Mário Heringer pedirá abertura dos relatórios


Mário Heringer defende a criação de lei definitiva
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Mário Heringer (PDT-MG), pedirá ao governador Lúcio Alcântara, hoje à tarde, durante audiência, a abertura dos documentos da época do Regime Militar que estão sob a guarda do Estado.

Em Fortaleza desde ontem, o deputado informou que o mesmo pedido foi feito aos governos de Minas Gerais e Rio Grande do Sul e foi acatado. “A sociedade quer essa abertura e se nós, autoridades, não fizermos isso, ela própria faz”, disse. Ele diz que o desaparecimento dos documentos é um comportamento “humano” compreensível. “Se estão queimando ou rasgando documentos é porque existem e comprometem”, frisou. “Eles (os que cometeram delitos) não querem manter provas contra si e não confiam nessa anistia que está aí”, argumentou.

No entender de Heringer, que fica no Ceará até amanhã com os deputados Luís Couto (PT-PB) e Luís Alberto (PT-BA), também da comissão, o governo brasileiro deve ser responsabilizado pelo armazenamento adequado desses arquivos. Diz que a discussão do tema na Câmara dos Deputados e no Congresso motivou o aparecimento de documentos secretos pelo País. Ele, porém, preocupa-se, pois “ao mesmo tempo que aparecem arquivos, outros podem ser destruídos”.

Atualmente, avisa, outra comissão estuda a viabilidade de criar legislação definitiva que permita a abertura de documentos sigilosos.

Publicado em: Jornal Diário do Nordeste
Site: diariodonordeste.globo.com/

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