O segundo-secretário da Câmara dos Deputados, deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG), explica o motivo de ter votado contra o texto-base da reforma da previdência.

Defensor da diminuição das desigualdades sociais no Brasil, o parlamentar lembra que a concentração de renda nas mãos de poucos é um desafio a ser enfrentado. Uma reforma da previdência que não diminua o peso nas costas dos mais pobres é injusta, ressalta.

“Votei por convicção, pois acredito piamente que essa foi a melhor posição que poderia tomar a favor dos brasileiros. Não podemos penalizar os mais pobres. A meu ver essa reforma não é justa”, diz o presidente do PDT de Minas.

O programa de governo do ex-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, previa uma reforma da previdência com mecanismos mais equilibrados, lembrou Dr. Mário. “Não podemos comparar um trabalhador da Avenida Paulista, no ar condicionado, com um trabalhador rural, com serviço de força, desgaste físico, sob forte sol no Nordeste, por exemplo”.

A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma na quarta, 10 de julho, em primeiro turno. Parlamentares avaliam destaques que tratam de modificar a proposta e devem aprovar novamente em segundo turno, sendo necessários 308 votos. O PDT trabalha no sentido de redução de danos, apresentando emendas que são analisadas antes de votação em segundo turno.

“Eu tenho regime geral de previdência como qualquer outro brasileiro, não participo de nenhum sistema especial ou que me dê privilegio. Defendo um Brasil mais justo e acredito que o país só cresce com educação, com igualdade social. As pessoas buscam oportunidades nas periferias das grandes cidades e muitas são vítimas das mazelas do confronto social. Precisamos ter oportunidades para todos”, defende Dr. Mário.