual máximo da receita repassada ao Legislativo, definido pela Constituição, o fluxo de dinheiro foi mantido. Com menos vereadores, o bolo cresceu.

“A saída dos cinco vereadores não trouxe ganho ao município porque ficou dentro do duodécimo [repasse mensal ao Legislativo]. A Câmara, que trabalhava no limite, passou a ter uma folguinha para fazer umas mudanças”, disse o presidente da Câmara de Recife, Josenildo Sinésio da Silva (PT). Em 2006, segundo o vereador, estão previstos reforma do prédio, renovação da frota, realização de sessões plenárias e modernização do sistema de informática.

Em Cuiabá, Porto Velho e Rio Branco, a folga no orçamento foi absorvida pelo aumento no salário dos vereadores ou no número de assessores. “No fim de 2004, os vereadores aumentaram o subsídio de R$ 3.500 para R$ 7.000. A diferença com a perda dos vereadores foi toda usada e ainda faltaram R$ 37 mil”, disse o diretor-geral da Câmara de Porto Velho, Antônio Aparecido da Silva.

“A sobra de dinheiro que houve atendeu a uma resolução aprovada em 2003, que aumentou a verba de assessoria dos gabinetes de R$ 3.200 para R$ 7.200”, disse o presidente da Câmara de Rio Branco, Jonas Costa (PSB).

Em Cuiabá, o salário dos vereadores foi, em 2005, de R$ 4.500 para R$ 7.100. “O salário dos vereadores sofre efeito cascata do aumento dos deputados estaduais, que tiveram reajuste no final de 2003. Estávamos defasados”, disse Chica Nunes (PSDB), presidente da Câmara de Cuiabá.

Só Vitória (ES) devolveu dinheiro à prefeitura em 2005. Voltaram para os cofres R$ 6 milhões, cerca de um terço do repasse anual. Segundo o presidente da Câmara de Vitória, Alexandre Passos (PT), o corte de vereadores ajudou a reduzir os gastos. Cerca de R$ 1 milhão veio do corte na bancada.

O restante, segundo Passos, foi resultado de uma política de redução de custo. O secretário de Coordenação Política de Vitória, Givaldo Vieira Silva, disse que o dinheiro devolvido foi usado para incrementar programas sociais.

O Legislativo de Vitória tem um dos orçamentos mais baixos em relação à receita do município. Em 2006, é equivalente a 2,4% da receita arrecadada com impostos e transferências. Em 2005, foi de 2,7% da receita. Segundo a Constituição, a despesa com o Legislativo pode chegar a 6% da receita para cidades com mais de 300 mil habitantes -Vitória tem 309,5 mil habitantes, segundo o IBGE.

“É possível manter a Câmara com representatividade maior, mas com gastos menores. O corte de 21 para 15 vereadores reduziu a representação popular.”

Para 2006, a previsão é que não haja devolução de dinheiro, pois estão previstos investimentos no sistema de informática da Casa.

FONTE: SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA (31/01/2006)

Frente dos Vereadores reúne mais de 250 pessoas em Muriaé

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Mais de 250 pessoas entre lideranças partidárias, prefeitos e vice-prefeitos de diversas cidades da região e suplentes de vereador, estiveram presentes na reunião da Frente dos Vereadores promovida pelo deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), em Muríaé-MG.

Na oportunidade, o deputado falou sobre o movimento que tomou conta do Congresso Nacional, a favor dos suplentes que foram prejudicados pela resolução do TSE. “Contamos hoje com a apoio de quase 300 deputados e mais de uma dúzia de senadores. Independente de qualquer resultado, o nosso movimento já é vitorioso,” disse Mário Heringer.

Num clima de muito otimismo, os suplentes de vereador que estiveram presentes ao encontro, foram informados pelo deputado do andamento da PEC 333/04 (que está na pauta da convocação extraordinária da Câmara) e dos próximos passos da Frente dos Vereadores.

Ele lembrou ainda da importância de mobilizações como aquela que foi realizada em Muriaé, para a rápida aprovação da matéria no plenário da Casa. “Precisamos que cada suplente, seja ele homem ou mulher, pobre ou rico, experiente ou não, se una e faça coro aos milhares de outros espalhados por este Brasil afora para fazer valer a sua voz. A hora é agora,” decretou ele.

