O deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT/MG), Segundo-Secretário da Câmara dos Deputados, defende medidas para conter a crise do setor cafeeiro. No comando do Programa Direto das Comissões, com participação de universitários de todo Brasil, o parlamentar diz quais as medidas urgentes para o setor.
“A cafeicultura sofre esses ciclos que a gente assiste e fica sempre relegada, sempre trouxe dinheiro para o Brasil e sempre relegada ao segundo plano. O produtor rural no Brasil, principalmente o pequeno produtor, de café de montanha, de área com difícil mecanização, paga um preço caríssimo para produzir café e chega na hora de vender, tem muita oferta. Às vezes, cai o preço e o produtor não paga nem a conta (custo de produção)”, explica o Segundo-Secretário a respeito de dificuldades atuais do setor cafeeiro.
Ao questionamento sobre medidas para o setor, feito pelo universitário Bruno Henrique Silveira, aluno do Centro Universitário de Patos de Minas, Dr. Mário disse ser preciso equilibrar o preço mínimo de café com a realidade dos produtores, refinanciar dívidas e oferecer crédito aos produtores por meio de financiamentos.
“O café tem uma função social e as pessoas precisam entender isso. São oito milhões de empregados no Brasil. Se o café parar, teremos cidades fantasmas por causa da migração das pessoas em busca de oportunidades nas periferias de grandes cidades”.
Luta pelo setor
Dr. Mário Heringer batalhou pela revisão da decisão do Governo Federal de importar café, o que enfraqueceria os produtores nacionais, em 2017.
“Somos favoráveis ao monitoramento e a avaliação dos estoques nacionais, bem como apoiamos a busca por um ponto de equilíbrio entre a indústria e a produção. Mas havemos de defender sempre a busca por soluções internas, a proteção aos nossos produtores, o estímulo à qualificação de nossos grãos e à manutenção dos empregos e da renda geradas pelo café”.
O parlamentar já proferiu vários discursos em defesa do setor e cobra constantemente apoio ao destacar que sua luta pelo fortalecimento da cafeicultura é independente de posições políticas, governo ou oposição.
De acordo com informações do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais, o café ganhou destaque como atividade produtiva há mais de três séculos, precisamente em 1707. A primeira região do Estado a investir na produção foi a Zona da Mata, onde o Segundo-Secretário da Câmara, sempre atento às necessidades dos cafeicultores, acompanha e articula ações para o setor.