Deportados podem ter alterações vasculares, alerta deputado federal Dr. Mário

Deportados podem ter alterações vasculares, alerta deputado federal Dr. Mário

“Era uma garrafinha de água de 500 ml por dia, fiquei cinco dias sem tomar banho e escovar os dentes, alimentação só com burrito, laranja e maçã. Algumas mulheres chegavam a mostrar os seios aos guardas para ganharem comida”. O relato impressionante é de uma mulher que retornou ao Brasil, em Minas, na semana passada, depois de tentativa frustrada de tentar a sorte nos Estados Unidos.

A reiterada situação de humilhação pela qual passam brasileiros deportados é preocupação do deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG), que discursou sobre o tema em plenário na Câmara dos Deputados

“Os deportados de Minas, especialmente da região de Governador Valadares, que vêm sendo trazidos dos Estados Unidos como animais. É inadmissível que nós brasileiros aceitemos que brasileiros sejam deportados e transportados, algemados, pés e mãos”, condenou o parlamentar pedetista em discurso.

Médico ortopedista, o deputado federal alertou sobre consequências graves para a integridade física dos deportados. “Além da desumanidade e do tratamento desproporcional, há uma séria preocupação médica, porque essas pessoas, nessas condições, no seu espaço restrito com a imobilidade atingida, poderão ter graves alterações vasculares e sofrerem com isso; além, naturalmente, da desonra e da desmoralização”.

Sobre o assunto, o presidente do PDT de Minas ainda disse que “nem gado merece ser tratado dessa forma” e que o atual governo Federal, ainda que “não nos representa” deve ter pelo menos a “dignidade” de defender esses brasileiros, em parte, “da nossa querida Governador Valadares”.

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