Modeve na luta

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Declaração dos suplentes de vereadores sobre a Frente dos Vereadores:

vereadores_opiniao_37 Adauto Menezes (Tianguá-CE)
Adauto Menezes esteve em Brasília e aproveitou para visitar o deputado Mário Heringer e os outros companheiros que lá se encontravam, para agradecer pela luta travada em favor da recomposição das Câmaras de Vereadores.

vereadores_opiniao_33 Eduardo de Castro Ataíde (Brumado-BA)
“Sou da cidade de Brumado-BA, coordenador eleito do Modeve-BA. Já é realidade a formação da Comissão especial, onde temos como Presidente o dep. Mário Heringer e o Relator dep. Luiz Eduardo Greenhalgh. Estarei até o fim dessa luta todas as semanas em Brasília, preciso do apoio dos suplentes baianos. Com a aprovação da PEC 333/04 a economia dos cofres públicos é de 1,5 bilhão (por exemplo, só em Brumado, vai economizar R$ 140 mil para prefeitura investir em obras. É a hora da vitória!”

João Teixeira de Lima (Jaboticabal-SP)
“O Partido Comunista do Brasil (PC do B) – Comitê Municipal de Jaboticabal-SP, está engajado na luta pela posse dos vereadores que ficaram na suplência em 2004. Convocamos os camaradas do Brasil inteiro para aderirem.”

Raphael Prado dos Santos
“Sou um dos mais jovens Presidente de Câmara Municipal do Brasil, e sou favorável a PEC 333/2004 pois a mesma aumenta a representatividade da população no legislativo municipal e faz justiça.”

Tenente Lúcio (Presidente da Câmara Municipal de Uberlândia)
“Difícil entender democracia sem a representatividade. A luta da Frente é o 1° passo para recuperar respeito pelo Legislativo. Assim sendo, é nosso propósito enganjarmos na luta dos vereadores tolhidos no seu direito líquido e certo de ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores neste nosso imenso Brasil, atingidos que foram pela resolução de um Tribunal Superior, que deveria observar os preceitos constitucionais da emenda 04/94 consubstanciada no art.16. da Constituição Federal.”

Vereador Papinha (Sacramento-MG)
“O capítulo IV do título 1° em seu artigo 29 a 31 da Constituição Federal trata da entidade jurídica – o município, dando-lhe autonomia especificando seus direitos e obrigações, dentro deste contexto o município é autônomo para dirigir o seu destino, portanto, nada melhor do que observar os direitos inerentes a sua autonomia. No tocante a formação de suas Câmaras Municipais, a Constituição Federal determina um mínimo de 9 vereadores e um máximo de 21 vereadores para aqueles com até 1 milhão de habitantes, portanto, a resolução do TSE que estirpou 8.500 cargos é inconstitucional.”

Luizão Bizinoto (Sacramento-MG)
“O artigo 16 da Constituição Federal é textual ao proibir a entrada em vigor de qualquer lei modificativa na aplicação do processo eleitoral no ano da sua execução, portanto, a resolução do TSE que modificou o número de vereadores nas Câmaras em pleno ano eleitoral é uma excrecência jurídica, de flagrante inconstitucionalidade, só não dando causa ADIN proposta pelo PP e PDT, por ser o STF um tribunal político.”

Fernando Souza (Presidente do Modeve-SC)
“Confiamos na aprovação da PEC 333/04 que reestabelecerá a justiça com os suplentes e vereadores. Aproveito para agradecer a bancada catarinense que aderiu a Frente dos Vereadores que tem como presidente o deputado Mário Heringer-MG que conduzirá o trâmite da mesma. Solicitamos aos suplentes e vereadores que se mantenham informados sobre o andamento da PEC”

Cíntia Dal Berto (Catanduva-SC)
“A aprovação da PEC 333/04 devolverá às Câmaras Municipais os representantes que foram eleitos pelo povo.”

