A Frente Parlamentar do Café, cujo um dos integrantes é o deputado federal Dr.Mário Heringer (PDT-MG), definiu esta semana possíveis soluções para uma política pública efetiva para a cafeicultura. O grupo chegou ao consenso em torno de quatro pilares para a política cafeeira que serão apresentados ao próximo Presidente da República e aos novos governadores a eleitos em outubro deste ano. O objetivo é conseguir o compromisso dos eleitos para soluções mais concretas para os produtores de café.
Segundo o Dr. Mário Heringer esses pilares foram estabelecidos após conversação e entendimento para que possam refletir, pelo menos em parte, os anseios dos cafeicultores. “É preciso deixar claro para o governo que a cafeicultura gera emprego e estabiliza o campo porque cultiva um produto muito consumido no país e de alto valor para a exportação. Esses fatores justificam o subsídio da atividade cafeeira”, avalia.
O deputado explica que os quatro pilares apontados pela Frenta Parlamentar do Café, que é composto por 314 parlamentares entre deputados e senadores, seriam formas de prover a cafeicultura e dar início à reversão do atual quadro de endividamento do produtor e descapitalização do setor.
QUATRO PILARES DEFINIDOS PELA FRENTE PARLAMENTAR DO CAFÉ
Preço Mínimo – é preciso fixar um preço mínimo para o café no Brasil, comparando-se com outros países, para não estimular que eles produzam mais, não sendo mais competitivos que outros. A meta é cobrir os custos da produção.
Política de Custeio – criar uma política de custeio, que determine recursos suficientes para cobrir de 25% a 30% do custo por hectare, calculados hoje entre R$ 7 e R$ 8 mil.
Política de Comercialização – esta é a terceira ação sugerida pela Frente Parlamentar, embora ainda não oficialmente. A ideia seria criar uma política de comercialização, que contemple toda a cadeia do agronegócio café- o torrador, o exportador, o solúvel e a produção. O objetivo é assegurar estoque para todos, que permitindo que todos saiam ganhando casa haja elevação de preço do produto.
Política de Seguro de Renda – a diferença entre custo de produção e o valor de venda tem que ser presumível e o Governo precisa que completar valores para aqueles que estiverem na média ou acima da média em produtividade.