Votação nominal do Dr. Mário Heringer em 2006
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Em 2003, quando membro da Comissão Especial criada para discutir a reforma política, fui convidado a dela me retirar, pela Liderança do meu partido, por não ter concordado em votar o relatório que hoje se apresenta como projeto.
A quem interessa esse tipo de mudança, Sr. Presidente? Às cúpulas. As pessoas que vão dirigir e nomear.
Mas entendo que temos, sim, de fazer a reforma política. No entanto, aquela proposta ontem pelo representante da Ordem dos Advogados do Brasil, que seja ampla, e não tenha sentido de procrastinação.
Expliquem-me agora o que o amigo Deputado Zarattini chamou de prorrogação de mandatos de Parlamentares, quando se vende ao povo o conto do paco, que, na roda da malandragem, significa vender uma coisa já premiada para o comprador se sentir beneficiado, mas, lá na frente, ele descobre que comprou algo que não tem valor. Nesse projeto, o conto do paco está embutido na lista preordenada para o próximo mandato, em que nós, Deputados, ocuparemos os primeiros lugares.
Ora, senhores, querem, com a minha ambição, com a minha vontade de permanecer nesta Casa, obter o meu voto neste plenário. Não é possível que caíamos no conto do paco. Essa é a dificuldade que tenho e sempre terei de entender, porque, na hora em que aprovarmos o conto do paco, alguém irá ao Supremo Tribunal Federal dizer que isso configura candidatura nata, o que não é permitido neste País. Se não podemos ser candidatos naturalmente, nas próximas eleições, não poderemos estar naturalmente enfiados numa lista preordenada. Se aprovarmos essa lista, ganharemos de presente a realidade que desejamos.
Vamos fazer, sim, uma reforma política no nosso País. Vamos mexer com a reforma partidária. Vamos acabar com o voto de bico-de-pena dentro de alguns partidos. Vamos acabar com a condição inadequada de escolha, senão, teremos o voto de marmita, que já houve no País há muitos anos, em que quem tem mais ônibus e coloca mais gente numa reunião plenária passa a dominar a eleição com muito menos custo, somente com o poder regional.
V.Exas. pensam que apenas as cúpulas partidárias nomearão e colocarão as pessoas nessa lista? Nas cidades, serão os Prefeitos; nos Estados, os Governadores escolherão seu Legislativo arrumadinho, organizadinho, para que as coisas fluam com naturalidade.
O que estamos fazendo aqui? Chegou a hora de dizer “não”. Precisamos consertar o nosso País, a começar pelo Poder Legislativo, mas não podemos aceitar, sobre as Câmaras, a responsabilidade das mazelas todas do Brasil. Devemos, portanto, debater.
Em 2004, deixamos que o Tribunal Superior Eleitoral estabelecesse o número de Vereadores do País. Lesamos a representatividade proporcional. Estamos tentando consertar isso para que não ocorra novamente em 2008. E estamos caminhando nessa direção.
Estou muito feliz em participar desta Comissão Geral, em que posso e tenho tempo para discutir assunto específico. É o que falta nesta Casa.
E, repito, quando participei da Comissão Especial para tratar da reforma política, fui convidado a dela me retirar porque diferia da posição do meu partido e porque havia algo que chamo de imoral: financiar, com dinheiro público, as campanhas eleitorais para Deputado.
Quem garante que não haverá caixa 2? Quem vai bancar a campanha? De onde vamos tirar dinheiro?
Espero que possamos fazer a reforma partidária, a reforma política e, aí sim, trabalhar a reforma eleitoral.
Se conseguirmos a coincidência de eleições, começaremos a trabalhar com fidelidade. Fidelidade não se impõe, não é mão única, mas um caminho de ida e volta; fidelidade não é relativa e, sim, 100%, mas tem de ser de lá para cá e daqui para lá.
Portanto, peço a V.Exas. que contemporizem e pensem a respeito do que estamos fazendo, porque podemos estar dando um tiro na democracia, impossibilitando a renovação e impedindo que este País mude de cara. (Palmas.)
Em seu discurso realizado nesta sessão, o deputado Mário Heringer criticou o projeto de reforma política aprovado pela Comissão Especial. “Sou 100% a favor da reforma, o que não concordo é que ela seja muleta para os momentos de crise, para dizer que com ela resolveremos tudo, mas não é verdade”, declarou.
O deputado participava da Comissão Especial, criada para analisar a proposta da reforma, mas foi substituído por seu partido na época, por não concordar em aprovar o relatório final. Um dos pontos em que ele diverge é sobre a lista fechada, que segundo Heringer, “é um golpe que se dá na representatividade popular do país”. Nessa lista, o eleitor vota no partido, com base numa relação de candidatos previamente ordenados pela convenção da legenda. “O eleitor votaria no partido e quem dirige o partido é que escolheria. Tiraríamos do povo o direito de votar. Não vamos entregar nas mãos dos dirigentes partidários esse poder. Assim não haverá renovação. A lista fechada é a concentração do poder nas mãos de poucos. O povo passa a não decidir”, concluiu. Outro ponto preocupante para o deputado é o financiamento público das campanhas eleitorais, o que chama de “imoral”.
Fonte: Agência Câmara
O deputado participava da Comissão Especial, criada para analisar a proposta da reforma, mas foi substituído por seu partido na época, por não concordar em aprovar o relatório final. Um dos pontos em que ele diverge é sobre a lista fechada, que segundo Heringer, “é um golpe que se dá na representatividade popular do país”. Nessa lista, o eleitor vota no partido, com base numa relação de candidatos previamente ordenados pela convenção da legenda. “O eleitor votaria no partido e quem dirige o partido é que escolheria. Tiraríamos do povo o direito de votar. Não vamos entregar nas mãos dos dirigentes partidários esse poder. Assim não haverá renovação. A lista fechada é a concentração do poder nas mãos de poucos. O povo passa a não decidir”, concluiu. Outro ponto preocupante para o deputado é o financiamento público das campanhas eleitorais, o que chama de “imoral”.