João Cruz (Presidente do Modeve)
“Nossa luta junto com o deputado Mário Heringer é sem dúvida uma luta legítima. Nós fomos eleitos pelo voto da nossa cidade, jamais alguém poderia tirar nossos mandatos. Deus levantou o deputado Mário Heringer para ele levantar essa bandeira. Para os 1.246 suplentes mineiros e os mais de 8.500 brasileiros.”

Natanael Caetano (Formosa-GO)
Natanael Caetano foi indicado pelos demais companheiros do Modeve como coordenador nacional junto à Frente dos Vereadores, em Brasília. Incansável batalhador pela causa dos suplentes, Caetano luta a quase um ano para ver restabelecido os mandatos dos suplentes. Evangélico e policial militar, ele obteve nas eleições de 2004 exatos 500 votos, na cidade de Formosa-GO, sua terra natal.

Amauri Rodrigues dos Santos (Novo Gama-GO)
O pmdebista Amauri Rodrigues dos Santos é suplente de vereador em Novo Gama-GO. Com 477 votos obtidos nas últimas eleições municipais, ele deixou de assumir o mandato por força da resolução do TSE. Estudante de direito, Amauri é presidente do Sindicato dos Transportes Alternativos e da Associação dos Servidores dos Transportes Alternativos do Novo Gama.

Gabriel Stalin (Corumbá-MS)
O suplente Gabriel Stalin, 43 anos, é ex-vereador pelo PT em Corumbá-MS. Professor e presbítero da Assembléia de Deus, Gabriel teve 657 votos nas últimas eleições. Em Brasília, luta junto com os demais companheiros do Modeve e da Frente dos Vereadores, para o restabelecimento da representação proporcional nos municípios brasileiros.

Pastor Valtemir (Padre Bernardo-GO)
O pastor Valtemir, do PP, já exerceu um mandato de vereador, com muita dedicação, segundo ele, no município de Padre Bernardo-GO. Na época, foi eleito com 263 votos. Nas últimas eleições, o pastor Valtemir obteve 279 votos, mas não conseguiu se reeleger, porque a equivocada resolução do TSE reduziu o número de cadeiras em sua cidade.

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Câmara dos Deputados instala Comissão Especial para analisar PEC 333/04


O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), leu hoje na sessão plenária o ato de criação da Comissão Especial que irá analisar a PEC 333/04. A Comissão será presidida pelo deputado Mário Heringer (PDT-MG), que lidera o movimento dos suplentes de vereadores no Congresso Nacional.

Ela será composta de 31 membros titulares e igual número de suplentes. A partir de amanhã, os líderes partidários já começam a indicar os nomes dos parlamentares que irão fazer parte da Comissão.

Segundo o presidente da Frente dos Vereadores, deputado Mário Heringer, esse é mais um passo importante na luta pelo restabelecimento da proporcionalidade nos municípios brasileiros. Além de ser uma porta aberta para que os suplentes prejudicados pelo resolução do TSE assumam os mandatos.

Veja na íntegra o ato da presidência lido em plenário:

O Srº PRESIDENTE (Natan Donadon) Ato da Presidência.

Nos termos do § 2º do art. 202 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 333-A, de 2004, do Srº Pompeo de Mattos, que modifica a redação do art. 29A e acrescenta art. 29B à Constituição Federal para dispor sobre o limite de despesas e a composição das Câmaras de Vereadores e dá outras providências.

A Comissão será composta de 31 (trinta e um) membros titulares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os § 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 19 de Janeiro de 2006.
Assina : Aldo Rebelo
Presidente da Câmara dos Deputados

Bancada do PPS adere em peso à Frente dos Vereadores

“A assinatura dos parlamentares demonstra claramente que a Frente dos Vereadores já é um movimento vitorioso.”
Marta Leão


A bancada do Partido Popular Socialista – PPS na Câmara dos Deputados aderiu em peso à Frente dos Vereadores. A assinatura dos parlamentares no termo de adesão à Frente ocorreu ontem na sala da liderança do partido na Casa.

Líderes do movimento e suplentes que estão em Brasília no corpo-a-corpo com os deputados, comemoraram muito esse ato, que, segundo eles, indica mais uma vez que estão no caminho certo. Para a coordenadora do Modeve em São Paulo, Marta Leão, que esteve reunida com a bancada na liderança do PPS, a assinatura dos parlamentares demonstra claramente que a Frente dos Vereadores já é um movimento vitorioso.

Reunião com coordenadores do Modeve marca início da mobilização em 2006


O presidente da Frente dos Vereadores, deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), reuniu-se hoje com os coordenadores do Modeve nos estados. Eles foram informados pelo deputado da colocação em pauta, agora na convocação extraordinária, da PEC 333/04. Os coordenadores dos suplentes nos estados aproveitaram para fazer um balanço do movimento e discutiram com o presidente da Frente novas formas de ação.

Estiveram presentes entre outros o coordenador do Modeve em Goiás, Natanael Caetano, do Mato Grosso do Sul, Gabriel Stalin, Minas Gerais, João Cruz, São Paulo, Marta Leão e Santa Catarina, Fernando Souza. Também acompanharam a reunião diversos suplentes como Amauri Rodrigues e Pastor Waltemir, de Goiás, e Toninho do PT, suplente em São Paulo.

Mário Heringer defende na imprensa volta dos suplentes


O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente dos Vereadores, defendeu em várias entreevistas dadas à diversos veículos de comunicação do país, a volta dos suplentes de vereadores. Segundo ele, depois de instalada a Comissão Especial na Câmara dos Deputados, o caminho será fazer uma emenda para reestabelecer a justiça e o direito daqueles que foram impedidos de assumir os mandatos. Leia na íntegra algumas matérias:

Matéria publicada no jornal Estado de Minas em 05/01/2006:


Suplentes de olho em proposta

A Frente de Vereadores, liderada pelo deputado federal mineiro Mário Heringer (PDT), espera que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, que altera o limite de despesas e a composição das câmaras municipais, seja apreciada durante a convocação extraordinária do Congresso Nacional, que vigora até fevereiro. Os deputados deverão criar uma Comissão Especial para analisar o conteúdo da polêmica PEC 333, antes de submetê-la aos plenários da Câmara e do Senado. Se aprovada a proposta, o número de vereadores voltará a ser, na maioria das cidades, o mesmo anterior à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do ano passado, que reduziu 8.528 cadeiras no Legislativo municipal brasileiro.

Em meados do último mês de dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou por unanimidade a PEC 333, fornecendo munição aos suplentes não eleitos em 2004 por força da norma do TSE. “Acredito que vai haver uma emenda à PEC para que estes vereadores sejam empossados”, disse o Heringer, que representa 215 deputados e 20 senadores. “Acho justo que voltem aos seus cargos, que lhe foram retirados de maneira truculenta e injusta”, completou. De acordo com Heringer, o principal argumento do TSE – de que a diminuição do número de vereadores reduziria os gastos do Legislativo municipal – caiu por terra, uma vez que os repasses para as Câmaras, em 2005, continuaram os mesmos previstos na Constituição.

O deputado ressalta que a PEC 333, embora amplie o quadro de vereadores aos níveis da legislatura passada, propõe, por outro lado, a diminuição de repasses para o Legislativo, representando uma economia de R$1,5 a R$ 2 bilhões para os cofres dos municípios. TRAMITAÇÃO A Comissão Especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para proferir parecer. “Agora começa uma discussão prática do mérito das mudanças”, afirmou Heringer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo plenário da casa em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Após aprovação na Câmara dos Deputados, a PEC 333 segue para o Senado, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se aprovado o texto da Câmara dos Deputados, a emenda é promulgada pelo Congresso. Se for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma casa para outra até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas casas. A previsão de Heringer é que a PEC seja votada até abril pelo Senado.