Fonte: Agência Câmara
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O Dep. Mário Heringer (PDT–MG) foi o convidado especial do Programa Palavra Aberta da TV Câmara. O parlamentar mineiro fala sobre a PEC 333/04, da emenda constitucional que devolve às câmaras municipais de todo o país cerca de cinco mil cadeiras de vereadores. Esses cargos tinham sido extintos em 2004 pelo Tribunal Superior Eleitoral e que está pronta para ser votada no plenário.
1. Até 15 mil habitantes: 9;
2. mais de 15 mil e até 30 mil habitantes: 11;
3. mais de 30 mil e até 50 mil habitantes: 13;
4. mais de 50 mil e até 80 mil habitantes: 15;
5. mais de 80 mil e até 120 mil habitantes: 17;
6. mais de 120 mil e até 160 mil habitantes: 19;
7. mais de 160 mil e até 300 mil habitantes: 21;
8. mais de 300 mil e até 450 mil habitantes: 23;
9. mais de 450 mil e até 600 mil habitantes: 25;
10. mais de 600 mil e até 750 mil habitantes: 27;
11. mais de 750 mil e até 900 mil habitantes: 29;
12. mais de 900 mil e até 1,05 milhão de habitantes: 31;
13. mais de 1,05 milhão e até 1,2 milhão de habitantes: 33;
14. mais de 1,2 milhão e até 1,35 milhão de habitantes: 35;
15. mais de 1,35 milhão e até 1,5 milhão de habitantes: 37;
16. mais de 1,5 milhão e até 1,8 milhão de habitantes: 39;
17. mais de 1,8 milhão e até 2,4 milhões de habitantes: 41;
18. mais de 2,4 milhões e até 3 milhões de habitantes: 43;
19. mais de 3 milhões e até 4 milhões de habitantes: 45;
20. mais de 4 milhões e até 5 milhões de habitantes: 47;
21 mais de 5 milhões e até 6 milhões de habitantes: 49;
22. mais de 6 milhões e até 7 milhões de habitantes: 51;
23. mais de 7 milhões e até 8 milhões de habitantes: 53; e
24. mais de 8 milhões de habitantes: 55
Votação da PEC dos Vereadores prometida para 23/05
O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, anunciou ontem em Plenário a inclusão da PEC 333/04 na pauta de votação para quarta-feira (23/05/2007).
A inclusão da PEC foi comemorada pelo deputado Mário Heringer, presidente da Frente dos Vereadores, juntamente com os membros da Frente. Semana passada, eles reuniram-se com o presidente da Câmara e conseguiram a promessa de que a proposta entraria em pauta.
O deputado Mário Heringer convida todos os parlamentares que lutaram desde o início pela PEC a estarem em Plenário, a fim de obter o quórum necessário para a votação e, finalmente, restabelecer a representatividade dos municípios, bem como regulamentar o repasse para as câmaras municipais.
A sessão tem início às 14h e a PEC 333/04 está prevista como o terceiro item de votação.
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Logo após a reunião, uma comissão de deputados levou ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, um requerimento com a assinatura dos líderes dos partidos interessados na inclusão da PEC em Plenário. O resultado teve um saldo positivo e conseguiu a promessa, pelo presidente da Casa, de que a Proposta logo entrará em pauta.
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O evento contou com a presença de vários parlamentares, entre eles, os deputados Fernando de Fabinho (DEM-BA), Ademir Camilo (PDT-MG), Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), Paulo Lustosa (PMDB-CE), José Paulo Tóffano (PV-SP), Eduardo Sciarra (DEM-PR), Professor Sétimo (PMDB-MA), Daniel Almeida (PC do B-BA), Mauro Benevides (PMDB-CE), Chico Lopes (PC do B-CE), Reinaldo Nogueira (PDT-SP), Luis Carlos Hauly (PSBD-CE), Rômulo Gouveia (PSDB-PA), Ciro Pedrosa (PV-MG), Alfredo Kaefer (PSDB-PR).
Estavam presentes também representantes do Movimento em Defesa dos Vereadores – MODEVE, Presidente Amaury Rodrigues e da Associação Brasileira das Câmaras Municipais – ABRACAM, Presidente Rogério Rodrigues, além do presidente da Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais – ABRASCAM, Relindo Ichledel.
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Caravanas de Pernambuco, Ceará, São Paulo, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro, Paraíba, Santa Catarina, Minas Gerais e Rondônia compareceram representando seus Estados.
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Fizemos um trabalho a respeito dessa questão no ano passado e conseguimos aprovar em Comissão Especial a PEC, que está pronta para ser votada. Se não a votarmos antes do dia 30 de setembro estaremos novamente dando condições ao Tribunal Regional Eleitoral ou ao Tribunal Superior Eleitoral de legislar em nosso lugar.
É hora de estabelecermos o número de Vereadores e a maneira como será realizada a eleição de 2008. Convido os Parlamentares para participarem da discussão do tema no auditório Nereu Ramos.
Muito obrigado.
Confirmado: Reunião da Frente dos Vereadores dia 15 às 14 horas
Anote o local da reunião:
Reunião da Frente dos Vereadores
Dia 15 de maio, às 14h
Local: Auditório Nereu Ramos
Câmara dos Deputados – Brasília – DF