Segundo ele, a medida é de grande importância para o país, pois, além de reduzir as despesas das câmaras municipais, irá estabelecer regras claras a respeito da representação proporcional. “A Constituição prevê a distribuição proporcional, mas não diz o mínimo e nem o máximo. Com isso, fica um vácuo jurídico que motivou a normatização do TSE”, justifica.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Mira Estrela, município no Noroeste de São Paulo com 2,5 mil habitantes, será duplamente “penalizado”, caso a PEC 333/04 seja aprovada. A cidade se enquadra na primeira faixa populacional do projeto (até 5 mil habitantes) e, por isso, terá que reduzir de nove para sete o total de vereadores. Curiosamente, o processo que levou o TSE a diminuir a quantidade de parlamentares municipais em todo o país começou em Mira Estrela, no início da década de 90. Naquela época, uma Ação Civil Pública, impetrada pelo Ministério Público, propôs a inconstitucionalidade da Lei Orgânica do município, que havia fixado em 11 o total de vereadores.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento do recurso extraordinário, em abril do ano passado, confirmou a tese do MP paulista, levando o TSE a editar a Resolução 21.702, que estabeleceu faixas populacionais com número exato de vereadores para cada faixa. “Vamos perder material humano. O pessoal trabalha unido para conseguir benefícios”, lamenta o presidente da Câmara de Mira Estrela, Odair Nogueira, caso o Legislativo seja obrigado a baixar pela segunda vez o número cadeiras. De acordo com o texto da PEC 333, municípios com os mesmos níveis populacionais de Mira Estrela também sofrerão cortes no repasse de verbas, passando de 8% para 7,5% da receita tributária municipal. “Se diminuir o número de vereadores, aí tudo bem reduzir o repasse”, avalia.

Matéria publicada no jornal Hoje em Dia em 26/12/2005:
Elizeu Lopes
Repórter

O Brasil pode ter mais 3.500 vereadores em 2008, sendo 520 em Minas se o Congresso Nacional aprovar, no primeiro semestre de 2006, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 333, do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), que fixa nova proporcionalidade para o número de vereadores por município. A PEC, apesar de prever o aumento do número de vereadores, vai reduzir, por outro lado, em R$ 1 bilhão o repasse de recursos para as Câmaras Municipais.

Hoje, a Constituição Federal permite a destinação de até 8% da receita do município para as câmaras. A PEC reduz este percentual para 7,5% e, mesmo assim, só para as câmaras de municípios com até 100 mil habitantes. De 100.001 até 250 mil habitantes, o índice será de 6,5%; de 250.001 a 500.000, será de 5,5%; de 500.001 a 1.500.000, 5%; de 1.500.001 até 3.000.000 será de 4,5%; e acima de 3 milhões, 4%.

A PEC fixa também 25 composições para as câmaras municipais. Os municípios com até 5 mil habitantes terão sete vereadores; de 5.001 a 15 mil, nove; de 15.001 a 25.000, terão 11; de 25.001 a 45 mil, terão 13; de 45.001 a 70.000, terão 15; de 70.001 até 100.000, terão 17; de 100.001 a 250.000, terão 19; de 250.001 a 500.000, terão 21; de 500.001 a 600.000, terão 23. As outras 16 faixas, que variam de 600 mil a 10 milhões, não atingem nenhum município do interior mineiro.

Belo Horizonte, com 2.350.564 habitantes, está na faixa entre 2 a 3 milhões e deverá perder dois vereadores. Tem 41 e só poderá ter 39. De acordo com o anuário deste ano da Associação Mineira de Municípios (AMM), Contagem, na Grande-BH, tem a segunda maior população do Estado, com 583.386 habitantes; Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem a terceira, com 570.042; e Juiz de Fora, na Zona da Mata, a quarta, com 493.121. Contagem e Uberlândia têm hoje 20 vereadores e passariam a ter 23. Juiz de Fora, que tem 19, passaria a ter 21.

A Resolução 21.803, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baixou em 2004, reduziu em todo o país o número de vereadores, de acordo com os critérios declarados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do recurso 197.917.

Com a redução, Minas deixou de empossar 1.240 vereadores. Em 2000, elegeu 9.093 e, em 2004, 7.853. Em nível nacional, em 2000, nos 5.562 municípios, foram eleitos 60.229 vereadores e, em 2004, 51.748, sendo 8.545 a menos.

Entre os municípios mineiros que mais perderam vereadores estão Barbacena, no Campo das Vertentes, que tinha 19, perdeu oito e passou para 11; Aimorés, no Vale do Rio Doce, tinha 15 e passou para 9; Araguari, no Triângulo Mineiro, tinha 17 e passou para 11; Araxá, também no Triângulo, tinha 15 e passou para 10; Arcos, no Centro-Oeste, tinha 15 e passou para nove; e Conselheiro Lafaiete, no Alto Paraopeba, tinha 17, perdeu seis e passou para 11.

Pompeo de Mattos disse ao HOJE EM DIA, que o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) vai apresentar uma emenda propondo que o número de vereadores da atual legislatura, iniciada em janeiro deste ano (2005) e que vai até 2008, seja o mesmo da legislatura passada, de 2001 a 2004.

Deputado contesta resolução do TSE

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional nos Municípios, contesta a Resolução 21.803 do TSE. “Ela não economiza dinheiro das prefeituras e tira o direito do povo ter uma representação proporcional ao número de habitantes do município nas câmaras municipais”, condena Heringer. Segundo ele, a resolução reduziu o número de vereadores, mas as “prefeituras continuam repassando o mesmo dinheiro para as câmaras e os presidentes utilizam os recursos como querem”.

Heringer afirma que a resolução foi baixada pelo TSE especificamente para a eleição de 2004 e que a PEC 333 estabelece critérios definitivos para o número de vereadores que cada município pode ter e os recursos que as prefeituras podem transferir para as câmaras municipais. A PEC, segundo ele, foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida pelo deputado Antônio Carlos Buscaia (PT-RJ) e agora será apreciada por uma comissão especial, que ainda será constituída e depois será votada em plenário.

Para ser aprovada precisará de 308 votos favoráveis. Ou seja, dois terços dos 513 deputados federais terão que votar a favor. Mário Heringer está confiante e acha que não haverá problemas “porque as questões políticas precisam de regras claras e previsibilidade”. Segundo ele, a reação do PDT à Resolução do TSE, levou o ex-governador Leonel Brizola a impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao STF em junho de 2004, quando ela entrou em vigor.

Mário Heringer afirma que a proporcionalidade prevista na PEC para composição das câmaras municipais seria o “retorno da democracia, porque democracia é feita com quantidade e o que tem mais votos vence quem tem tem menos votos, e o voto do doutor tem o mesmo valor do de um lavrador”.

O presidente da União dos Vereadores do Estado de Minas Gerais (Uvemig) César de Tarso Gomes Pinto (PL), vereador em Extrema, no Sul de Minas, não retornou as ligações. Mas a ex-presidente da entidade, Arlete Nogueira, disse que a redução do número de vereadores, determinada pela Resolução 21.803, do TSE, é uma questão secundária. “O que tem de ser moralizado são os gastos das câmaras municipais. A destinação de 8% da receita do município para as câmaras é um índice muito alto e precisa ser revisto”, defendeu ela.

Mário Heringer defende na imprensa volta dos suplentes


O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente dos Vereadores, defendeu em várias entreevistas dadas à diversos veículos de comunicação do país, a volta dos suplentes de vereadores. Segundo ele, depois de instalada a Comissão Especial na Câmara dos Deputados, o caminho será fazer uma emenda para reestabelecer a justiça e o direito daqueles que foram impedidos de assumir os mandatos. Leia na íntegra algumas matérias:

Matéria publicada no jornal Estado de Minas em 05/01/2006:


Suplentes de olho em proposta

A Frente de Vereadores, liderada pelo deputado federal mineiro Mário Heringer (PDT), espera que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, que altera o limite de despesas e a composição das câmaras municipais, seja apreciada durante a convocação extraordinária do Congresso Nacional, que vigora até fevereiro. Os deputados deverão criar uma Comissão Especial para analisar o conteúdo da polêmica PEC 333, antes de submetê-la aos plenários da Câmara e do Senado. Se aprovada a proposta, o número de vereadores voltará a ser, na maioria das cidades, o mesmo anterior à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do ano passado, que reduziu 8.528 cadeiras no Legislativo municipal brasileiro.

Em meados do último mês de dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou por unanimidade a PEC 333, fornecendo munição aos suplentes não eleitos em 2004 por força da norma do TSE. “Acredito que vai haver uma emenda à PEC para que estes vereadores sejam empossados”, disse o Heringer, que representa 215 deputados e 20 senadores. “Acho justo que voltem aos seus cargos, que lhe foram retirados de maneira truculenta e injusta”, completou. De acordo com Heringer, o principal argumento do TSE – de que a diminuição do número de vereadores reduziria os gastos do Legislativo municipal – caiu por terra, uma vez que os repasses para as Câmaras, em 2005, continuaram os mesmos previstos na Constituição.

O deputado ressalta que a PEC 333, embora amplie o quadro de vereadores aos níveis da legislatura passada, propõe, por outro lado, a diminuição de repasses para o Legislativo, representando uma economia de R$1,5 a R$ 2 bilhões para os cofres dos municípios. TRAMITAÇÃO A Comissão Especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para proferir parecer. “Agora começa uma discussão prática do mérito das mudanças”, afirmou Heringer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo plenário da casa em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Após aprovação na Câmara dos Deputados, a PEC 333 segue para o Senado, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se aprovado o texto da Câmara dos Deputados, a emenda é promulgada pelo Congresso. Se for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma casa para outra até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas casas. A previsão de Heringer é que a PEC seja votada até abril pelo Senado.

Segundo ele, a medida é de grande importância para o país, pois, além de reduzir as despesas das câmaras municipais, irá estabelecer regras claras a respeito da representação proporcional. “A Constituição prevê a distribuição proporcional, mas não diz o mínimo e nem o máximo. Com isso, fica um vácuo jurídico que motivou a normatização do TSE”, justifica.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Mira Estrela, município no Noroeste de São Paulo com 2,5 mil habitantes, será duplamente “penalizado”, caso a PEC 333/04 seja aprovada. A cidade se enquadra na primeira faixa populacional do projeto (até 5 mil habitantes) e, por isso, terá que reduzir de nove para sete o total de vereadores. Curiosamente, o processo que levou o TSE a diminuir a quantidade de parlamentares municipais em todo o país começou em Mira Estrela, no início da década de 90. Naquela época, uma Ação Civil Pública, impetrada pelo Ministério Público, propôs a inconstitucionalidade da Lei Orgânica do município, que havia fixado em 11 o total de vereadores.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento do recurso extraordinário, em abril do ano passado, confirmou a tese do MP paulista, levando o TSE a editar a Resolução 21.702, que estabeleceu faixas populacionais com número exato de vereadores para cada faixa. “Vamos perder material humano. O pessoal trabalha unido para conseguir benefícios”, lamenta o presidente da Câmara de Mira Estrela, Odair Nogueira, caso o Legislativo seja obrigado a baixar pela segunda vez o número cadeiras. De acordo com o texto da PEC 333, municípios com os mesmos níveis populacionais de Mira Estrela também sofrerão cortes no repasse de verbas, passando de 8% para 7,5% da receita tributária municipal. “Se diminuir o número de vereadores, aí tudo bem reduzir o repasse”, avalia.

Matéria publicada no jornal Hoje em Dia em 26/12/2005:

Elizeu Lopes
Repórter

O Brasil pode ter mais 3.500 vereadores em 2008, sendo 520 em Minas se o Congresso Nacional aprovar, no primeiro semestre de 2006, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 333, do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), que fixa nova proporcionalidade para o número de vereadores por município. A PEC, apesar de prever o aumento do número de vereadores, vai reduzir, por outro lado, em R$ 1 bilhão o repasse de recursos para as Câmaras Municipais.

Hoje, a Constituição Federal permite a destinação de até 8% da receita do município para as câmaras. A PEC reduz este percentual para 7,5% e, mesmo assim, só para as câmaras de municípios com até 100 mil habitantes. De 100.001 até 250 mil habitantes, o índice será de 6,5%; de 250.001 a 500.000, será de 5,5%; de 500.001 a 1.500.000, 5%; de 1.500.001 até 3.000.000 será de 4,5%; e acima de 3 milhões, 4%.

A PEC fixa também 25 composições para as câmaras municipais. Os municípios com até 5 mil habitantes terão sete vereadores; de 5.001 a 15 mil, nove; de 15.001 a 25.000, terão 11; de 25.001 a 45 mil, terão 13; de 45.001 a 70.000, terão 15; de 70.001 até 100.000, terão 17; de 100.001 a 250.000, terão 19; de 250.001 a 500.000, terão 21; de 500.001 a 600.000, terão 23. As outras 16 faixas, que variam de 600 mil a 10 milhões, não atingem nenhum município do interior mineiro.

Belo Horizonte, com 2.350.564 habitantes, está na faixa entre 2 a 3 milhões e deverá perder dois vereadores. Tem 41 e só poderá ter 39. De acordo com o anuário deste ano da Associação Mineira de Municípios (AMM), Contagem, na Grande-BH, tem a segunda maior população do Estado, com 583.386 habitantes; Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem a terceira, com 570.042; e Juiz de Fora, na Zona da Mata, a quarta, com 493.121. Contagem e Uberlândia têm hoje 20 vereadores e passariam a ter 23. Juiz de Fora, que tem 19, passaria a ter 21.

A Resolução 21.803, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baixou em 2004, reduziu em todo o país o número de vereadores, de acordo com os critérios declarados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do recurso 197.917.

Com a redução, Minas deixou de empossar 1.240 vereadores. Em 2000, elegeu 9.093 e, em 2004, 7.853. Em nível nacional, em 2000, nos 5.562 municípios, foram eleitos 60.229 vereadores e, em 2004, 51.748, sendo 8.545 a menos.

Entre os municípios mineiros que mais perderam vereadores estão Barbacena, no Campo das Vertentes, que tinha 19, perdeu oito e passou para 11; Aimorés, no Vale do Rio Doce, tinha 15 e passou para 9; Araguari, no Triângulo Mineiro, tinha 17 e passou para 11; Araxá, também no Triângulo, tinha 15 e passou para 10; Arcos, no Centro-Oeste, tinha 15 e passou para nove; e Conselheiro Lafaiete, no Alto Paraopeba, tinha 17, perdeu seis e passou para 11.

Pompeo de Mattos disse ao HOJE EM DIA, que o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) vai apresentar uma emenda propondo que o número de vereadores da atual legislatura, iniciada em janeiro deste ano (2005) e que vai até 2008, seja o mesmo da legislatura passada, de 2001 a 2004.


Deputado contesta resolução do TSE

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional nos Municípios, contesta a Resolução 21.803 do TSE. “Ela não economiza dinheiro das prefeituras e tira o direito do povo ter uma representação proporcional ao número de habitantes do município nas câmaras municipais”, condena Heringer. Segundo ele, a resolução reduziu o número de vereadores, mas as “prefeituras continuam repassando o mesmo dinheiro para as câmaras e os presidentes utilizam os recursos como querem”.

Heringer afirma que a resolução foi baixada pelo TSE especificamente para a eleição de 2004 e que a PEC 333 estabelece critérios definitivos para o número de vereadores que cada município pode ter e os recursos que as prefeituras podem transferir para as câmaras municipais. A PEC, segundo ele, foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida pelo deputado Antônio Carlos Buscaia (PT-RJ) e agora será apreciada por uma comissão especial, que ainda será constituída e depois será votada em plenário.

Para ser aprovada precisará de 308 votos favoráveis. Ou seja, dois terços dos 513 deputados federais terão que votar a favor. Mário Heringer está confiante e acha que não haverá problemas “porque as questões políticas precisam de regras claras e previsibilidade”. Segundo ele, a reação do PDT à Resolução do TSE, levou o ex-governador Leonel Brizola a impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao STF em junho de 2004, quando ela entrou em vigor.

Mário Heringer afirma que a proporcionalidade prevista na PEC para composição das câmaras municipais seria o “retorno da democracia, porque democracia é feita com quantidade e o que tem mais votos vence quem tem tem menos votos, e o voto do doutor tem o mesmo valor do de um lavrador”.

O presidente da União dos Vereadores do Estado de Minas Gerais (Uvemig) César de Tarso Gomes Pinto (PL), vereador em Extrema, no Sul de Minas, não retornou as ligações. Mas a ex-presidente da entidade, Arlete Nogueira, disse que a redução do número de vereadores, determinada pela Resolução 21.803, do TSE, é uma questão secundária. “O que tem de ser moralizado são os gastos das câmaras municipais. A destinação de 8% da receita do município para as câmaras é um índice muito alto e precisa ser revisto”, defendeu ela.

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